TRE PERTO DE VOCÊ, TREINOS E BRIGAS PELO ÍNDICE

Trabalhando com a "magrela" ao fundo

Escalado para trabalhar das 08 às 17h no “TRE Perto de Você” (projeto que leva a bairros mais carentes e/ou distantes uma equipe para resolver problemas ligados a título eleitoral) o final de semana passou voando.

No sábado, aproveitando que precisava de um “descanso” do longão realizado no dia anterior (Stella Maris/Lobato) substituí o trote na grama pela bike no deslocamento ida e volta até a Escola Márcia Mércia, localizada no bairro de Mata Escura, na qual “armamos o circo” para atender os eleitores.

Valdir, Alan, Pataro, Ivone, Deja e Joel no "Pinicão" prestes a dar a largada

Ontem, mais uma vez, conseguimos reunir uma turma boa para um passeio em fartlek de cerca de 13km em estradas de barro próximo à barragem do Rio Joanes. 

O nosso cross country, feito em acelerações de 2 minutos forte por 1 fraco, teve ainda direito a uma surpresinha quase no final da jornada: um tiro de 1.000 metros.

Quem corre sabe, corredor adora dar uma chorada (rs). A gente já sabe até o que vai ouvir: “Fazer tiro depois de um treino desses?”. “Tô cansado do treino de ontem ainda” (rs).

Para cada lamentação já tenho preparados alguns argumentos: “É bom que já estamos bem aquecidos”; “Aproveita o treino que já está acabando, depois você terá o resto do dia para descansar”; “Imagine-se no último km de uma maratona olhando para o relógio e precisando do tempo de um tiro para conseguir seu RP”...

Sou suspeito para dizer porque realmente gosto muito de acabar toda corrida fazendo um pouco mais de força (reservando, claro, alguns minutos para um posterior desaquecimento), mas ontem a galera toda, apesar das lamentações, terminou o treino num astral ainda maior que o de costume. 

fim de treino

Parece-me que todos (Valdir foi o único que optou por não dar o tiro)  se beneficiaram do grande efeito psicológico e dá maravilhosa sensação de força que alguém pode sentir quando consegue extrair de si mesmo aquele "algo a mais" no final de um treino/corrida difícil.

As marcas nos 1.000 metros finais  foram as seguintes:

Alan	3:15
Roberto	3:32
Pataro	3:48
Joel	4:02
Deja	4:10
Ivone	4:53

Após os cumprimentos gerais pelo bom trabalho em grupo, precisei "voar" para o trabalho.

* * *

A briga pela vaga na Maratona Olímpica teve outros capítulos importantes neste Domingo.

Em Londres:

Marilson dos Santos, apesar de não ter coseguido superar o Recorde Sulamericano – pertencente a Ronaldo da Costa (2h06min05) - conseguiu o excelente tempo de 2h08min03 que, além de confirmá-lo como principal maratonista brasileiro, servirá para acabar com os rumores de que ele havia sido privilegiado pelas mudanças na regra efetuadas pela CBAt com “o jogo em andamento”.

Solonei da Rocha, Ouro na Maratona do Panamericano de Guadalajara, também conseguiu correr abaixo do índice, com 2h14min57, mas não o suficiente para tomar de Franck Caldeira (2h12min03) a terceira vaga.

Em Pádua:

Mostrando que está realmente em boa fase, pela terceira vez consecutiva Paulo Roberto de Almeida Paula conseguiu melhorar seu tempo pessoal, assumindo de vez o papel de segundo melhor corredor na equipe brasileira de Maratona.

No feminino, após uma briga de foice com a queniana Fridah Domongole, Marily dos Santos venceu a maratona, mas infelizmente para todos nós que somos fãs desta incansável guerreira, mesmo estabelecendo um novo recorde pessoal (2h31min55), ela ficou a 1 minuto e 48 segundos do índice.

Parece que pelo menos no feminino a ideia de puxar mais para baixo o índice surtiu um efeito positivo na performance das atletas. Tanto o resultado de Marily quanto o da classificada Adriana Aparecida (2h29min17) são marcas que há muito não se via por aqui.

O prazo de obtenção do índice encerra-se no próximo domingo. Será que ainda teremos surpresas?

Parabéns a todos, sobretudo a Marily, que conquistou sua primeira vitória internacional!

Boa semana!

P.S.: Acho que se não pintar nenhuma mudança até o dia 29 darei início à campanha: "Leva, Marily!".

Site Globo.com