Passeio no Bondinho (teleférico) do Pão de Açúcar, com desconto para os Maratonistas |
Apesar das mazelas causadas pela corrupção, não há como negar, a cidade maravilhosa continua linda.
O tempo corre, e já lá se iam 6 anos que não participava da Maratona do Rio de Janeiro, principalmente em ritmo competitivo, pois as duas últimas vezes em que lá estive foi para encarar o Desafio double84.
Logo no desembarque no Santos Dumont, ainda na quinta-feira à noite, era possível notar nas pessoas ao redor que a cidade já estava respirando a corrida.
Um dos motivos, sem dúvida, foi a bela sacada do Desafio Cidade Maravilhosa, nos moldes do famoso Desafio do Pateta da Maratona da Disney (21km no sábado e 42km no domingo) e a inclusão na programação do final de semana da distância de 10 km.
SEXTA-FEIRA
Na sexta-feira é que realmente pude comprovar como estava repleto de corredores o hotel, e os bons encontros, marca muito forte desta maratona, começaram a acontecer.
Com o Super Humano Carlos Dias |
Com Henrique e Rebeca |
Com o amigo e ídolo Márcio Villar |
Casal Lyra no treino de soltura do sábado |
À noite, enquanto aguardávamos a chegada de Pataro, encontramos com o casal alagoano Sandra e Marcondes, agora para o time ficar completo só restaria a chegada de Manoel e Foguetinho no dia seguinte.
SÁBADO (A velha e boa soltura...)
Museu do Amanhã |
Sentimos a falta de Henrique, mas àquela hora ele já devia estar dando início ao Desafio Cidade Maravilhosa.
Quem, por assim dizer, ocupou o lugar do "cinquentão" no treino-soltura, foi Rebeca que pronta para sua segunda maratona, resolveu experimentar essa brincadeira de correr um dia antes da prova, e ao que parece gostou, pois saiu dizendo que tinha ficado com vontade de correr mais.
Após o café, resolvemos aproveitar o convênio com a Maratona e curtir a viagem ao Pão de Açucar. Feito o belo passeio só nos restava dar início a concentração e descanso.
No fim da tarde finalmente chegava Manoel para pegar conosco seu Kit e o de Foguetinho, antes de ir buscá- no Galeão. Agora sim, poderia começar a competição.
DOMINGO
Acordei me sentindo muito bem disposto e lpronto a tirar a prova dos 9 rs, afinal de contas nunca conseguira correr bem no Rio, mas a tranquilidade com que fizera, quinze dias antes, 1h 25' na meia maratona de Feira, credenciava-me mais uma vez a tentativa de RP.
Até chegar aí, muita estória pra rolar... |
Desembarcamos a 1km do pórtico de partida, com relativa antecedência (a tempo de ver a largada da elite feminina), e chegando no trote, parti direto para buscar um bom local para alinhamento.
A minha primeira surpresa foi ver que só havia duas baias, uma marcando 4'/km outra 5'/km. Custei tanto a acreditar que espichando o olhar buscava outras marcações.
Nesta olhada ao redor, pressenti que não teríamos uma boa largada. O tumulto em muito lembrava a São Silvestre. Bem lá na frente, havia até (aí não tive mais dúvidas), a manjada faixa de Cerquilho que encabeça toda as edições da SS.
Aí vieram a largada e a constatação, milhares de pessoas a minha frente (que não tem culpa nenhuma por isso) fazendo selfies, caminhando de mãos dadas, se atirando em direção à câmera da TV que estava transmitindo a Maratona, etc.
A CORRIDA
Correndo de forma encaixotada por mais de 04 quilômetros, a turma que estava compromissada com o relógio, angustiava-se, enquanto perigosamente subia e descia calçadas numa tentava desesperada de finalmente conseguir entrar no ritmo de prova.
Na passagem do km 5, apesar de já estar conseguindo pista "livre", constatei que já havia perdido mais de 2 minutos do tempo previsto. Isso para quem do alto dos seus 50 anos rs, já está tão no limite para tentativa de Recorde Pessoal era praticamente um adeus ao Plano A.
Mesmo sabendo do risco que corria, para tentar equilibrar, decidi-me por correr abaixo do tempo pretendido nos próximos 05 quilômetros.
Outra coincidência, Foguetinho com Marielly |
Rubem finalizando sua participação no Desafio Cidade Maravilhosa |
A Maratona do Rio cresceu muito. Opções variadas de baías por ritmo pela expectativa de tempo de conclusão (3h, 3h 15, 3h 30, 4h, 5h etc) precisam ser criadas.
Henrique fechando o Desafio Cidade Maravilhosa |
Resolvi seguir acelerando até a passagem da meia Maratona e uma olhada no relógio trouxe-me a dura realidade, seria uma prova neném. Nem RP, nem Sub -3.
Apesar da frustração, aquilo não era de todo uma notícia ruim, pois ainda estavam por vir, o elevado do Joá e a Niemeyer, e poder enfrentar sem brigar contra o tempo estas duas subidas diferenciadas da Maratona do Rio trazia até uma boa sensação de alívio.
É importante ressaltar que não se trata de afirmar que se tudo estivesse correto eu teria conseguido a prova mais sensacional da minha vida, mas havia realmente um sentimento de tristeza por ter a meta comprometida com uma situação que com algumas medidas relativamente simples poderia ter sido evitada.
Pataro seguindo firme no Elevado |
Finalmente nela: A Niemeyer |
Sandra, rumo ao RP |
Rebeca animada com o povo incentivando rumo ao seu RP |
Por minha vez, seguia cada vez mais lento, e apesar de haver me poupado desde o início da segunda metade da prova, sentia um cansaço enorme.
Em Copacabana, mais uma vez passava me arrastando (quebrara por ali em 2009 e na última participação, completando por ali o octagésimo quilômetro da Double84, naturalmente, não era dos mais inteiros, rs). Quem me visse com aquele sorriso no rosto certamente não adivinharia o que estava pensando: Será sina, rs.
quase lá |
A entrada na Avenida Princesa Isabel sempre traz uma sensação de que agora só falta um reta para acabar.
Marcondes |
A passagem do túnel de Botafogo que nos leva ao Aterro soava em minha cabeça como um "tripulação, pouso autorizado".
Manoel correndo para sua melhor marca pessoal |
Até a próxima!
Muito bom... aliás como sempre! Me inspirou a continuar nessa aventura louca que é correr e tentar me superar cada dia mais um pouco... quem sabe encarar a meia do Rio ano que vem? Abração.
ResponderExcluirObrigado, Val!
ResponderExcluirÓtima ideia. Outras opções boa de meia? Floripa, Buenos Aires, Porto Alegre, Meia da Corpore, Lugares frios e planos.
Abração
Parabéns Roberto, você é show
ResponderExcluirObrigado, Ana!
ExcluirÉ sempre muito bom! Mais uma vez parabéns pelo blog, sempre com relatos que nos leva a emoção. E vamos para próxima...
ResponderExcluirVc é irmão.
ResponderExcluirSempre bom quando podemos estar juntos.
Abraço!