terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

BEACH CROSS - UMA PROVA PARA GUARDAR NO CORAÇÃO

Cinco anos consecutivos (de 2012 a 2016) de alegria  na Beach Cross
Todo corredor tem pelo menos uma prova que gostaria de chamar de "sua". 


Eu mesmo já declarei publicamente paixão a algumas provas: Corrida Sagrada (Bonfim), Desafrio Urubici, Maratona de Porto Alegre, Corrida Cidade de Aracaju, etc., mas acredito que após correr 05 anos consecutivos (com direito a uma vitória em 2013) levando para casa em todas as edições os belos troféus oferecidos pela FBA, a BEACH CROSS é verdadeiramente a prova de que "adquiri" (rs) o direito de chamar de minha. 


Definitivamente a prova mais fofa do calendário baiano de atletismo (acontece entre as praias de Jardim de Alah e Boca do rio) é uma daquelas que sempre terei no coração. Adoro correr fora do asfalto e a Beach é uma oportunidade única de fazer isso em minha própria cidade, exatamente numa época em que a maioria dos corredores se encontram no tão importante período de base. 

O engraçado é que quando conheci esta prova em 2011 (durante minha preparação para correr de Salvador até Aracaju) a primeira impressão não foi nada legal (rs). Naquele momento encaixei-a em meio a um longão de 35km (havia feito 15km antes e após a prova teria mais 15k) e, apesar da participação tranquila, já que o objetivo não era a prova em si, espantei-me com a grande dificuldade para cumprir aqueles 5,5km.
"Vejo que areia linda/ Brilhando cada grão/ Graças do sol ainda/ Vibram pelo chão"

A SEMANA DA PROVA
Até o último final de semana, os bons treinos me davam a segurança de que, independentemente de conseguir defender ou não o vice-campeonato do ano anterior, faria uma prova consistente e, possivelmente, mais rápida que em 2015.

Entretanto, desde a quarta-feira fui derrubado pela "Vingadora" (a famosa virose que aparece logo após a festa do carnaval e ganha o nome da música vencedora naquele ano) e foi assim que a certeza de uma boa prova foi me abandonando nos últimos dias.

O DIA D
A Largada e a Chegada da Prova no belíssimo Cartão Postal: Coqueiral do Jardim de Alah
Logo no aquecimento vi que não me encontrava 100%. Os primeiros passos na areia foram suficientes para ter a camisa e a testa empapados de suor. De todo jeito, ainda acreditava que poderia fazer uma prova razoável e depois me mandar para casa para continuar cuidando da saúde.


Veio enfim a hora mais esperada e, ao soar da buzina, sem pensar direito e feliz por poder estar ali mais uma vez, larguei mais forte do que nunca. Talvez, inconscientemente, a causa dessa explosão fosse a vontade de tentar deixar na linha de largada a moleza dos últimos dias: errei!

"O amigo Benedito (4º lugar na prova)  ultrapassando-me enquanto eu lhe dizia: "ainda bem que vc já mudou  para a Cat. dos 50, senão já era meu troféu, rs.".  Foto by, Alberto Rezack
Perdi o controle da corrida com a qual já tenho bastante intimidade. Corri mal. Não foi uma questão de tempo, este consegui baixar em relação ao ano anterior. Não foi só uma questão de resultado (aliás, o prejuízo poderia ter sido bem pior rs), nem a largada mais forte, o plano para este ano era esse mesmo, pois desta forma vinham sendo os treinos, o grande vacilo foi não entender que era hora de plano B.



Fazer o retorno da prova sofrendo não foi uma boa experiência e tenho quase certeza que poderia ter feito uma corrida mais consistente (ainda que isso não implicasse conquista de posição) caso houvesse considerado melhor o peso da "Vingadora", mas serve de aprendizado e, como já disse, no final das contas acabei saindo no lucro e o que resta é comemorar o 5º lugar geral e a felicidade de novamente ser campeão da Categoria 45/49.








Com Flávio












Chegada do  Campeão - Deilton

Chegada do Vice-Campeão - Ailton

Chegada do Terceiro Lugar - José Colonia

Chegada do 4º lugar - Benedito
me
Com Djane, campeã da prova feminina
Com a "tia" Lalá


Rafa e Luan no Velho Chico

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