quinta-feira, 30 de junho de 2011

DESAFRIO URUBICI 2011 EM IMAGENS / DESPEDINDO-SE DO 1º SEMESTRE

Este é um depoimento de alguém que no final do ano passado sofreu um acidente de bicicleta tão grave que pôs em dúvida a possibilidade de poder voltar a correr ou pedalar. A angústia e o medo que estiveram presentes em todos os 25 dias em que não foi possível ter nenhuma atividade ficaram no passado e, com o intuito de celebrar a alegria do retorno, além de tentar servir de alento para quem neste momento esteja passando por problemas semelhantes, trago aqui um breve balanço de tudo que já aconteceu depois disso.

Sob a permissão de Deus consegui realizar o Desafio Salvador Aracaju Correndo e o Desafrio Urubici, os dois principais projetos para o primeiro semestre e, em meio à preparação para estes dois eventos, além de pedaladas e treinos memoráveis, conheci, redescobri e reencontrei pessoas maravilhosas (para acessar os links sem sair desta página, clique com o botão direito do mouse para abri-los em nova aba).

ENCONTROS E REENCONTROS
Em janeiro, além de conhecer o Casal Deja e Sueli (Amigos, Pistão e Pinicão), responsáveis pelo projeto AME-SE, que coloca a turma da terceira idade para se movimentar, recebi a visita do Ultramaratonista José Wilson.

Em fevereiro, na Beach Cross (No meio do longão tinha a Beach Cross),  tive o prazer de conhecer o Samuel.

Em abril, dei as boas vindas e abriguei o Ultra Maratonista Carlos Dias, do projeto Passos Solidários, em sua passagem por Salvador. Ainda em abril estive na região do Sisal, onde pude relembrar os velhos tempos num pedal com meu amigo Edjan (Pedalando e correndo na região do Sisal).

TREINOS INESQUECÍVEIS:

PEDALADAS:


Salvador / Ilhéus:

Agradeço a Deus pela recuperação total e a todos que estiveram comigo física ou mentalmente neste "caminhar". Como despedida do semestre, abaixo um pouco do (meu) Desafrio Urubici 2011 em imagens.






























































































































































segunda-feira, 27 de junho de 2011

"CANTA LUIZ"

Fiel ao que preconiza a maioria dos técnicos, para manter o ritmo nestes 10 dias de férias após a vitoriosa prova de Urubici, intercalei alguns dias de trote com noites de cross trainning (que consiste em fazer um esporte em baixa intensidade diferente daquele a que estamos acostumados). Estando em Amargosa numa semana de Festas Juninas, alguém poderia me sugerir um treino melhor que dançar forró?

Recarregar as baterias na casa dos meus pais, aproveitar mais o tempo com os pequeninos e com os demais familiares que lá estavam, e ainda poder curtir os shows no Bosque (destaque maior para Elba Ramalho) ao lado da namorada, certamente são o tipo de férias que faria inveja até ao Haile Gebrselassie.
São João em Amargosa (clique para ver melhor)
No sábado à noite, parte para fugir do engarrafamento de retorno do São João, parte pela chata obrigação de levar os meninos no domingo para a casa da mãe, retornamos a Salvador.

No domingo à tarde, após ficarmos sem os meninos, tivemos que fazer uma escolha bem difícil:
Opção 1: Ficar em casa para ver o Domingão do Faustão.
Opção 2: Pegar novamente a estrada e ir para São Francisco do Conde ver Dominguinhos.
Alguma dúvida quanto ao placar da votação?
Portal de São Francisco do Conde
Voltamos a tomar o “caminho da roça” e nos surpreendemos bastante com a diversidade do Arraiá do Chico. Havia de tudo: quadrilhas, trios elétricos, blocos, samba de roda e chula, além dos dois enormes palcos, postos lado a lado, onde se revezam as atrações principais.

Outra grande felicidade que tivemos ontem foi poder nos deliciar no Mercado Cultural com uma exposição em homenagem a nosso ídolo Luiz Gonzaga, organizada pelo simpaticíssimo Guilherme (http://www.portaldocangaco.blogspot.com).

Dominguinhos, que tocou logo após a apresentação de Flávio José, ficou sendo a cereja do bolo de uma semana inesquecível.
 
clique para ouvir
Voltando às corridas, a partir de amanhã retomo lentamente aos treinos. No próximo sábado, ainda em ritmo de “férias”, devo participar da corrida 02 de julho.

No próximo post ilustrarei com fotografias o (meu) Desafrio Urubici 2011.
meninos na tirolesa
Até lá!




Vale das Àguas, Amargosa (clique para ver melhor)
  







segunda-feira, 20 de junho de 2011

MEIA DE FLORIPA - CLEVERSON - CARLOS DIAS - SUELI PEREIRA


Excitado que estava pelo de fato de ter tomado ciência de ser o campeão da M5 (categoria com maior número de participantes: 28) apenas na hora da premiação, que antecedeu o festivo "Jantar de Massas", no sábado à noite tive certa dificuldade para conciliar o sono e acabei adormecendo bem tarde.

Com o vôo de volta a Salvador marcado somente para as 13:45 e um friozinho gostoso na aconchegante Pousada Arcanjo São Rafael, a vontade que dava era de ficar até mais tarde, aproveitar um pouquinho mais da cama e poder desfrutar do café-da-manhã sossegadamente antes de sair daquela belíssima cidade. Entretanto, como havia planejado correr a Meia de Floripa após o Desafrio, estiquei o corpo e mexi as pernas, ainda um pouco pesadas, e às 4:10 da manhã do domingo, ainda meio sonolento, peguei a sinuosa estrada que liga Urubici a Florianópolis. Mantendo o script, Deus "deu uma mãozinha" ao madrugador.

A Meia Maratona de Floripa teve início às 7:30. Embora tivesse chegado com 30 minutos de antecedência próximo ao local da concentração (via pelos cones que bloqueavam meia pista), tive muita dificuldade para saber onde seria o local ideal para estacionar o carro e acabei perdendo a largada. Nenhum problema para quem só estava ali para "relaxar" da corrida do dia anterior e, de quebra, levar mais uma medalha para casa.

Entrei na prova em meio a um enorme grupo que parecia estar correndo a 10km/h e ainda assim me deixei tranquilamente passar por vários deles enquanto ia sentindo as pernas começarem a destravar. Num dado momento ouvi uma frase em tom de ironia: "Lugar ruim este que você correu, hein?". Virei-me e encontrei um sorridente corredor, que, referindo-se à camisa que eu estava usando, exaltava a beleza do trecho percorrido no meu desafio de março (www.salvadoraracajucorrendo.blogspot.com). Cleverson era seu nome e, a partir dali, nas próximas duas horas, seríamos companheiros.

Cleverson (Av. Beira Mar)
Ao final da corrida despedi-me do Cleverson, após conhecer sua esposa, que havia participado da prova de 10km, e corri de volta ao carro para tentar encontrar-me com Carlos Dias (www.carlosdiasultra.com.br), que continua em seu projeto Passos Solidários e chegara à capital catarinense no dia anterior.

Carlão e eu no Beira Mar Shopping
Por volta das 11 horas já havia conseguido me encontrar com o Carlão no Hotel em que ele estava hospedado, onde inclusive aproveitei para tomar banho, antes de irmos "almoçar" no Beira Mar Shopping. O sanduíche foi comido às pressas, mas valeu a pena reencontrar o amigo na estrada e poder conversar um pouco antes de retornar ao aeroporto para entregar o carro e embarcar de volta para casa.

Na conexão em São Paulo, aconteceu um fato digno de nota. Em meio ao mundo de corredores que estavam no aeroporto (Meia de Floripa, Desafrio Urubici, Maratona de São Paulo) deparei-me com uma menina magrinha, bem quietinha lá na dela. Como diria minha mãe: "ninguém dava nada por ela". Achando que ela tinha um rosto familiar, sentei-me ao lado da "menina" e quando nossos olhos se cruzaram a cumprimentei e perguntei se ela havia corrido a Maratona de São Paulo, ao que ela timidamente  respondeu: "fui 4° lugar no geral, a melhor brasileira da prova". Estava ao lado de SUELI PEREIRA SILVA e rapidamente me retratei. Você é Sueli Pereira?! Ela rindo, mas notadamente envaidecida com o reconhecimento, disse-me que sim, contou-me que poderia ter chegado numa posição melhor, que estava se sentindo ótima até o km 40, mas nos dois quilômetros finais sentiu ameaças de cãibras e precisou reduzir o ritmo. Infelizmente não tive tempo de ficar mais na tietagem, porque o embarque para Goiânia havia começado.

Ela se foi e eu fiquei pensando como a corrida de rua está longe do glamour de esportes como vôlei ou futebol. Será assim em outros países? Será que a melhor americana colocada na Maratona de Nova York também seria deixada de lado assim em pleno dia de um resultado tão importante? Outra coisa que me impressionou foi a sua simplicidade, acabara de ser quarta colocada numa Maratona Internacional (2h 39m e 10s) e ainda conseguiu  se entusiasmar com meu modesto oitavo lugar em Urubici.

Ainda em relação à São Paulo, registro meus parabéns a Joel (motorzinho) e Samuel por mais uma maratona completada (3h 33m 30s e 04h 47m 58s, respectivamente) e um especial "bem vindo ao clube" para José Carlos (Carlinhos), que estreou na distância com o excelente tempo de 02h 54m e 52s.

Boas festas juninas!


Cleverson finalizando a prova

sábado, 18 de junho de 2011

DESAFRIO URUBICI 2011: DURO MAS VALEU A PENA

A neblina que tomava conta de Urubici por volta das 6:30 quando estava amanhecendo me trouxe uma grande dúvida em relação a como iria me vestir para enfrentar os 52km da montanha. Após algum tempo de reflexão, resolvi desistir da calca legging e optei por correr de short, meia de compressão, luva e camiseta, usando por baixo dela uma segunda pele emprestada da Titia Lalá. Desta forma, teria uma maior facilidade de me desfazer (como de fato aconteceu) das roupas no caso de o tempo esquentar.

Corri a maior parte do tempo sozinho, tentando encaixar-me em algum grupo até porque tinha medo de errar o caminho no meio da trilha, mas somente no final da subida (26,3km) encontrei um "parceiro" para fazer um ritmo no trajeto da volta (claro que antes tive o cuidado de checar se não éramos da mesma categoria rs).

À altura do km 37, já na trilha, meu parceiro caiu num mata-burro e após breve parada para ajudá-lo constatamos que, apesar de não ter sido grave, ele iria precisar reduzir o ritmo e, infelizmente, acabei deixando-o para trás. Mas ele se recuperou bem da queda, pois conseguiu chegar apenas uma colocação após a minha.

Com 04 horas e 46 minutos  (subida 2h30 / descida 2h16), completei a prova em 8º lugar geral, o que me rendeu o primeiro lugar na categoria 40/44, à frente de ninguém menos que Jaime Maria da Rocha (http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Esportes&newsID=a3319813.xml), atual  recordista solo da Volta à Ilha (prova de 150 km que roda pelo contorno de Florianópolis).

Como prêmio por haver vencido a categoria, além do belo troféu, fui contemplado com uma das disputadíssimas vagas na Volta à Ilha de 2012 (confesso que teria mais interesse no Desafio Praias e Trilhas 84 km  - 42  no sábado  + 42 no domingo - (http://www.ecofloripa.com.br/)


Obrigado a todos! Amanhã terei que sair daqui de Urubici às 4:00 da manhã para poder brincar na Meia Maratona de Florianópolis, que está a 170 km daqui.




sexta-feira, 17 de junho de 2011

A CAMINHO DE URUBICI - TROTE À BEIRA MAR EM FLORIPA

O relógio digital marcava 13º no momento em que eu estacionava o carro na Av. Beira Mar para fazer um "trotinho" que tirasse a ferrugem da viagem de avião do dia anterior. O sol havia relutado bastante para acordar, mas, às 6:45 finalmente resolveu dar as caras.

Tão logo desci do carro avistei um rapaz fazendo uns alongamentos. Sem muita cerimônia aproximei-me dele e pude confirmar que aquele "estica e puxa" era parte dos preparativos a fim de começar uma corrida, para a qual, assim que me apresentei como forasteiro, ofereci-me como companhia.
 
Durante o trote, que levou em torno de 1 hora, descobri que Soli está indo para sua terceira competição de 5km domingo (junto com a Meia Maratona haverá duas outras modalidades: 5km e 10km) e que a corrida de rua é ainda uma novidade em sua vida, mas a julgar pelo ritmo e facilidade com que corria enquanto conversávamos, certamente terá uma estrada bem longa neste novo mundo.


Com as malas no carro, após tomar café da manhã, saí do Hotel Veleiros direto para o local de entrega do kit da Meia de Florianópolis e, assim que estava de posse dele tomei, finalmente, o rumo de Urubici, distante 170 km dali.

Ao chegar, fui recebido na Pousada Arcanjo Rafael (http://www.pousadaarcanjorafael.com.br) pelo simpático casal Adriana e Ricardo (conhecido como Caju).

À noite, após a entrega do kit do Desafrio e do Congresso Técnico, comi uma pizza com Zé Wilson, um piauiense com mais de 60 maratonas no currículo, que conheci na Maratona de Porto Alegre do ano passado e é veterano do Desafrio.

Até amanhã!