LONGÃO DO DIA DO CORAÇÃO

Eu, Preto, Gil, Morcegão, Alan, Ivone e Valdir prontos para largada

Buscando fortalecer-me mentalmente para enfrentar as 24h de Campinas, o mês de setembro foi recheado de treinos em circuitos e neste sábado fizemos um longão de 33km divididos em duas voltas.

Os grandes diferenciais do percurso que se inicia no "Centro de Treinamento Pinicão” e segue pela Barragem até perto da Ceasa (algumas vezes já mostrado neste blog) são a possibilidade de correr a maior parte do tempo em piso de barro e a grande quantidade de ladeiras.

Inscritos também para a prova de Campinas, Gil e Jeferson Pataro estavam, claro, convocados para a brincadeira, entretanto, a participação competitiva deste último na prova do Circuito Adidas (40'25) deste domingo, inviabilizou sua presença no treino de ontem.

Nada que o Pataro não possa compensar depois com dezenas de voltas em seu habitat natural de treino: o Dique do Toróro, até porque nosso treino de tiros na última quinta-feira, sob o sol fortíssimo das 15:00 horas rendeu bastante (vide quadro abaixo).

Sessões de tiro
	Roberto	Pataro
1	1:42	1:44
2	1:44	1:46
3	1:44	1:47
4	1:40	1:41
5	1:44	1:47
6	1:45	1:47
7	1:43	1:47
8	1:43	1:48

Ainda decidindo-se se irá dobrar conosco (Salvador Pró-Maratona) a Meia Farol a Farol, quem aceitou o convite para o longão foi Ivone.

A promessa era de ser um longão tranquilo, afinal de contas estamos treinando para correr por 24h. Dirigimo-nos ao local da largada (Gil, eu e Ivone) imaginando encontrar Valdir e Alan; quando vimos que estes haviam convidado Preto e Morcegão (respectivamente 1º e 3º lugares na Categoria Cajazeiras na corrida do domingo passado) ficou claro que a coisa não seria bem assim.

Preto, Gil e Morcegão (pódio local na I Corrida de Cajazeiras X)

Temendo pela amiga Ivone, recusei todas as sugestões de mudança no trajeto, que vinham sob alegação de que ficaríamos juntos o tempo todo. Primeiro porque sabia que eles não fariam o mesmo número de quilômetros e, segundo, não sei como (rs), "adivinhava" que aquele time não iria se manter no modesto pace de 6'/km por nós pretendido.

Largamos e, enquanto os meninos aqueciam os motores (Alan, Morcegão e Preto), como esforçado fotógrafo-corredor segui ao lado deles para ter algum registro. Em poucos minutos eles sumiriam e por causa das muitas voltas do percurso não mais seriam avistados no treino de ontem.

Segurando o ritmo, na altura do km 3 fui alcançado pelo grupo que vinha atrás. Neste momento o impetuoso Valdir, que segurara o ritmo para dar forças a Ivone, seguiu adiante para numa das muitas voltas do caminho encontrar-se com a Elite.

Por falar nisso, numa destas voltas acabei tomando o caminho errado e fomos sair bem próximo a Ceasa na Estrada do Cia. O jeito foi descer pelo asfalto até acessar novamente a estrada de barro num ponto mais familiar.

Na estrada do CIA

Retornamos do barro pela Boca da Mata e seguimos em direção a Cajazeiras 10 (onde reencontramos Valdir) para pegar o Pistão entrando pela Pronaica e, com 17km, fechamos a primeira volta.

Abastecidos com Gatorade, Maltodextrina, mel  e água que haviam sido deixados no local da largada e despedindo-nos de Gil que teria que ir trabalhar, partimos (Ivone, eu e Valdir) para a segunda volta.

A segunda parte, que seria ligeiramente menor, foi marcada pela briga de Ivone contra a vontade de parar. O sobe e desce constante estava mexendo com seu psicológico, mas, aos trancos e barrancos, ela seguia em frente.

Numa vendinha do caminho, enquanto Ivone comprava uma providencial coca-cola, encontramos, também treinando por aquelas bandas, Ailton de Souza, que apesar de estar passando num ritmo velocíssimo, parou para cumprimentar-nos, tomou também uma coca e seguiu ao nosso lado até o momento em que nossos caminhos se separavam.

A coca e/ou a chegada de uma nova pessoa no grupo fez melhorar o astral (e o ritmo) de Ivone. Agora nossa chegada não teria a volta pela Pronaica e, fazendo o caminho inverso pelo pistão, chegamos novamente ao Pinicão.

A segunda volta ficara apenas em 13km, mas a já esperada surpresa deixada para o final foi que não fecharíamos o treino ali. Pedira a Gil que levasse as nossas coisas e, despedindo-nos de Valdir, sob muitos protestos (rs), seguimos, com direito a subir andando o ladeirão da Pedra, por mais 03km até a Faculdade de Cajazeiras, onde, avisado por telefone, Gil já nos aguardava com uma "maca".

Havia sido duro, mas poucos minutos depois já estava de volta a sorridente Ivone que a gente conhece.

"A dor é passageira. Desistir é para sempre". Parabéns pela garra!

De alma lavada, agora a ordem era aproveitar as últimas horas com os pequenos Rafa e Luan antes de seguir para Chorrochó, onde ajudarei a fazer a Eleição.

29 de setembro é o dia Mundial do Coração e o longão de ontem, com todas as suas ladeiras, não deixou de ser um excelente teste cardíaco em que todos provaram ser de muito bom coração.

Até a próxima!