quinta-feira, 18 de maio de 2017

ASICS GOLDEN RUN 21K - SALVADOR


Medalha top 100




Considerado por muitos corredores como aquele que reúne as melhores provas de 21k do Brasil, no último domingo, pela primeira vez em sua história, o famoso circuito de corridas de rua Asics Golden Run, aportou em Salvador. 

À Capital baiana coube ainda  o privilégio de dar o pontapé inicial do Circuito que neste ano acontecerá em 05 capitais brasileiras, além das etapas internacionais de Buenos Aires, Santiago e Lima.   

Passagem no km 6
Às vésperas de encarar o principal objetivo do semestre (Maratona de Porto Alegre em 11 de junho) a meia maratona chegou em boa hora para avaliar a quanto anda o treinamento, bem comopegar ritmo de competição. 


Com percurso diferente e rápido, a prova fez jus à fama e foi show de organização, desde a entrega do kit, passando pela largada em ondas, organizada por baias de ritmo e com pouquíssimo ou nenhum atraso, até a "hiperhidratação com água a cada 3 km e isotônico a cada 6km. 
 
Pataro que também está indo para Poá no próximo mês voando em busca do Top 100

O único senão, bastante lamentado principalmente pela turma que corria atrás da medalha do top 100 masculino (no feminino são 20), foi um chip de papelão que não suportou a chuva que caía generosamente em Salvador no momento da prova e acabou deixando de registrar o tempo de muita gente. 

Ouvi também várias pessoas reclamando pelo fato da entrega das medalhas douradas ter sido marcada para as 10h.  

Entretanto, a meu ver, essa medida é um avanço nessa que é uma das peculiaridades mais vendidas nesta prova, que é a medalha dourada para os 100 primeiros homens e as 20 primeira mulheres, explico: 

No ano de 2014, fiz parte de uma Asics Golden Run em São Paulo. Sem grande preocupações em ser top 100, seguia naquela ocasião, como também no último domingo, focado apenas em buscar um tempo e sensação que me trouxessem confiança para o objetivo na Maratona próxima. 

Naquela meiafechei a prova em 1h 24'49 e vi a última medalha sendo entregue ao corredor imediatamente a minha frente, até aí tudo bem, lamentei não ter feito um pouquinho mais de força mas, feliz com o "treino" feito, logo desencanei. 

Mais tarde é que fui saber que muitos dos que haviam levado para casa (e para as redes sociais) a top 100, não haviam feito o percurso inteiro. Ou seja, bastava cruzar o pórtico o cara (mesmo os mais suspeitos) era medalhado, sem necessidade de comprovação de passagens, e só mais tarde é que se ficava sabendo que ele não tinha registro nos postos de controle. 

Por isso, apesar de maçante, fiquei feliz com a mudança no sistema de entrega. 

O problema aqui em Salvador se agravou porque deu o horário combinado e (talvez por causa do fracasso do chip de papelão) não tinham ainda a tal lista dos tops. Depois no sistema de som,  um tempo tempo de corte (1h 32) foi anunciado e mais tarde quando enfim veio a divulgação, muita gente que tinha corrido abaixo desse tempo, não constava na lista. 

Naquele momento formou-se um tumulto bastante lamentável e só após algumas horas, a Organização consciente do erro,  foi, recorrendo às imagens, caso a caso, buscando a melhor forma possível para solucioná-los. 
 
Apertando no último km completado em 3'58

Não há dúvidas que aquele não era o dia do chip de papelão, os efeitos vão bem além da confusão com os tops 100 e 20, quantas pessoas ficaram sem o registro do seu RP. 

Eu mesmo, que fui chamado no sistema de som, recebi minha medalha e a informação que havia sido 30º, infelizmente ainda não tive meu tempo oficial registrado.  


Fico com o meu Garmim (1h 25'33) e com minha consciência.  

Aliás é aí que mora algo que leva para conta dos corredores parte da culpa do que aconteceu no domingo  

Se não houvesse o famoso jeitinho brasileiro, se não houvesse tanta gente pegando atalhos para autodenominar-se Maratonista, Ultra, Super isso ou aquilo otras cositas más, se não nos apetecesse tanto enrolar a nós mesmos (e aos outros), cada qual ocuparia apenas o lugar que lhe coubesse. 
Os primeiros levariam suas medalhas, aqueles que porventura houvessem desistido de fazer o percurso todo, acusar-se-iam, etcetc, e não ficaríamos reféns de tanto controle. 

Até porque, em minha modesta opinião, a colocação alcançada ou distância percorrida pelo o corredor não o distingue tanto quanto a alma que ele põe no que está fazendo.  

Não por acaso, talvez, as chegadas mais emocionantes que trazemos na memória, nem sempre são as do campeões da prova.  

A suíça Gabrielle Andersen emocionando todo o estádio olímpico em Los Angeles 1984 
Quantas vezes nossos olhos não marejaram com aquela pessoa que se arrasta até a linha de chegada (sabe-se lá com quantas estórias por traz daquela corrida) muitas vezes em último lugar, mas invariavelmente debaixo de muitos gritos de incentivos e aplausos? 


Até a próxima!


Pódio geral feminino

Pódio geral masculino




 Day After Com a Prof. Quele Merces no Viva Pilates




Marcondes na soltura de perna no Parque de Pituaçu um dia antes do seu novo RP 1h 41







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sexta-feira, 5 de maio de 2017

X TERRA CAMP BAHIA - BARRA GRANDE

Pôr do sol em Barra Grande (eu, Cris, Ana Luíze e Manoel)

No meio dos treinos para a Maratona de Porto Alegre, havia o Half Trail Run  em Barra Grande.


Quem me conhece, sabe que não costumo correr prova de trilha no primeiro semestre, período em que geralmente tenho como meta os 42,2 de asfalto, entretanto, não deu para resistir quando soube que haveria uma etapa do X Terra na Bahia.

Inspirado pelos relatos entusiasmados dos amigos José Mirailton e Rosália Guarischi, há muito tempo vinha namorando participar de um evento do X Terra.

Não sei exatamente o quanto a perda do patrocínio da North Face pode ter influenciado na qualidade do evento, mas com certeza não dei sorte, pois o evento na Bahia, ao que parece, não seguiu o padrão de qualidade de outras etapas.


Só para citar alguns motivos do descontentamento que já teve início no atraso da entrega do kit,  enumerarei aqui alguns:

Camisas iguais para todas as modalidades (além do Half Trail Run havia uma distância menor de corrida para adulto, uma corrida kids, Triathlon e Natação);

Troféus idênticos e do mesmo tamanho para todas as modalidades, tanto nos pódios gerais, quanto nos pódios por categoria;

A confusão feita pela não padronização da cor das toucas dos nadadores (havia duas distâncias 1,5k e 3k), misturando azul com vermelho, o que ocasionou, entre outras coisas lamentáveis, a chegada do primeiro lugar do 1,5k sem que ninguém se desse conta ou o anunciasse como campeão;

A cerimônia de premiação feita no domingo à noite em local de precária iluminação sem a presença de nenhum fotógrafo do evento para fazer o devido registro.

Mas vamos à corrida...

Apesar de pouco técnico, o percurso de 23,3k da corrida no sábado de manhã (notem que a premiação seria apenas no dia seguinte) e a participação atenciosíssima dos staffs que, à bordo dos seus quadriciclos, acompanharam boa parte do circuito, foram a melhor coisa do evento X Terra.

Vencedor das duas primeiras etapas deste ano, Antonio Gonçalves, manteve seu 100% de aproveitamento em Barra Grande com o tempo de 1h 40' 18.

Cruzando a faixa como vice-campeão fazendo o X referente ao XTerra

Correndo de forma tranquila, afinal de contas não havia feito nenhum treino específico para a prova, 09 minutos mais tarde (com igual vantagem para o terceiro lugar) era minha vez de cruzar, como vice-campeão da prova, o pórtico de chegada.

Apesar da má impressão, torço para que tudo tenha sido apenas uma infeliz coincidência, até porque, no segundo semestre, ainda pretendo  encaixar uma etapa do X Terra Endurance na preparação para a Jungle Marathon. 


Mas vamos lá, o final de semana foi excelente, afinal de contas tudo isso se passou em Barra Grande e só posso agradecer a Deus pela oportunidade de, naquele cenário paradisíaco,  reencontrar várias pessoas queridas, além de fazer novas amizades.

Diferente da tensao na ida por causa da Greve Geral , na volta deu até para uma passagem na Cachoeira de Pancada Grande 
Por falar em amizade, o excelente time montado para esta viagem, Cristina Cangussu, Manoel Lima e Ana Luíze, tornou todo o caminho ainda mais especial.

E olha que ninguém foi lá à passeio não viu, rs.

Cris na terra dos gigantes
Cris emendou duas competições, os 23,3 km no sábado e 3k de natação no domingo, fazendo bonito em ambas as provas, com grande destaque naquela que marcava seu retorno às competições aquáticas.


Ana Luíze comemorando chegada
Ana Luíze, por sua vez, fez uma excelente prova de 10k e de quebra me proporcionou a maior recepção de toda minha vida de atleta, rs, "meu amigo é pódio, meu amigo é pódio".

Manoel, segundo lugar na categoria 40/49
Manoel celebrou seu primeiro pódio que, totalmente de acordo com a fala de sua mamãe, "será o primeiro de muitos". 


Não dá para ficar reclamando muito não é?

Brincadeira com o amigo Ivan antes do início do Half Trail Run
Até a proxima!














esperando cerimonia








Massagem pós-prova - outra coisa boa da prova





Pequeno Rapel na Half Trail Run

Com o amigo e Nutricionista JONATHAN CARVALHO (4º lugar geral)