E neste domingo, chegamos a nossa nona participação na Maratona de Salvador (2013-14-15-18-19-22-23-24 e 2025).
Por todo histórico de lutas e incentivo, correr a rainha das provas em casa é sempre um momento muito especial para os simpatizantes da filosofia Salvador Pró-Maratona.
Espalhados nas entre as quatro opções de distância oferecidas pela Organização, nesta edição, só nos 42,2 km, tivemos a felicidade de ter a companhia de mais 16 amigos que dividem o dia a dia de treino conosco.
SÁBADO
No sábado, a energia e leveza da turma, no velho treino de soltura pré-prova, já demonstrava quão tranquilos estávamos com a missão do dia seguinte.
A maratona de Salvador, apesar do trajeto plano, não é uma prova para um único plano A (Há que se ter na manga um alfabeto inteiro de planos rs), e a maioria de nós já havíamos entregue a nossa prova alvo em meados do ano.
Longe de isso ser um jogar de toalhas, ou uma desculpa para treinar menos, pelo contrário, precisamos estar ainda mais fortes, sobretudo mentalmente, para o que der vier.
Quem sabe não seria desta vez que neste dia nossa capital amanheceria com clima de Berlim rs?
DOMINGO
Comparado com os dois anos anteriores, o dia não amanhecera com cara uma carinha bem melhor.
Um fato até engraçado, acabaria me dando de cara, a oportunidade de escrever de forma inusitada minha participação nos 42,2 daquele dia.
Uma mudança de horário de largada constante no regulamento, anunciada no instagram da prova, acabou fazendo com que eu que sempre busco chegar bem perto do início da prova, largasse com 06' de atraso.
Então estava eu lá aquecendo perto dos banheiros químicos, inocentemente achando incrivel o fato de não haver filas rs, quando de repente comecei a achar quea prova já havia largado.
Perguntei a alguns corredores próximos, se já havia sido dada a largada e obtive resposta negativa.
Já estava começando a dar continuidade ao aquecimento, quando voltei a achar que a massa estava se movimentando.
Tava sim e não havia baía por ritmo. Moral da estória: Fui lá pra rabeira e levei uma eternidade para passar no pórtico.
O que não tem remédio, remédio está. Relaxa, disse pra mim, mesmo. Vai ser um bom aquecimento rs. E sem muita agonia, apesar de usar bastante a ciclo faixa do meio fio, fui buscando ultrapassar aquele mar de gente.
Sem perder tanto tempo, a bem da verdade, apenas lá pela hora em que nos aproximávamos de fazer o retorno em itapoan (6,5km) é que começei a avistar os velhos parceiros de ritmo.
Salvador já começava a mostrar que não seria nenhuma Berlim, e passado esse primeiro momento, logo começaria a lançar mão do plano B.
Cônscio do que era possível tentar naquele dia, mesmo sem referência por ter vindo muito de trás, mantivera o ritmo dentro da margem proposta.
Competitivamente, estava com um certa vantagem agora rs, afinal de contas, a única possibilidade de premiação seria por faixa etária e essa é decidida por tempo líquido, ou seja, não seria preciso passar efetivamente nenhum concorrente 55/59 que visse. Dificilmente encontraria um que tivesse levado tanto tempo para cruzar o pórtico rs.
Sair de trás me dera a oportunidade também de cumprimentar boa parte a turma quando ia passando. Enfim, graças a Deus, havia transformado o limão na limonada, e já pensava durante a prova, que seria mais uma estória engraçada para contar e fazer passar o tempo em nossos longões rs.
À medida que a prova esquentava, fui lançando mão dos planos subsequentes, folgando /ajustando o ritmo em torno de 5 a 10 segundos em média a cada dezena de quilômetros.
Nessa batida, desengonçadamente, mas muito feliz com a viagem, cruzei o pórtico num aviãozinho que homenageava o padrinho da prova, o ídolo nacional Vanderlei Cordeiro.
O tempo de 3h15 (cinco minutos a menos que na edição do ano passado) me renderia a segunda colocação no pódio da categoria 55/59.
Logo mais era se juntar a turma e celebrar a chegada emocionada de Bruninha, destaque desta edição, completando a sua primeira maratona.
Infelizmente, a cerimônia de premiação, único ponto negativo em toda a organização da Maratona de Salvador, nos faria esperar mais que o tempo de corrida para ter o prazer de subir ao pódio.
Sempre no intuito de acrescentar, é importante lembrar que se queremos ser nacionais, internacionais, etc... a gente precisa considerar coisas tais como: horário de vôo, horário de entrega de quarto de hotel, ônibus na rodoviária para os que vão voltar para o interior etc.
Não há necessidade de aguardar todos chegar para começar a premiação das categorias. Há como estimar o tempo em que as categorias (se não todas, mas em sua esmagadora maioria) já estarão completas e já no regulamento fazer constar o horário e cumpri-lo, a fim de evitar o desgaste e o esvaziamento da cerimônia, nesse momento tão importante para o corredor competitivo.
Axé!
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