O combustível deste blog é um mix composto por duas grandes paixões em minha vida: viagens de bicicleta e competições em corrida de rua.
Sejam bem vindos!
A Corrida de Confraternização
no penúltimo dia do ano já é uma tradição.
Com largada e chegada no
Mercadinho e Lanchonete Alves em Cajazeiras X, o percurso passou pelo Pistão, Pinicão
e as sempre desafiantes ladeiras da estrada da Barragem.
Às 6:40 demos início ao
último treino do ano.
Adautro, Valdir, Alan Ricardo, Chico, Alanzinho, eu, Carlinhos, Suely, Deja, Gil e Vânia) Participação Especial: Luan e Rafa
A história se repetiu, com
todas aquelas feras reunidas, a promessa de uma corridinha em ritmo leve e
descontraído rapidamente virou fumaça.
Em pouco mais de 2 horas, felizes
da vida pelo dever cumprido, celebramos com um delicioso café da manhã nossa
despedida de 2012.
Desejando a todos um feliz
2013 convido-lhes a viajar um pouquinho no filme da Retrospectiva abaixo.
Carregados
de brinquedos, alimentos e alegria, 19 corredores percorreram no último domingo
os 6km que separam o Farol da Barra do NACCI (Núcleo de Apoio ao Combate do Câncer Infantil) no Bairro da Saúde.
O
espírito natalino, o encontro com as crianças e a natural sensação de bem-estar
que toma a pessoa que faz uma doação (mesmo tão pequenina) foram ingredientes perfeitos
para tornar a I Corrida Solidária do Salvador Pró-Maratona uma bela confraternização
entre seus integrantes. A festa já estava garantida, entretanto um email, recebido na semana anterior à corrida, enviado pelo Prof. Og Robson e a posterior publicação na FBA do Pré Calendário Oficial 2013 constando a I Maratona Caixa Salvador tornava aquele encontro ainda mais especial. Acreditamos
que esta maratona pode se tornar uma das melhores do calendário nacional e
nossa torcida é para que a Latin Sports tenha sucesso na Organização da prova.
Não
somos tão pretensiosos (nem inocentes) a ponto de achar que a vitória alcançada
foi fruto apenas das nossas reivindicações, mas como precursores da ideia
ficamos sim bastante felizes e orgulhosos com a notícia.
Pouco
depois das 10 e meia encerramos nossa corrida da solidariedade que teve como objetivo ajudar o NACCI,
entretanto, mesmo quem não participou ainda pode ajudar das seguintes formas:
Como Voluntário
Nos
trabalhos de manutenção da Casinha da Criança;
Nas
campanhas e eventos (shows, feiras, festas, etc.);
Nas
visitas às crianças internadas em hospitais.
Sua Nota é um Show de Solidariedade
Doando suas
notas fiscais para o NACCI.
Como Doador
Doando
Remédios, Alimentos, Roupas, Móveis, Brinquedos, etc.
As doações são destinadas para uso do NACCI,
Feira da Pechincha/Bazar e para as famílias carentes dos pacientes.
Com ajuda
financeira nas seguintes modalidades:
- Central de Captação de Recursos (Contato:
71 2109-0000)
- Depósito Conta Corrente em nome do
NACCI
Banco do Brasil S.A.
Ag. 2798-7
Conta: 6576-5
Bradesco
Ag. 3021-0
Conta: 190464-7
*
* *
DESAFIO PERALVA
Algumas
horas antes da I Corrida Solidária, junto com Pataro, fui participar da festa
de aniversário de Rafael Peralva.
Nada
de salgados, docinhos ou bolo confeitado. O monstro comemora seu aniversário no
melhor estilo Iron Man: 13km de natação, 140 de ciclismo e 30 de corrida, na
qual nos incluímos.
Em
todas as modalidades, Peralva teve gente acompanhando-o. O destaque maior ficou
para Ricardo de Sá e Marcelo (Bochecha) que estiveram com ele do começo ao fim
do Desafio.
Ricardo, Peralva e mais atrás Bochecha
Após
resolver problemas com o barco que auxiliaria na travessia, junto com amigos
que iriam “apenas” participar da natação, os tri-atletas deixaram Mar Grande e
em 03 horas de braçadas chegaram ao Porto da Barra.
Juntando-se
aos ciclistas que já os esperavam, em poucos minutos partiram a bordo de suas
magrelas numa viagem de ida e volta a Guarajuba.
Às
15:25 estavam de volta e, após uma transição digna de prova oficial, juntamo-nos
à festa (Pataro, eu e os demais amigos corredores que lá estavam) numa corrida
de ida e volta até a Pituba, antes de pegar a “reta final” e seguir para o
Bonfim.
Todos
merecem elogios, mas é impossível não se impressionar com a força e, principalmente,
a simplicidade do aniversariante. O que o torna aos olhos de todos um
mestre-atleta-amigo ainda mais admirável.
“Glória
a ti nessa altura sagrada...”. Ao som do hino do Senhor do Bonfim, mãos dadas
todos, subimos a Colina Sagrada, onde, após 11 horas de atividades, finalmente encerrava-se
o Desafio do Peralva.
A
festa fora perfeita. Feliz por ter participado um pouquinho dela,
necessitávamos (Pataro e eu) seguir para casa. No outro dia haveria a Corrida
Solidária. Paz e saúde para todos! Um pouco mais de imagens dessas duas festas:
As Sras. Graciene, Mõnica e Neusa que apesar de não correrem fizeram parte da I Corrida Solidária
Lembro que a primeira coisa que fiz quando
entrei na cidade foi ligar para os amigos contando euforicamente sobre as
dificuldades enfrentadas no último dia de viagem e o quanto estava feliz em tê-las
superado.
Logo depois a Tia Lalá veio ao meu encontro
e guiou-me até o Parque Aza Branca onde, com lágrimas escorrendo pelo rosto, fiz
o registro oficial do fim da pedalada Salvador/Exu.
Já ia me retirando do Parque quando o porteiro gritou meu nome. Detive a bicicleta e para minha enorme surpresa quem me buscava era Soiane, uma amiga de infância que há muitos anos eu não via.
Com Soiane que também topou ir a Juazeiro
A programação do centenário somente se
iniciaria no outro dia, então, como forma de agradecimento a essa mulher que “é
meu xodó, é meu zamô” e “que me acompanha pelos cantos adonde eu vou” em meia
hora já estava pronto para irmos a Juazeiro do Norte para que a tia Lalá
conhecesse o Horto do Padre Cícero.
12/12/12
Amanhecemos o dia e fomos direto para o
Museu do Gonzagão, onde ficamos saboreando lentamente aquele mundo maravilhoso de
objetos, fotos e textos.
Uma coisa que mexeu muito com a gente
naquela cidade, apaixonadíssimos que somos pelo Velho Lua, foi o fato de ter
encontrado em todos os lugares, sem exceção, sua música como “trilha sonora”.
Veio a noite e a “Cantata Gonzaguiana: Um olhar
sinfônico sobre a Luiz de Gonzaga”, com a Orquestra Sinfônica de Teresina e
João Cláudio Moreno (outro ídolo nosso) deu início (e que início!) aos festejos
pelo Centenário de Luiz.
Légua tirana
13/12/12
Exu estava ainda mais encantada. Por todo
canto só se respirava Gonzagão. O povo chegou de vez e as placas de carro revelavam
a enorme diversidade de sua procedência. Vinda de todos os bares, casas, carros
a música do Rei brotava espalhando um delicioso clima de paz, saudade e poesia.
Pelas ruas, as pessoas que vieram para esta
festa, exibiam em cada detalhe o orgulho de fazer parte deste momento
histórico.
De bicicleta, por volta das 10 horas da
manhã, parti para a Fazenda Araripe, onde a programação prometia (e cumpriu)
autênticos pés-de-serra.
No meio do caminho, recebi uma ligação da
tia Lalá, dizendo que o Hotel já ia nos despejar. Havíamos conseguido vagas
apenas para os dois primeiros dias e a partir dali teríamos que arranjar
hospedagem numa cidade próxima.
Cheguei à Fazenda Araripe e o forró tava
mesmo de lascar o cano. Sabendo que a tia Lalá ia adorar aquilo ali, fiquei
torcendo para que ela chegasse logo com as nossas malas no carro.
De repente minha fantasia de ciclista
começou a chamar atenção dos muitos jornalistas que estavam por lá e tive que
enfrentar uma maratona de entrevistas.
Em meio a uma delas, um homem aproximou-se
de mim e fez a seguinte pergunta (Senta que lá vem estória...):
- É mesmo que você veio da Bahia nesta
bicicleta?
- Sim - respondi-lhe, acrescentando que não
estava chegando naquele momento.
- De qual cidade?
- Vim de Salvador. Saí quarta da semana
passada e cheguei terça-feira.
- Ah! De Salvador? É que eu achei você
parecido com uma pessoa que conheço lá em Amargosa: Osvaldo.
- Osvaldo é meu pai! Exclamei de supetão.
- Você é filho de Osvaldo! Você é filho de Osvaldo! gritou o homem (Juvenal Júnior) enquanto me abraçava
efusivamente.
Com Betânia e Júnior
Logo depois fui apresentado a Betânia e
Cássia (respectivamente sua esposa e sua cunhada), de quem já ouvira falar na
casa dos meus pais.
Expliquei-lhes que a minha namorada, que
estava me acompanhando desde Cabrobó, logo chegaria ao forrobodó trazendo
nossas malas para mais tarde irmos nos hospedar numa cidade próxima.
- Estamos numa casa alugada. Dá para vocês
ficarem lá.
Cássia, Júnior, Betânia, Tia Lalá e o sobrinho-neto de Lampião
De volta ao Parque Aza Branca, num
momento em que dava entrevista ao Diário de Pernambuco, encontrei
finalmente o Cláudio Lima que, saindo de Recife, também viera para Exu de
bicicleta. O pessoal do Jornal aproveitou para nos juntar numa só matéria.
À noite juntos com nossos anfitriões curtimos os maravilhosos
shows de Daniel Gonzaga, Dominguinhos e Gilberto Gil.
14/12/12
Com poucas horas de sono e cheios de
saudade nos despedimos de Exu. Bike dentro do carro, agora era hora de remar de
volta os mais de 700km para chegar em Salvador pegar os molequinhos Luan e Rafa
e seguir para Amargosa.
15/12/12
O motivo dessa passagem meteórica por
Salvador era o aniversário de 75 anos de minha mãe. Vocês acham que ela me
perdoaria ir a Exu de bike para viver o centenário de Luiz Gonzaga e deixar de
ir a Amargosa no seu aniversário?
A festa da velha Floripes é estar na Igreja
e para alegrá-la fomos todos à missa das 20 horas.
16/12/12
Você achou que esta postagem ia acabar sem
falar nem um pouco sobre corrida? rs
Na verdade, os 07 dias de pedal, as duas
noites de forró e as muitas horas de volante (1.000 km) estavam a exigir um dia
de acordar mais tarde e ficar na preguiça, entretanto, no sábado à tarde, pela
primeira vez em todos esses anos, conheci um grupo de corredores em Amargosa, e
sem querer perder a oportunidade de fazer amizade com a galera arrisquei-me a
encarar uma corrida de 12km entre Tartaruga e Amargosa.
Muitos prometeram estar no Posto São
Geraldo às 5:00 da manhã, mas quando lá cheguei apenas o maratonista Angelísio se
encontrava por ali.
com Angelísio
Por mais que eu dissesse que não era “migué”
de corredor, que eu estava de férias do atletismo, que havia pedalado 750km
naquela semana (alegando até os 190km de Campinas, alvo de matéria no BahiaEsporte – clique aqui para assistir), Elísio mandou ver num ritmo abaixo de
4:30 e eu, que não esperava correr neste ritmo antes dos próximos quinze dias,
tive que me matar para acompanhar a fera.
Lá pela metade do caminho, não sei se por
eu ter crescido no treino ou por camaradagem de Elísio, emparelhamos e, aí sim,
fizemos o que é mais gostoso numa corridinha destas, engatamos uma conversa até
a chegada em Amargosa quando parei o cronômetro com 55’49.
* * *
E por falar em corrida, no próximo domingo,
dia 23 de dezembro, às 08:00, realizaremos a nossa Corrida Solidária (Farol da
Barra / Saúde – 6km) para levar doações (alimentos e brinquedos) ao NACCI –
Núcleo de Apoio ao Combate do Câncer Infantil.
Quem quiser contribuir e / ou participar da
corrida pode fazer contato deixando aqui um comentário, enviando email para bikeselva@hotmail.com ou via telefone (8228-2209).