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Em 1919 o soteropolitano Ruy Barbosa criou o epíteto de Princesa do Sertão para a cidade de Feira de Santana.
Algum tempo depois, lá pelos anos 80, comecei a andar por esta encantadora cidade e desde então começaram meus episódios de ficar completamente perdido em suas ruas e avenidas.
Após 03 semanas de convivência e treinos, que aos poucos foram desvendando os mistérios da Princesinha, finalmente, em 2012, posso abrir a boca e dizer: "Entendi a sua lógica Feira de Santana".
Os 14km do fartlek de hoje deram início a um novo período de base, com segurança infinitamente superior à costumeira quando se tratava de andar por aqui.
Algum tempo depois, lá pelos anos 80, comecei a andar por esta encantadora cidade e desde então começaram meus episódios de ficar completamente perdido em suas ruas e avenidas.
Após 03 semanas de convivência e treinos, que aos poucos foram desvendando os mistérios da Princesinha, finalmente, em 2012, posso abrir a boca e dizer: "Entendi a sua lógica Feira de Santana".
Os 14km do fartlek de hoje deram início a um novo período de base, com segurança infinitamente superior à costumeira quando se tratava de andar por aqui.
"REENCONTRO"
Na noite de ontem o destino deu uma mãozinha para que eu (re)encontrasse uma pessoa que não "via" há 13 anos. Vou dar uma resumida, mas senta que lá vem estória...
Em 1999 estava numa viagem de bicicleta de Salvador a Caracas, na Venezuela; chegando em Boa Vista fui levado para dar uma entrevista no Jornal. Após as perguntas de praxe (não muito simpaticamente) uma repórter me falou que havia cerca de dois meses outro ciclista baiano (também de Salvador) havia passado na cidade.
Na hora não dei muito crédito imaginando que deveria ser algum tipo de generalização que ocorre muito por aí, do tipo "todo nordestino é paraíba".
Acontece que, seguindo viagem, volta e meia eu ouvia falar do ciclista que ia em minha frente e por vezes dormi no mesmo local onde ele havia dormido.
Alguns diziam tratar-se de um baiano, outros não tinham certeza. Até que um dia um destes anfitriões trouxe-me um quadrado de cartolina onde o tal cicloturista agradecia ao dono da casa pela estada.
Além dos agradecimentos, naquele e em todos outros pedaços de cartolina (sempre cortados do mesmo tamanho) que passei a encontrar pelo caminho, o viajante informava a quantidade de pneus, câmaras de ar e dias gastos de Salvador (Capelinha de São Caetano) até ali.
Incrível! o cara era de Salvador, estava numa viagem parecida com a minha e nós não nos conheciamos.
Àquela altura já estavamos na Venezuela e não se passavam muitos dias sem que eu visse o tal quadrado de cartolina (agora escrito em espanhol). O tempo de sua passagem ia sempre diminuindo (o que indicava que eu estava cobrindo mais quilômetros diariamente).
Certo dia, após uma serra de uma hora de subida, vi uma vendinha com bananas (plátanos rs) na frente e parei.
O dia-a-dia na estrada é cheio de muitas coisas e, embora eu desejasse encontrar-me com o conterrâneo ciclista não era sempre que me lembrava disso, mas naquele momento eu pensei: "Bananas penduradas na beira da estrada depois de uma serra dessas... todos os cicloturistas do mundo iriam dar uma parada".
E não é que algum tempo depois o pessoal da vendinha veio de lá com o famoso pedaço de cartolina? (rs) Não me recordo mais se foi em Tumeremo ou Upata o último dia que vi aquele texto. Era impressionante a importância que as pessoas davam àquele pedaço de papelão que ficou como lembrança da passagem do tal homem "que levava uma casa nas costas".
Naquela noite soube que "Vardinho de las bicis" havia passado ali há apenas dois dias. Sonhei com a possibilidade de nos encontrarmos na estrada, mas o encontro não se deu.
No ano seguinte, na primeira oportunidade que tive em Salvador fui à sua procura no bairro da Capelinha mas ninguém soube me informar sobre um homem que havia saído de Salvador para Venezuela numa bicicleta de aro 28 sem marcha e acabei desistindo.
Pois é. Aí, 13 anos depois, estou saindo do meu hotel para buscar conexão de internet no hotel ao lado quando vejo na porta uma bicicleta de madeira toda cheia de bagagens e bandeiras do Brasil.
Na noite de ontem o destino deu uma mãozinha para que eu (re)encontrasse uma pessoa que não "via" há 13 anos. Vou dar uma resumida, mas senta que lá vem estória...
Em 1999 estava numa viagem de bicicleta de Salvador a Caracas, na Venezuela; chegando em Boa Vista fui levado para dar uma entrevista no Jornal. Após as perguntas de praxe (não muito simpaticamente) uma repórter me falou que havia cerca de dois meses outro ciclista baiano (também de Salvador) havia passado na cidade.
Na hora não dei muito crédito imaginando que deveria ser algum tipo de generalização que ocorre muito por aí, do tipo "todo nordestino é paraíba".
Acontece que, seguindo viagem, volta e meia eu ouvia falar do ciclista que ia em minha frente e por vezes dormi no mesmo local onde ele havia dormido.
Alguns diziam tratar-se de um baiano, outros não tinham certeza. Até que um dia um destes anfitriões trouxe-me um quadrado de cartolina onde o tal cicloturista agradecia ao dono da casa pela estada.
Além dos agradecimentos, naquele e em todos outros pedaços de cartolina (sempre cortados do mesmo tamanho) que passei a encontrar pelo caminho, o viajante informava a quantidade de pneus, câmaras de ar e dias gastos de Salvador (Capelinha de São Caetano) até ali.
Incrível! o cara era de Salvador, estava numa viagem parecida com a minha e nós não nos conheciamos.
Àquela altura já estavamos na Venezuela e não se passavam muitos dias sem que eu visse o tal quadrado de cartolina (agora escrito em espanhol). O tempo de sua passagem ia sempre diminuindo (o que indicava que eu estava cobrindo mais quilômetros diariamente).
Certo dia, após uma serra de uma hora de subida, vi uma vendinha com bananas (plátanos rs) na frente e parei.
O dia-a-dia na estrada é cheio de muitas coisas e, embora eu desejasse encontrar-me com o conterrâneo ciclista não era sempre que me lembrava disso, mas naquele momento eu pensei: "Bananas penduradas na beira da estrada depois de uma serra dessas... todos os cicloturistas do mundo iriam dar uma parada".
E não é que algum tempo depois o pessoal da vendinha veio de lá com o famoso pedaço de cartolina? (rs) Não me recordo mais se foi em Tumeremo ou Upata o último dia que vi aquele texto. Era impressionante a importância que as pessoas davam àquele pedaço de papelão que ficou como lembrança da passagem do tal homem "que levava uma casa nas costas".
Naquela noite soube que "Vardinho de las bicis" havia passado ali há apenas dois dias. Sonhei com a possibilidade de nos encontrarmos na estrada, mas o encontro não se deu.
No ano seguinte, na primeira oportunidade que tive em Salvador fui à sua procura no bairro da Capelinha mas ninguém soube me informar sobre um homem que havia saído de Salvador para Venezuela numa bicicleta de aro 28 sem marcha e acabei desistindo.
Pois é. Aí, 13 anos depois, estou saindo do meu hotel para buscar conexão de internet no hotel ao lado quando vejo na porta uma bicicleta de madeira toda cheia de bagagens e bandeiras do Brasil.
Naturalmente aquilo despertou minha curiosidade e qual não foi minha emoção quando li na bike o nome "Vardinho das Bicicletas". Perguntei ao recepcionista do Hotel onde estaria o dono e, ao fim de alguns minutos, vindo do seu quarto, apareceu finalmente seu Osvaldo, contei-lhe esta estória, ele me contou outras e por algumas horas ficamos ali de bate-papo sobre estradas, cidades e viagens.
O ciclista aventureiro Vardinho tinha vindo de Salvador para Feira e hoje de manhã tomaria seu caminho de volta. Amanhã de manhã será minha vez de retornar a Salvador para buscar tia Lalá e os moleques Luan e Rafinha para passar o São João com os vovôs em Amargosa.
Até a próxima!
cruzamento das Avs. Maria Quitéria e Getúlio Vargas |
canteiro central da Av. Maria Quitéria |
Bem que vc poderia contar mais dessas suas andanças de bike pra gente , dá pra escrever um livro
ResponderExcluirEduardo
Salve meu irmao... ando meio sumido daqui nao é mesmo??? concordo com o Eduardo ai.. uma aba "Senta Que La Vem Estoria" seria bem legal mesmo... Podemos chamar tbm de Momento Forrest Gump (gostei mais desse ultimo)... esse passeio pra caracas mesmo tem muitos capitulos ehehheeh... abraços pros meninos, pra larissa e pros meninos cara... felicidades
ResponderExcluirRodrigo
Você bem que poderia escrever um livro sobre as suas viagens.
ResponderExcluirGrande abraço.
Olá amigos!
ResponderExcluirJá estou satisfeito em encher vocês com essas estorinhas aqui mesmo no blog. Mas valeu o apoio moral.
Abraços!
Meu caro Roberto! Muito legal essa história. Concordo com o "anônimo" e Samuel - dá para escrever um livro. Você escreve bem e leva jeito. Por que não? Vencer desafios é com você mesmo. No sábado, dia 23, também fiz um longão pelas avenidas de Feira e tirei algumas fotos. Aprendi com você!rs rs rs. Um abração.
ResponderExcluirZé Amâncio,
ResponderExcluirQuero ver estas fotos depois.
Abraços!
Tô achando que tá hora de começarmos a projetar sua primeira maratona.
Robert