Sentindo-me melhor que nos últimos dias, antes de amanhecer já estava acordado e me preparando para enfrentar a deliciosa batalha de 42,2km que estava por vir.
Por volta das 06 horas saímos do Hotel
(Pataro, Rodrigo e eu) e, logo que chegamos à rua, pude perceber que apesar de
frio o domingo prometia ser mais quente que o dia anterior.
Em poucos minutos, ainda com tudo escuro,
estávamos no local da Largada/Chegada e, aos poucos, fomos reencontrando amigos
feitos nesta e em outras maratonas.
Havia marcado com André Savazzoni (que igualmente tentava sub -3 e conseguiu RP na prova) uma parceria de ritmo a fim de nos incentivarmos mutuamente
durante a maratona, entretanto, a hora da largada veio sem que nos
encontrássemos.
Ao meu lado muitos baianos da equipe Grupo 10 e o Prof. Carlinhos (nossa maior aposta para conseguir um pódio na corrida),
que estava largando, muito apropriadamente, diga-se de passagem, praticamente
colado no pelotão de elite.
Após os habituais e fortificantes cumprimentos,
desejos de boa prova e a contagem regressiva, partimos para nossa festa.
Como estava inseguro se conseguiria sustentar
um ritmo forte por toda a prova, resolvi comigo mesmo que simplesmente correria
e, voluntariosamente, como nunca antes em minha estória de maratonista, foi
isso exatamente o que fiz.
As estratégias foram abandonadas, simplesmente
corria, tendo como único parâmetro para a tocada o controle da respiração.
Não era uma corrida contra ninguém, sequer
contra o tempo, apesar de algumas olhadelas no relógio nos momentos em que
passava pelas placas de quilômetros. O que via ali não me impunha nada; nada de,
por exemplo, diminuir ritmo porque estava muito cedo para correr próximo à casa
dos 04 min/km; eu via e seguia em frente, certo que, de algum modo (inteiro ou
aos pedaços), eu chegaria vivo ao final da prova.
Na extensa Av. Ypiranga, onde alcançávamos a
marca de meia maratona, vi com satisfação que Pataro estava vindo do outro lado
(apenas alguns kms atrás) e soltei um grito que atravessou o canal incentivando
o amigo a continuar a pegada.
Numa outra avenida, quando eu estava no Km 32,
do outro lado avistei Carlinhos, que já estava no Km 35; aproximando-me do lado
esquerdo da rua mandei-lhe um “Vai pra
cima dele, Irmão” no momento em que nos cruzávamos. O Professor ia tão
concentrado e tão cheio de caretas que fiquei na dúvida se ele chegou a ouvir o
que disse. Mais tarde, na cerimônia de premiação, saberíamos que aquele foco todo o levaria ao pódio de 5º lugar na Categoria 45/49.
Após
fazer o retorno no km 35, restava uma longa reta até o final da maratona e aí o
vento resolveu fazer uma parceria com o natural cansaço de uma prova desse
porte.
Resolvi
verificar o tempo total gasto até ali e, sem precisar fazer muitas contas,
percebi que a menos que acontecesse uma catástrofe, uma nova marca seria
estabelecida.
Os
quilômetros percorridos até ali injetaram-me, enfim, a confiança de que poderia
seguir num ritmo bom até o final da prova e, nos últimos 07 km, voltei a ser o
velho Roberto de sempre, administrando quilômetro a quilômetro o pace que me
garantiria com uma certa folga o RP.
Não
foi desta vez, ainda, o sub -3, mas confesso que isso não fez a menor diferença
naquele domingo. Tranquilamente vibrei durante toda a prova, por alguns momentos
senti-me como se houvesse feito aquilo por toda minha vida.
Ao
cruzar o pórtico sabia que a causa da incrível sensação de felicidade que me
tomava não era apenas o fato daquele tempo de 03h03min31 representar uma nova
marca pessoal. Havia um inexplicável e misterioso algo a mais naqueles 42,2k
que me deixava verdadeiramente em Paz.
Até a próxima!
P.S.: Estamos aguardando a liberação das fotos compradas no site para dividi-las com vocês.
Parabéns pelo RP. A facilidade com que vc corre é impressionante. Certamente se não fosse esse resfriado o sub 3 estaria conquistado, mas acredito que será apenas um a questão de tempo.
ResponderExcluirGrande abraço.
Roberto mesmo vc indo correr esta Maratona em POA depois de ter saído de uma virose e abandonando a estratégia para esta prova para mim vc fez uma ótima Maratona, legal que conheceu o Andre'da Revista CR o cara é fera corre muito e tem muita bagagem, agora para mim vc é um herói em ter abandonado a estratégia que fizeste, mas ainda bem que tudo no final deu tudo certo...Valeu Fera...
ResponderExcluirBom feriado e bons treinos,
Jorge Cerqueira
www.jmaratona.com
Grande Roberto! Parabéns pelo RP! Você brilhou mais uma vez. Guardadas as devidas proporções, o fato de você não ter conseguido o tão sonhado sub-3 nesta maratona, lembra minha batalha para conseguir um sub-60 nos 10 km! Enquanto você ficou distante 3m31s, e estou faltando 1m30s, o que proporcionalmente lhe coloca mais próximo do objetivo, que tenho certeza que será atingido muito em breve. Eu também vou atingir o meu!!! Um grande abraço.
ResponderExcluirParabéns Beto pelo RP! Correr relaxado sem cobranças é muito bom também e há tempo para tudo. O sub-3 virá com certeza.
ResponderExcluirParabéns também para Pataro e Carlinhos!
Bjs e Bom feriado!
Fala Roberto,
ResponderExcluirAcho que quando corremos sem nos preocupar muito com o relógio conseguimos correr melhor, lembrando do que nos faz feliz e assim conseguindo um desempenho bem melhor do que esperávamos... é a melhor das sensações e ainda mais com um RP!!
Ai sim fechou com chave de ouro a participação!!
Parabéns!!!
Deixo também registrado o Prabéns para o Pataro pelo excelente resultado.
ResponderExcluirOi Roberto prim.lugar parabéns pelo RP.sub.3 é na próxima maratona grande abraço Joel regional bike.
ResponderExcluirSamuel,
ResponderExcluirObrigado pelos comentários. Já repassei a Pataro seus parabéns.
Joel,
Acho que na próxima vai..rs é seu sub 3:30 também já está maduro.
Ivone e Lucas.
"Quem correr por amor nunca cansa"... estivemos todos muitos felizes por lá. Obrigado pelos comentários.
Amâncio...
Correr é maravilhoso. Metas são apenas desculpas para nos aplicarmos ainda mais. Abraços!
Jorge!
Agora já estou contando os dias para a Maratona da sua maravilhosa cidade..
Abraços!