domingo, 29 de setembro de 2013

PROJETO 4:1 / XXVIII CORRIDA DO ÁGUIA E OUTRAS ESTÓRIAS


Final de semana longe dos meus pequeninos e da tia Lalá, quem acompanha o blog já sabe, eu me vingo correndo e pedalando.
 
com Rafinha e Luan
Tentando não tomar muito o tempo dos meus queridos leitores o relato do movimentado weekend irá dividido por seções:

4:1
Há algumas semanas vinha engendrando uma forma de comemorar meu aniversário de 46 anos (março 2014) com algo que pudesse mexer com os amigos de esporte.

Em conversas com corredores e ciclistas nasceu o Projeto 4 por 1, que consiste em tirar um dia da semana (enquanto as distâncias não exigirem muito tempo para execução) para realizar um duatlho terrestre em que a distância na bike represente sempre 4 vezes mais que a corrida.

O intuito maior é tentar atrair corredores para os pedais e ciclistas para as corridas.
 
Júnior e Rubem pedalando no Pistão
Neste sábado, junto com o ciclista Júnior (filho do amigo Joel) e o corredor e também amigo Rubem Fernandes, aproveitando o fato de todos estarmos em Cajazeiras, começamos a brincadeira com 20km de bike e 5km de corrida, utilizando para tanto a velha dupla  Pistão / Pinicão.


Nosso próximo encontro será no domingo, quando, para darmos oportunidade a outras pessoas de ingressarem no Projeto, repetiremos a distância.

CT Pinicão
Adianto aos possíveis interessados que não há a obrigação de fazermos sempre os treinos ao mesmo tempo ou no mesmo local. Para quem entrar nessa com pouca ou nenhuma intimidade com o outro esporte, sugiro que destine mais um dia para a prática exclusiva da nova modalidade.

À continuação, algumas distâncias serão aproveitadas para fazermos pequenas viagens (cicloturismo) o que tornará a coisa bem mais prazerosa.

O grande objetivo pessoal, além de motivar as pessoas, será chegar à marca de 180 / 45km (ou pouco mais que isso) em março. Quem quiser mais detalhes pode usar este canal ou o email bikeselva@hotmail.com.

XXVIII CORRIDA DO ÁGUIA
Antes da corrida: Edmundo e Bruno Fraga, eu e João Paulo
De carona com Rubem, saí de casa cedinho nesse domingo para novamente participar da Corrida do Águia.

É engraçado o quanto sou zoado (apesar de ter sido vice-campeão no ano passado) quando as pessoas descobrem que irei correr os 5,6km, a distância menor da prova.

Para não desapontar muito a galera (rs) levava na cabeça dois planos:
A. Concluir a prova para depois correr mais 16km pela orla (de Ondina até a Praia de Jaguaribe) e, inspirado na campeoníssimaRosalia Guarisch, que ontem papou mais um título de prova trail na cidade de Tiradentes - MG, seguir pela areia em todos lugares onde isso fosse possível.

Rosália Guarischi clicada por William Costa

B. No caso de ficar entre os três primeiros colocados do geral (única opção de premiação na prova secundária) aguardar a sempre demorada entrega de troféus e, mais tarde, fazer um pedal (15km) no Parque.

Chegada a hora, parti para ver no que daria, lembrando com um sorriso nos lábios o “interessante” episódio em que me envolvera na tarde anterior (senta que lá vem estória):
Após uma sessão de cinema (Cine Holiúdy) na companhia de Larissa, a  filhota mais velha), logo que a deixei em casa, resolvi aproveitar a proximidade e fazer um tour pelo percurso da prova do Águia.

É costume não ter placas de quilômetros nas provas secundárias da FBA e eu queria memorizar alguns pontos para poder avaliar-me melhor no domingo.

Feita a marcação, pensei: deixe-me ver qual a distância daqui até a Praia de Jaguaribe (Plano A) e, tornando a zerar o cronômetro, lá fui eu marcando o caminho.

Em Jaguaribe descobri que o percurso teria 16km. Tudo (a prova + a corrida na praia) iria dar pouco mais que uma meia maratona e achei legal o resultado.

Estava pertinho de casa, o relógio acabara de marcar 16 horas e meu desejo era chegar logo no doce lar para descansar, mas não foi bem assim...

“Patrulha rodoviária a 500 metros... blitz, documentos”.

Calmamente entreguei os documentos e já estava até curtindo a coincidência de ter caído numa blitz do Pelotão Águia justamente quando estava vindo do seu QG, quando ouvi do policial algo que iria jogar no ralo meus planos de descanso imediato.

“Seu lacre está rompido. Isto é infração gravíssima”.

- Mas como? Os documentos estão aí, pode conferir o chassi. O senhor sabia que estou na rua apenas porque estou vindo de lá do Águia? Eu vou correr lá amanhã.

Não teve choramingo que demovesse o Policial de me enquadrar no inciso I do Art. 230 do CTB. Quando reparei bem, havia um monte de carros e motos esperando fechar a operação para seguir em comboio para o pátio da SETRAN.

Durante a “viagem” não tinha mais mesmo o que fazer, relaxei e comecei a conversar com alguns motociclistas que me escoltavam mais de perto.

- O senhor sabe da corrida amanhã? Estará lá. Pois bem, prepare-se porque amanhã terá que me escoltar novamente, pretendo chegar entre os primeiros.

Mesmo sem atingir o nível de descontração que tencionava mandei essa frase para vários militares da escolta.

Para encurtar, fui parar no centro da cidade, bem longe de casa, voltei de ônibus cheio e só cheguei em casa tarde da noite.

Essas lembranças ajudaram bastante a buscar forças quando me vi em 5º lugar na passagem do primeiro quilômetro.

É claro que se não conseguisse havia o plano B e daria um jeito de deixar a prova sem que os patrulheiros me notassem (rs).

No Km 2 já estava entre os três primeiros, mas tava muuuito difícil. Fazendo treinos focados mais em volume por conta do próximo desafio (a Maratona de Búzios) desde agosto não fazia um treino de tiro, à exceção, e aqui vai o meu profundo agradecimento a Peralva e João Paulo, de um excelente treino com a Assessoria Rafael Peralva na última quarta na UFBA.

Na hora de fazer a curva para iniciar a temida ladeira do Zoológico (gosto muito dela rs), com uma olhada pude conferir que o quarto lugar já havia ficado bem pra trás. Restava a possibilidade de tentar buscar o corredor à minha frente e acabei chegando bem perto quando ele deu uma andada, mas parece que sempre tem alguém para gritar: “vem um cara aí”. E o "bicho" se mandou..rs

Olha eu lá atrás tentando alcançar Marcos Paulo, o segundo colocado

Contentando-me com o terceiro lugar no pódio diminuí um pouco o ritmo para tentar não chegar com a cara muito feia na hora de cruzar a fita, fechando a prova com 20’46.

É verdade que hora alguma tive alguém me comboiando, mas desde a chegada e até o final, passando pelos momentos que voltei na prova para buscar o amigo Rubem, que finalizou os 11 km em 46’20, fui cumprimentado pelos patrulheiros, que sempre me apontavam dizendo aos seus companheiros: 
- Olha lá o cara da moto de ontem.

É claro que também não desgrudei do troféu enquanto caminhava por lá, só para que todos eles ficassem sabendo que tinha cumprido a promessa, mas o que eu só descobriria mais tarde, quando saiu o resultado na Federação (que infelizmente não fez constar o nome da minha equipe WORKING SPORTS), a verdadeira vingança (rs), é que o quarto colocado foi o Tenente do Pelotão Águia, Tedy de Carvalho Deiró.

Brincadeiras à parte, o jovem rapaz que chegou imediatamente atrás de mim, além de mostrar que poderá ir bem longe (está começando agora no mundo das corridas) mostrou-se bastante simpático e educado, o que, diga-se de passagem, foi praticamente regra entre todos os militares que estavam na operação que levou minha moto (junto com outras 6 e mais doze automóveis) para o pátio da SETRAN.

Notícias sobre a prova
Finalizada a premiação era hora de seguirmos (Rubem e eu) nosso plano B e partimos para o Parque de Pituaçu.

RECORDE MUNDIAL EM BERLIM
No caminho para o Parque fiquei sabendo que, enfim, e, para “variar”, em Berlim, Wilson Kipsang (um certo queniano “ligeiramente” mais rápido que eu) havia superado em 15 segundos o tempo do seu compatriota Patrick Macau, tornando-se o mais novo recordista mundial de maratona com o tempo de 2h03min25.

Encontro de recordistas: Wilson Kipsang e Ronaldo da Costa
Aliás, quem também se encontrava na cidade que tantas vezes já foi palco de quebras de recordes, foi o também ex-recordista mundial, nosso Ronaldo da Costa, que recebeu uma bela e justa homenagem pelos 15 anos do seu feito. Em 1998 ele venceu a Maratona de Berlim, estabelecendo o recorde mundial de 2h06’05, marca que até hoje permanece como o melhor tempo sul-americano.

O brasileiro Marilson Gomes da Costa chegou na sexta colocação, sendo o primeiro não africano a completar a prova, com 2h09min24.

                                                  * * *
11KM NO PARQUE


eu, Thais, Cristiana, Edson e Rubem prontos para o Plano C
Ao chegarmos em Pituaçu encontramos o parque cheio, pensamos inclusive que estava havendo alguma competição, o que ficou mais reforçado quando encontramos o velocíssimo Edson Barbosa e nossas amigas Thais Romeu e Cristiana Dias.

Não havia corrida alguma, e através deles ficamos sabendo que a fila de espera do aluguel de bike (pelo avançado das horas não queríamos ir em casa pegar as nossas) tinha uma previsão de meia-hora.

Era muito tempo. Decidi não esperar e pedalar à tarde perto de casa mesmo. Daí alguém surgiu com a brilhante ideia:
- Que tal corrermos?

As meninas tinham horário a cumprir, mas achavam que dariam conta de correr 11km com o tempo disponível.

- Vamos lá!

Era o plano C, que só entrou no final da estória, que já tá mais do que na hora de acabar, afinal de contas, amanhã tem um monte de coisas para serem resolvidas nos “Detrans” da vida.

Até a próxima!





só as feras




casal de amiguinhos treinando no Parque


Pós prova com os Profs. André e Ângela (Corpus Vitalle) Antonio Fraga, Lília e A
Cristiana, Thais e Rubem no Parque de Pituaçu
os molecotes no aeroporto

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

COMEMORANDO 7 ANOS NA FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO (PIAÇABUÇU)


Após deixarmos no Aeroporto de Maceió os amigos (Márcia, Chico e Fátima), iniciamos nosso retorno para casa.

O que a “tia” Lalá não sabia era que ainda levaríamos dois dias para chegar a Salvador.

Andei quebrando a cabeça para encontrar um local que fosse interessante para curtirmos nosso “enfim sós” (rs), mas que também oferecesse condição de treino semelhantes aos que encontrarei na próxima prova, a Maratona de Búzios.

Quebrei, mas achei.

TURISMO
Piaçabuçu, em Alagoas, é a última cidade banhada pelo Rio São Francisco antes do seu encontro com o mar.



Seu cais coalhado de barquinhos coloridos encanta à primeira vista. O artesanato e a culinária locais (recomendo a peixada de pescada) também é de acorrentar o visitante, mas a grande atração desta cidade é mesmo o maravilhoso passeio para a Foz do Rio São Francisco.

Eu me deslocando pela areia de uma parada a outra enquanto "Tia" Lalá seguia no barco. Detalhe,, cheguei primeiro..rs

 No caminho de barco até o Delta do Velho Chico vão surgindo ilhas, coqueirais, dunas, o Farol da antiga vila do Cabeço (hoje submersa) e uma enorme extensão de areia bem na esquina entre o Rio e o Mar de onde brotam verdadeiros oásis de água-doce.
 
Farol da Praia do Cabeço:o que restou da antiga Vila


É tudo deslumbrante e não por acaso até já foi parar nas telas do cinema no excelente filme “Deus é brasileiro”.

Dependendo da maré há também a possibilidade de ir de super-buggy pelas areias duras a partir da praia do Pontal do Peba, mas, sinceramente, a navegação com seu Agenor (0 XX 82 3552-1634) foi tão sossegada que se retornar por lá com certeza voltarei a procurá-lo.

TREINOS
Fechando fartlek no cais de Piaçabuçu

Apesar do clima de comemoração foi possível fazer um treino de fartlek na cidade de Piaçabuçu, uma descida do barco na foz para seguir correndo até sua próxima parada (rs) e duas corridas na areia de praia/dunas na Praia de Pontal do Peba, uma delas junto com a “tia” Lalá.
 
segunda parte do treino na Ponta do Peba
Mas o que estávamos comemorando?

CORRIDA E TIA LALÁ
“Quem não sabe de cor essa história, refresque a memória e preste atenção”.

Estes dias de setembro têm um significado muito especial em minha vida. Lá se vão 7 anos, mas exatamente um dia após começar a correr conheci a “tia” Lalá, o que para mim foi um senhor lance de sorte.

Já pensou se tivesse sido o contrário?

Quem é que nunca enfrentou um muxoxo do(a) parceiro(a) por causa da nossa santa-corrida-de-cada-dia?

Se não tivesse sido assim, a corrida no dia 16, a “tia” Lalá no dia 17, jamais poderia defender-me com a minha mais famigerada frase: “você já me conheceu assim” (rs?).

Brincadeiras à parte, só tenho a agradecer a Deus por ter posto em meu
caminho essa pessoa tão singular.

“Não sou em quem repete essa história é a história que adora uma repetição”. (Chico Buarque)


Até a próxima!

Na Foz do Velho Chico









Sr. Agenor









Piaçabuçu











Pontal do Peba