Apesar de não ser um dia de quilometragem
alta, chegar a Serrita não foi nada fácil.
Às 5:30 da manhã, Cabrobó já ia se tornando
apenas uma imagem no retrovisor da minha bike.
De volta à 116, assim que tomei a direção
de Salgueiro pressenti que o relevo da estrada ia mudar e não deu outra, nos 60km
seguintes o sobe e desce foi constante. Para aumentar a complicação o trânsito
de carretas estava pior que nos dias anteriores.
O cobertor para este frio foi ter
sintonizado uma rádio com a programação inteiramente dedicada ao Rei do Baião.
Assim, convenhamos, fica bem mais fácil.
No plano original o destino de hoje seria Salgueiro,
entretanto a vontade de me aproximar mais de Exu-Pe me fez decidir por
prosseguir um pouco mais.
Por telefone avisei à tia Lalá que seguiria
para almoçar em Serrita, dando-lhe as coordenadas de como chegar àquela cidade
e orientando-lhe que só deixasse o Hotel (em Cabrobó) depois das 11 horas.
Pouco depois de deixar Salgueiro tive um
pneu furado. Sob o sol forte do sertão nordestino, o pit stop em nada é
parecido com o que vemos nas corridas de Fórmula 1. Retirar as bagagens, virar
a bike, desarmar jante, armar, encher... lá se foi um montão de segundos. rs
De volta à pista, já estava na estrada para
Serrita (a mesma que me levará até Exu) quando novamente “deu o prego”, como se
diz por aqui.
Beirando o meio-dia o novo pit stop foi
ainda mais lento, mas o pior ainda estava por vir.
Após fazer todos os procedimentos, não
consegui achar o adaptador necessário para encher essas drogas (rs) de câmaras
de ar de pito fino. Vasculhei toda a terra em volta, olhei um milhão de vezes
na pochete e nada.
Apesar da má fama e do medo que os próprios
moradores da região gostam de propagar, é bom que se registre isso, várias
pessoas que passavam pararam seus carros e, após ouvir a explicação do que
estava acontecendo, ajudaram-me a esquadrinhar o chão.
Após muito tempo procurando, eis que chega
a Super Tia Lalá. Entreguei a ela o pneu armado para que fosse encher em Serrita
(8km à frente) e enquanto esperava ela voltar, continuei, sem sucesso, revirando
o chão atrás do (grrrrr) adaptador de pito.
Somente às 14 horas, “estropiado, mas
alegre o coração” por ter vencido mais um dia, finalmente cheguei à Capital do
Vaqueiro.
Tia Lalá testemunha ocular da história - Clique para ver matéria |
Amanhã é dia de chegar a Exu. O pneu tá
cheio, mas não encontrei um adaptador por aqui, então aceito rezas para
afastamento de pregos no caminho.
Boa noite!
"Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora. O dia já vem, raiando meu bem".....vamos q vamos campeão! tá chegando. Parabéns por mais uma conquista extraordinária. Abraços.
ResponderExcluirA determinação é maior que os pregos. Estamos todos nós com vocês na garupa da bike e no porta-malas da titia.
ResponderExcluirAmâncio e Samuel!
ResponderExcluirObrigado pela força!
Salve irmaozinho
ResponderExcluiré cara hoje nao foi apenas pedalar heim!!!???
mas se fosse sempre assim - tudo correndo como programado, tudo esperado, nada nos fazendo perceber, gostar e respeitar a estrada (e tbm nossos limites) - nao seria assim tao legal a estrada...
além do mais, assim "o livro" ganha mais uma ou duas páginas :)
felicidades e mais aventuras meu brother
Rodrigo
Parabéns guerreiro pela conquista.Boa sorte e boas pedaladas
ResponderExcluirRodrigo!
ResponderExcluirA gente põe, Deus dispõe... mas você sabe que na manga sempre haverá os planos a,b, c, d, e.... rs
Valeu!