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Em Amargosa: Rubem, Ana Alice, Tia Lalá e eu |
Jogo da Seleção
Brasileira na Copa do Mundo, forró com tia Lalá no São João de Amargosa,
comidinhas gostosas e o tentador licor de jabuticaba da tia Lia.
Nesses tempos,
manter a disciplina dos treinos não é tarefa das mais fáceis, então para
contra-atacar só mesmo escolhendo um lugar maravilhoso para o longuinho do
final de semana, um percurso que representasse, por si só, um espetáculo à
parte. Foi aí que me lembrei do Caminho da Paz.
O Caminho da Paz é um caminho de peregrinação por terras baianas, que se inicia na Cidade de
Amargosa e chega ao “Projeto Semente”, no Vale do Jiquiriçá, em Ubaíra. Atualmente tem 127km
e está concebido para ser feito em seis dias, assim divididos os trechos:
127Km pelas
trilhas do
CAMINHO DA PAZ
Sequência de Dias / Percurso / Km
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1° dia
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Amargosa
ao
Alto da Lagoinha
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25
Km
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2° dia
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Alto da Lagoinha
ao
Morrinho de São José
ao
Alto da Lagoinha
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13
Km
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3° dia
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Alto da Lagoinha
à
Mutuípe
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17
Km
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4° dia
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Mutuípe
à
Jiquiriçá
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26
Km
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5° dia
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Jiquiriçá
à
Ubaíra
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27
Km
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6° dia
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Ubaíra
à
Projeto Semente
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19Km
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Em abril, durante
a Semana Santa, conheci o Caminho da Paz através dos Profs. André Araújo e
Ângela Pelosi. Na oportunidade fizemos todo o percurso de bike, entretanto, para
cumprir a planilha deste domingo, o primeiro trecho (e toda sua impressionante
altimetria), “Amargosa ao Alto da Lagoinha”, era mais que suficiente.
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Altimetria tirada do Garmin usado na corrida |
Sábado
Pela manhã, após
vender (enquanto pedalávamos) ao amigo Rubem Fernandes o plano do dia
seguinte, acertamos para as 15 horas nossa viagem para Amargosa.
Sabendo que
nossas companheiras iriam fazer nosso resgate ao final da corrida, mantive
contato com D. Damiana no Alto da Lagoinha encomendando uma galinha caipira
para o almoço e, no intuito ainda de agradecer a paciência e dedicação de nossas
staffs, projetei uma visita à Capela no Morrinho de São José.
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Rubem e Ana Alice com meus pais em A,argosa |
No complicado
trânsito de São João já era noite quando chegamos em Amargosa no sábado. Como
Alceu Valença tocaria apenas a partir da meia-noite e a gente não poderia
deixar passar esta oportunidade, nossa largada no dia seguinte foi fixada para
as 08 da manhã, e lá fomos nós para a Praça.
Domingo
Pontualmente às 08h
deixamos Amargosa, partindo da placa que marca o início do Caminho.
Ana Alice e “tia”
Lala, após fazer o registro de nossa largada, retornaram à casa dos meus pais. A
orientação era que saíssem com o carro dali a uma hora.
O grande sobe e
desce da estrada estava fresco em minha cabeça e, baseado no tempo gasto de bike
durante a Semana Santa, acreditava que gastaríamos menos de 3 horas.
A beleza daquele
lugar é indescritível. Rubem, que estava ali pela primeira vez, não parava de
repetir: “valeu a pena” e eu, que o havia arrastado para aquela viagem, claro,
sentia-me bastante feliz por isso também.
Ritmo
confortavelmente encaixado, o tempo foi passando e os quilômetros foram
alegremente deixados para trás.
Exatamente quando
alcançávamos a marca do 19k, ouvimos a buzina festiva da nossa viatura de
resgate. As meninas mostravam-se impressionadas tanto com a paisagem (em abril
havíamos passado naquele trecho já na escuridão) quanto com nosso desempenho.
Estávamos tão
perto de nosso destino que elas resolveram mudar os planos e seguiram com
pequenas esticadas ao nosso “lado” até chegarmos ao Alto da Lagoinha.
Com 2 horas e 24
minutos de corrida concluímos o primeiro trecho do Caminho da Paz.
Após um banho na
casa de D. Damiana, seguimos de carro para o Morrinho de São José. Era pra ser
algo rápido, só um aperitivo antes do almoço, mas graças a uma
barbeirada deste que vos escreve, acabamos atolando no caminho e levando mais
tempo do que imaginávamos. Depois de muita luta (faz parte do treino rs) e com
ajuda de moradores conseguimos seguir “viagem”.
A fome já tava
grande e o morro estava completamente escondido sob uma forte neblina, talvez o
melhor fosse voltar. Vocês voltariam? Nós prosseguimos. Fomos lá só para
“cumprir tabela” e, ao atingirmos o cume do Morro, Deus recompensou-nos soprando
a cerração e descortinando ante nossos extasiados olhos a magnífica visão que se
tem dali de cima.
É Rubem, você
tinha razão, valeu a pena!