Excitado que estava pelo de fato de ter tomado ciência de ser o campeão da M5 (categoria com maior número de participantes: 28) apenas na hora da premiação, que antecedeu o festivo "Jantar de Massas", no sábado à noite tive certa dificuldade para conciliar o sono e acabei adormecendo bem tarde.
Com o vôo de volta a Salvador marcado somente para as 13:45 e um friozinho gostoso na aconchegante Pousada Arcanjo São Rafael, a vontade que dava era de ficar até mais tarde, aproveitar um pouquinho mais da cama e poder desfrutar do café-da-manhã sossegadamente antes de sair daquela belíssima cidade. Entretanto, como havia planejado correr a Meia de Floripa após o Desafrio, estiquei o corpo e mexi as pernas, ainda um pouco pesadas, e às 4:10 da manhã do domingo, ainda meio sonolento, peguei a sinuosa estrada que liga Urubici a Florianópolis. Mantendo o script, Deus "deu uma mãozinha" ao madrugador.
A Meia Maratona de Floripa teve início às 7:30. Embora tivesse chegado com 30 minutos de antecedência próximo ao local da concentração (via pelos cones que bloqueavam meia pista), tive muita dificuldade para saber onde seria o local ideal para estacionar o carro e acabei perdendo a largada. Nenhum problema para quem só estava ali para "relaxar" da corrida do dia anterior e, de quebra, levar mais uma medalha para casa.
Entrei na prova em meio a um enorme grupo que parecia estar correndo a 10km/h e ainda assim me deixei tranquilamente passar por vários deles enquanto ia sentindo as pernas começarem a destravar. Num dado momento ouvi uma frase em tom de ironia: "Lugar ruim este que você correu, hein?". Virei-me e encontrei um sorridente corredor, que, referindo-se à camisa que eu estava usando, exaltava a beleza do trecho percorrido no meu desafio de março (www.salvadoraracajucorrendo.blogspot.com). Cleverson era seu nome e, a partir dali, nas próximas duas horas, seríamos companheiros.
Cleverson (Av. Beira Mar) |
Ao final da corrida despedi-me do Cleverson, após conhecer sua esposa, que havia participado da prova de 10km, e corri de volta ao carro para tentar encontrar-me com Carlos Dias (www.carlosdiasultra.com.br), que continua em seu projeto Passos Solidários e chegara à capital catarinense no dia anterior.
Carlão e eu no Beira Mar Shopping |
Por volta das 11 horas já havia conseguido me encontrar com o Carlão no Hotel em que ele estava hospedado, onde inclusive aproveitei para tomar banho, antes de irmos "almoçar" no Beira Mar Shopping. O sanduíche foi comido às pressas, mas valeu a pena reencontrar o amigo na estrada e poder conversar um pouco antes de retornar ao aeroporto para entregar o carro e embarcar de volta para casa.
Na conexão em São Paulo, aconteceu um fato digno de nota. Em meio ao mundo de corredores que estavam no aeroporto (Meia de Floripa, Desafrio Urubici, Maratona de São Paulo) deparei-me com uma menina magrinha, bem quietinha lá na dela. Como diria minha mãe: "ninguém dava nada por ela". Achando que ela tinha um rosto familiar, sentei-me ao lado da "menina" e quando nossos olhos se cruzaram a cumprimentei e perguntei se ela havia corrido a Maratona de São Paulo, ao que ela timidamente respondeu: "fui 4° lugar no geral, a melhor brasileira da prova". Estava ao lado de SUELI PEREIRA SILVA e rapidamente me retratei. Você é Sueli Pereira?! Ela rindo, mas notadamente envaidecida com o reconhecimento, disse-me que sim, contou-me que poderia ter chegado numa posição melhor, que estava se sentindo ótima até o km 40, mas nos dois quilômetros finais sentiu ameaças de cãibras e precisou reduzir o ritmo. Infelizmente não tive tempo de ficar mais na tietagem, porque o embarque para Goiânia havia começado.
Ela se foi e eu fiquei pensando como a corrida de rua está longe do glamour de esportes como vôlei ou futebol. Será assim em outros países? Será que a melhor americana colocada na Maratona de Nova York também seria deixada de lado assim em pleno dia de um resultado tão importante? Outra coisa que me impressionou foi a sua simplicidade, acabara de ser quarta colocada numa Maratona Internacional (2h 39m e 10s) e ainda conseguiu se entusiasmar com meu modesto oitavo lugar em Urubici.
Ainda em relação à São Paulo, registro meus parabéns a Joel (motorzinho) e Samuel por mais uma maratona completada (3h 33m 30s e 04h 47m 58s, respectivamente) e um especial "bem vindo ao clube" para José Carlos (Carlinhos), que estreou na distância com o excelente tempo de 02h 54m e 52s.
Boas festas juninas!
Ainda em relação à São Paulo, registro meus parabéns a Joel (motorzinho) e Samuel por mais uma maratona completada (3h 33m 30s e 04h 47m 58s, respectivamente) e um especial "bem vindo ao clube" para José Carlos (Carlinhos), que estreou na distância com o excelente tempo de 02h 54m e 52s.
Boas festas juninas!
Cleverson finalizando a prova |
Que saudade dessa ponte ai...
ResponderExcluirQue clima bom de meia maratona hein...
Sueli é uma atleta de chegada, realmente deve não ter se sentido muito bem mesmo no final.
Ainda volto pra Floripa pra correr ai.
Parabéns a todos que fizeram a prova.
Grande Roberto
ResponderExcluirfoi muito bom ter voce como companheiro nessas 2 horas.Confesso que me surpreendi com suas historias e ja virei seu fã.Dei uma viajada no seu blog e ja me tornei seu seguidor.
Um grande abraço, e espero correr com voce outras vezes.
Cleverson Dalledone
Nossa que legal Roberto deu para fazer foi muita coisa...fora a corridinha é claro.
ResponderExcluirParabéns!!! Abração e estamos partindo esta madrugada..
Só você Roberto!
ResponderExcluirCorrer uma meia maratona pra regenerar!
Um abraço!
Pataro
Parabéns, mais uma meta alcançada, continue firme mesmo de longe sou torcedora assídua!!! Beijos na ajudante Tia Lalá!!
ResponderExcluirPrima Simone