segunda-feira, 10 de junho de 2013

SERRA DA JIBOIA

Cristiano, Deja, Chico, Carlinhos
Gil e eu


A aventura deste final de semana nasceu em janeiro, quando fomos correr nossa MeiaMaratona Trilheira em Castro Alves.

Naquela ocasião, logo que acabou nossa corrida-treino despedi-me dos amigos e tomei com a família o caminho de volta a Salvador.

Alguns dias depois, já na Capital, reencontrei-os completamente fascinados por uma Serra que haviam descoberto em Santa Terezinha quando saíram em busca de uma famosa vinícola da região.

Os comentários eram tão empolgados e os adjetivos tantos, que aceitei, olhos fechados, a proposta de fazermos em outro momento um treino na tal Serra.

De tanto ressaltarem a incrível subida de chão de terra batida com vegetação de ambos os lados e o visual maravilhoso visto através da fria neblina que fazia, a despeito de estarmos então no verão, imediatamente pensei em usá-la como treino para Urubici.

O martelo foi batido mesmo quando percebi a coincidência que existia entre os 6,5km de extensão da Serra da Jiboia e a minha planilha, que indicava um último longão (15 dias antes da prova  catarinense) na distância de 39km.

Nem precisava ser filho de seu “Osvaldo de Souza” para traçar o treino. Cada “sobe e desce” na serra representaria 13km, com três “viagens” estaria cumprida a missão do Prof. Marcelo e, de quebra, iria conferir de perto o que causara tanta impressão em meus amigos.

* * *
Sexta-Feira
À turma que havia corrido a meia trilheira (Cristiano, Deja, eu e Chico) juntaram-se os impagáveis Mestre Carlinhos e Gil, o Monstro. Na sexta-feira à noite, juntos com Márcia e Vítor (esposa e filho de Chico), pegamos a estrada para dormir em Castro Alves na casa de seu Lori (pai de Chico).

Chico e Família

Por si só, a alegria de “Seu” Lori já vale a viagem. Aos 83 anos nos recebeu em casa, em horário já avançado, com os gracejos, piadas e carinho que lhe são peculiares.

Um violão e muita cantoria foram um passatempo tão bom durante os 200km de estrada enfrentados para chegar até ali que começamos a cogitar a possibilidade de deixarmos de correr para formar uma banda (rs).


A viagem com todos no mesmo carro serviu para aumentar ainda mais a cumplicidade deste lote de malucos que, ante a perspectiva de correr juntos no outro dia, já não se continha de alegria. 

Agora o negócio era dormir, no outro dia teríamos que viajar ainda mais uns 20km para chegar ao pé da serra em Pedra Branca, distrito de Santa Terezinha.



Sábado

Munidos de bastante água em saquinho chegamos à singela Pedra Branca, que provavelmente ficou bastante assustada ante a visão matinal daqueles forasteiros vestidos com roupas estranhas dançando alegres e desengonçados.

Bem que Ari já tinha avisado que Chico era o maior dançarino da região.rs
Antes de iniciarmos o treino pedi a Chico que fosse com a Kombi montar os postos de hidratação nos km 2,5 e 5,0 (8 e 10,5 na descida); preferi não ir pois queria que meu primeiro contato com a Serra da Jiboia fosse “na canela” mesmo.

Após combinamos de fazer a primeira volta todos juntos (só a partir da segunda volta cada um imprimiria seu próprio ritmo), às 8 horas da manhã demos início à nossa subida.


Dali em diante é difícil explicar, a Serra da Jiboia superou todas as minhas expectativas. Mais que o enorme potencial para servir como treino para Urubici (800 metros de altitude, uma enorme variação de temperatura, etc), o barulho de água corrente, o canto dos pássaros, não deixavam nenhuma dúvida de que aquilo era um presente divino.

Chegamos pela primeira vez ao topo cantando juntos e a pleno pulmões a bela e apropriadíssima canção do Roberto Carlos – A Montanha.  Convicto, afirmo que todos ali sentiram e sabem a verdadeira necessidade de agradecer a Deus pelo “novo dia”.

Nos 6,5km do retorno é que se pode perceber quão íngreme é a Jiboia, a despencada durou cerca de meia hora.

Finda a primeira volta, guardamos as máquinas e partimos para o segundo e o terceiro round. A partir dali a corrida seria mais solitária e silenciosa (quer melhor ocasião para rezar?).

Perto do meio-dia já estávamos comemorando a missão cumprida e a manhã inesquecível. No coração de todos o mesmo desejo de retornar em breve. Quem sabe junto com você?

Boa semana!

                                                               
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Estrada Castro Alves/Santa Terezina













Catando Beriberi


Arrasta-pé Deja e Carlinhos

Parada pra lanche






8 comentários:

  1. Que beleza! essa turma é realmente fantástica meu caro Roberto. Parabéns para todos. Um grande abraço.

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    1. Amâncio,
      Na próxima a gente vai querer vc lá nem que seja para subir uma vez só.
      Vc vai adorar.
      Abraços!

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  2. È... foi bom em quanto durou. Show de bola o texto e as fotos tudo se encaixando.
    Não vejo a hora de fechar o ano com outra brincadeira dessa e com um elenco maior.
    Abraços!

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  3. Vanuza Lins Alves Batista-Corredora veterana 11 de junho 2013.11 de junho de 2013 às 21:48

    Que beleza essa serra da jiboia, estou triste que não deu pra eu ir, Deus abençoe a todos, um abraço.

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    1. Vanuza,
      Foi pena mesmo vc não ter ido, mas teremos outras, se Deus quiser.
      Abraços!

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  4. Muito bom o treino de vcs Roberto na Serra da Jibóia, correr junto aos amigos e aliado a natureza é bom demais, as fotos e o vídeo também ficaram excelentes. Agora essa torres de comunicação tá parecendo que nem as torres do mendanha que nem daqui do Rio...agora não teve jeito nesse arrastapé não teve nenhuma corredora para dançar não???

    bons treinos,

    Jorge Cerqueira
    www.jmaratona.com

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  5. Jorge,
    O treino com muita gente sempre é legal, em meio a natureza melhor ainda. Vi que vcs fizeram no mesmo dia um treino bem legal aí no Rio.
    Abraços!

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