Cristiano, Deja, Chico, Carlinhos Gil e eu |
A aventura
deste final de semana nasceu em janeiro, quando fomos correr nossa MeiaMaratona Trilheira em Castro Alves.
Naquela
ocasião, logo que acabou nossa corrida-treino despedi-me dos amigos e tomei com
a família o caminho de volta a Salvador.
Alguns dias
depois, já na Capital, reencontrei-os completamente fascinados por uma Serra
que haviam descoberto em Santa Terezinha quando saíram em busca de uma famosa
vinícola da região.
Os comentários
eram tão empolgados e os adjetivos tantos, que aceitei, olhos fechados, a
proposta de fazermos em outro momento um treino na tal Serra.
De tanto
ressaltarem a incrível subida de chão de terra batida com vegetação de ambos os
lados e o visual maravilhoso visto através da fria neblina que fazia, a despeito
de estarmos então no verão, imediatamente pensei em usá-la como treino para
Urubici.
O martelo foi
batido mesmo quando percebi a coincidência que existia entre os 6,5km de extensão
da Serra da Jiboia e a minha planilha, que indicava um último longão (15 dias
antes da prova catarinense) na distância de 39km.
Nem precisava
ser filho de seu “Osvaldo de Souza” para traçar o treino. Cada “sobe e desce”
na serra representaria 13km, com três “viagens” estaria cumprida a missão do
Prof. Marcelo e, de quebra, iria conferir de perto o que causara tanta
impressão em meus amigos.
* * *
Sexta-Feira
À turma que
havia corrido a meia trilheira (Cristiano, Deja, eu e Chico) juntaram-se os
impagáveis Mestre Carlinhos e Gil, o Monstro. Na sexta-feira à noite, juntos
com Márcia e Vítor (esposa e filho de Chico), pegamos a estrada para dormir em
Castro Alves na casa de seu Lori (pai de Chico).
Por si só, a
alegria de “Seu” Lori já vale a viagem. Aos 83 anos nos recebeu em casa, em
horário já avançado, com os gracejos, piadas e carinho que lhe são peculiares.
Um violão e
muita cantoria foram um passatempo tão bom durante os 200km de estrada enfrentados
para chegar até ali que começamos a cogitar a possibilidade de deixarmos de
correr para formar uma banda (rs).
A viagem com
todos no mesmo carro serviu para aumentar ainda mais a cumplicidade deste lote
de malucos que, ante a perspectiva de correr juntos no outro dia, já não se
continha de alegria.
Agora o
negócio era dormir, no outro dia teríamos que viajar ainda mais uns 20km para
chegar ao pé da serra em Pedra Branca, distrito de Santa Terezinha.
Sábado
Munidos de
bastante água em saquinho chegamos à singela Pedra Branca, que provavelmente
ficou bastante assustada ante a visão matinal daqueles forasteiros vestidos com
roupas estranhas dançando alegres e desengonçados.
Bem que Ari já tinha avisado que Chico era o maior dançarino da região.rs |
Antes de
iniciarmos o treino pedi a Chico que fosse com a Kombi montar os postos de
hidratação nos km 2,5 e 5,0 (8 e 10,5 na descida); preferi não ir pois queria
que meu primeiro contato com a Serra da Jiboia fosse “na canela” mesmo.
Após
combinamos de fazer a primeira volta todos juntos (só a partir da segunda volta
cada um imprimiria seu próprio ritmo), às 8 horas da manhã demos início à nossa
subida.
Dali em diante
é difícil explicar, a Serra da Jiboia superou todas as minhas expectativas.
Mais que o enorme potencial para servir como treino para Urubici (800 metros de
altitude, uma enorme variação de temperatura, etc), o barulho de água corrente,
o canto dos pássaros, não deixavam nenhuma dúvida de que aquilo era um presente
divino.
Chegamos pela
primeira vez ao topo cantando juntos e a pleno pulmões a bela e apropriadíssima
canção do Roberto Carlos – A Montanha.
Convicto, afirmo que todos ali sentiram e sabem a verdadeira necessidade
de agradecer a Deus pelo “novo dia”.
Nos 6,5km do
retorno é que se pode perceber quão íngreme é a Jiboia, a despencada durou
cerca de meia hora.
Finda a
primeira volta, guardamos as máquinas e partimos para o segundo e o terceiro round.
A partir dali a corrida seria mais solitária e silenciosa (quer melhor ocasião
para rezar?).
Perto do
meio-dia já estávamos comemorando a missão cumprida e a manhã inesquecível. No
coração de todos o mesmo desejo de retornar em breve. Quem sabe junto com você?
Boa semana!
Clique para assistir
Adicionar legenda |
Estrada Castro Alves/Santa Terezina |
Catando Beriberi |
Arrasta-pé Deja e Carlinhos |
Parada pra lanche |
Que beleza! essa turma é realmente fantástica meu caro Roberto. Parabéns para todos. Um grande abraço.
ResponderExcluirAmâncio,
ExcluirNa próxima a gente vai querer vc lá nem que seja para subir uma vez só.
Vc vai adorar.
Abraços!
È... foi bom em quanto durou. Show de bola o texto e as fotos tudo se encaixando.
ResponderExcluirNão vejo a hora de fechar o ano com outra brincadeira dessa e com um elenco maior.
Abraços!
Valeu, Cristiano.
ExcluirVc. tá correndo muito!
Abraços!
Que beleza essa serra da jiboia, estou triste que não deu pra eu ir, Deus abençoe a todos, um abraço.
ResponderExcluirVanuza,
ExcluirFoi pena mesmo vc não ter ido, mas teremos outras, se Deus quiser.
Abraços!
Muito bom o treino de vcs Roberto na Serra da Jibóia, correr junto aos amigos e aliado a natureza é bom demais, as fotos e o vídeo também ficaram excelentes. Agora essa torres de comunicação tá parecendo que nem as torres do mendanha que nem daqui do Rio...agora não teve jeito nesse arrastapé não teve nenhuma corredora para dançar não???
ResponderExcluirbons treinos,
Jorge Cerqueira
www.jmaratona.com
Jorge,
ResponderExcluirO treino com muita gente sempre é legal, em meio a natureza melhor ainda. Vi que vcs fizeram no mesmo dia um treino bem legal aí no Rio.
Abraços!