domingo, 29 de junho de 2014

20 X 500m NO "CT" PINICÃO

Com Deja, Pataro e Rubem no "CT"

O mês de junho está indo embora e lá se vão três semanas de treino visando a Maratona de Salvador. 
O volume de treino para as últimas provas: Maratona Country de Búzios, Ultra Maratona de Revezamento 300k Mossoró/Natal, 12h de Macaé e Maratona Running Daventura, haviam naturalmente deixado nosso pace mais lento e, graças à Deus e ao tiroteio distribuído por Marcelo Augusti em nossa planilha deste mês, já estou me sentindo bem melhor no quesito velocidade.

Por falar na Running D'Aventura 2014, ontem recebi junto com uma carta (que entre outras coisas faz um convite para o RD 2015) um troféu referente ao 6º lugar do que eles convencionaram chamar "42k Alternativo".



Acompanhando o troféu vieram alguns mimos como squeeze, copo, chaveiro, uma camisa igual às entregues no evento e uma camisa de finisher em tons de verde e amarelo.

Apesar de não estar convicto de merecer tal troféu e, principalmente, a camisa de finisher, entendo a ação dos Organizadores como uma tentativa de contornar os lamentáveis equívocos (até onde sei todos os 08 esquecidos na trilha receberam a mesma compensação) da última edição e, da minha parte, aproveito para repetir algo que escrevi aqui na época do ocorrido "adoro correr naquelas trilhas, foi através do RD que as conheci e (sinceramente) torço para que a Organização dê a volta por cima".

Voltando ao assunto principal deste post, também esta semana fiquei sabendo que, por causa do trabalho, durante o mês de julho estarei longe de Salvador, mas precisamente, na cidade de Santa Rita de Cássia/BA.

Por esta razão resolvi adiantar o treino mais cascudo (4 x 7.500) para sexta-feira no COE e deixar para este domingo algo mais recreativo em nosso querido "CT" Pinicão. 

Recreativo é modo dizer né? Demorou menos de 1 hora o treino, mas a brincadeira de hoje ao lado dos amigos Pataro, Rubem e Deja  teve 20 tiros de 500 metros com 1 minuto de intervalo. (Nada que nossos corações de torcedores brasileiros, sobreviventes ao Brasil e Chile de ontem,  não tirasse de letra).

Assistindo o Jogo do Brasil no cinema com Luan e Rafa
Sempre que vou viajar para uma prova para a qual me preparei muito, gosto de fazer aquele último treininho em nosso CT, gosto de levar a energia daquele local e dos meus companheiros de treino. Hoje não foi despedida para competição, mas sabendo que terei que ficar um mês longe de casa, valeu muito o treino e as companhias.


Até a próxima!








quarta-feira, 25 de junho de 2014

DE AMARGOSA AO ALTO DA LAGOINHA (CORRENDO NO CAMINHO DA PAZ)


Em Amargosa: Rubem, Ana Alice, Tia Lalá e eu

Jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, forró com tia Lalá no São João de Amargosa, comidinhas gostosas e o tentador licor de jabuticaba da tia Lia.

Nesses tempos, manter a disciplina dos treinos não é tarefa das mais fáceis, então para contra-atacar só mesmo escolhendo um lugar maravilhoso para o longuinho do final de semana, um percurso que representasse, por si só, um espetáculo à parte. Foi aí que me lembrei do Caminho da Paz.


O Caminho da Paz é um caminho de peregrinação por terras baianas, que se inicia na Cidade de Amargosa e chega ao “Projeto Semente”, no Vale do Jiquiriçá, em Ubaíra. Atualmente tem 127km e está concebido para ser feito em seis dias, assim divididos os trechos:

127Km  pelas trilhas do
CAMINHO  DA  PAZ
Sequência de Dias / Percurso / Km
1° dia
Amargosa
ao
Alto da Lagoinha
25 Km
2° dia
Alto da Lagoinha
ao
Morrinho de São José
ao
Alto da Lagoinha
13 Km
3° dia
Alto da Lagoinha
à
Mutuípe
17 Km
4° dia
Mutuípe
à
Jiquiriçá
26 Km
5° dia
Jiquiriçá
à
Ubaíra
27 Km
6° dia
Ubaíra
à
Projeto Semente
19Km

Em abril, durante a Semana Santa, conheci o Caminho da Paz através dos Profs. André Araújo e Ângela Pelosi. Na oportunidade fizemos todo o percurso de bike, entretanto, para cumprir a planilha deste domingo, o primeiro trecho (e toda sua impressionante altimetria), “Amargosa ao Alto da Lagoinha”, era mais que suficiente.

Altimetria tirada  do Garmin usado na corrida


Sábado
Pela manhã, após vender (enquanto pedalávamos) ao amigo Rubem Fernandes o plano do dia seguinte, acertamos para as 15 horas nossa viagem para Amargosa.

Sabendo que nossas companheiras iriam fazer nosso resgate ao final da corrida, mantive contato com D. Damiana no Alto da Lagoinha encomendando uma galinha caipira para o almoço e, no intuito ainda de agradecer a paciência e dedicação de nossas staffs, projetei uma visita à Capela no Morrinho de São José.
Rubem e Ana Alice com meus pais em A,argosa
No complicado trânsito de São João já era noite quando chegamos em Amargosa no sábado. Como Alceu Valença tocaria apenas a partir da meia-noite e a gente não poderia deixar passar esta oportunidade, nossa largada no dia seguinte foi fixada para as 08 da manhã, e lá fomos nós para a Praça.


Domingo
Pontualmente às 08h deixamos Amargosa, partindo da placa que marca o início do Caminho.


Ana Alice e “tia” Lala, após fazer o registro de nossa largada, retornaram à casa dos meus pais. A orientação era que saíssem com o carro dali a uma hora.

O grande sobe e desce da estrada estava fresco em minha cabeça e, baseado no tempo gasto de bike durante a Semana Santa, acreditava que gastaríamos menos de 3 horas.


A beleza daquele lugar é indescritível. Rubem, que estava ali pela primeira vez, não parava de repetir: “valeu a pena” e eu, que o havia arrastado para aquela viagem, claro, sentia-me bastante feliz por isso também.

Ritmo confortavelmente encaixado, o tempo foi passando e os quilômetros foram alegremente deixados para trás.


Exatamente quando alcançávamos a marca do 19k, ouvimos a buzina festiva da nossa viatura de resgate. As meninas mostravam-se impressionadas tanto com a paisagem (em abril havíamos passado naquele trecho já na escuridão) quanto com nosso desempenho.


Estávamos tão perto de nosso destino que elas resolveram mudar os planos e seguiram com pequenas esticadas ao nosso “lado” até chegarmos ao Alto da Lagoinha.

Com 2 horas e 24 minutos de corrida concluímos o primeiro trecho do Caminho da Paz.


Após um banho na casa de D. Damiana, seguimos de carro para o Morrinho de São José. Era pra ser algo rápido, só um aperitivo antes do almoço, mas graças a uma barbeirada deste que vos escreve, acabamos atolando no caminho e levando mais tempo do que imaginávamos. Depois de muita luta (faz parte do treino rs) e com ajuda de moradores conseguimos seguir “viagem”.


A fome já tava grande e o morro estava completamente escondido sob uma forte neblina, talvez o melhor fosse voltar. Vocês voltariam? Nós prosseguimos. Fomos lá só para “cumprir tabela” e, ao atingirmos o cume do Morro, Deus recompensou-nos soprando a cerração e descortinando ante nossos extasiados olhos a magnífica visão que se tem dali de cima.

É Rubem, você tinha razão, valeu a pena!

Axé!
Dentro da Capela de São José à beira do morro que leva o seu nome


Com os três filhotes no Zoo no sábado antes de pegar estrada





















Os último 500 metros para chegar no Morrinho - muita neblina






Rubem deixando seu registro no Caderno "Da Paz" no Alto da Lagoinha
  

Com o Dr. Antonio Ferreira (Negão)

Com "Seu" Osvaldo e D. Floripes