sábado, 29 de setembro de 2018

MARATONA CIDADE DE SALVADOR - 2018

Quase lá! Com o acompanhamento do bike-man Manoel -Esse céu azul, diz muito do que foi o domingo de maratona
E chegou enfim o domingo da Maratona de Salvador...

Diga-se de passagem, cumprir os 42,2 km não foi a única correria daquele dia. Cumprida a missão, foi preciso correr com "los chicos" para casa da mãe, correr para finalizar a mala, correr para a rodoviária, e finalmente curtir 15 "deliciosas" horas de ônibus até a cidade de Formosa do Rio Preto, onde me encontro trabalhando para ajudar na realização do pleito vindouro. 


trotando na beira do Rio Preto de Formosa
"As eleições estão chegando, hum, hum, hum, hum..." e por isso, só agora conseguimos arranjar um tempo para, com a brevidade exigida pela ocasião (será? rs), cpntar um pouco de nossa participação na Maratona Cidade de Salvador 2018.
                                                    * * *
Acomodado a apenas 2 km do local da largada (distância perfeita para um trote de aquecimento), antes mesmo de alcançar o Farol da Barra, um filete de suor que escorria de minha testa porejada, trazia a confirmação de que a "Roma Negra" definitivamente não havia amanhecido nenhuma Berlim.






















Contudo era preciso tentar, e as 5h 36 foi dada a largada conjunta dos 21 e 42 km.
Ponto positivo para o trajeto inicial que lembrava bastante o famoso circuito da Corrida Riachuelo. O mesmo não se pode dizer porém da surpresa ao encontrar água quente/natural já no primeiro posto de hidratação, fato que se repetiria em muitos outros postos até o final da prova.

Alcancei os 10 k , momentos antes de soar no garmim, o alarme programado para tocar a cada 42'15, o que indicava que estava aproveitando bem, as primeiras horas da manhã e o trecho novo da Maratona de Salvador.


Na avenida Garibaldi, Foto by Luiz Eugênio
Por volta dos 12 k, chegamos enfim a temida orla, o mini-pelotão em que estava encaixado, esfacelar-se-ia de vez, pois aquele também era o trecho em que maratonistas e meio-maratonistas seguiriam por caminhos diferentes.

Para a turma dos 42 Km, era preciso encarar o vento de frente por mais de 10 km, antes de dar meia volta, e sabíamos desde sempre que aquele seria um dos momentos mais difíceis para manutenção do ritmo.

Por falar em ida e volta prolongada, aproveito para sugerir uma pequena modificação no trajeto: A inclusão de uma volta no Dique do Tororó. 

Em vez de sair diretamente da Avenida Centenário para a Avenida Gariibaldi, poderíamos seguir pelo Túnel Teodoro Sampaio, contornar o Dique (provavelmente pela contramão) e acessar o início da Garibaldi ao final desta volta.


Foto de Arquivo: Salvador Pró Maratona no Dique por ocasião do Treinão do Brasil
Este acréscimo, traria para o circuito um belo cartão postal de nossa cidade, faria recuar em cerca de 1,5 a 2 Km o ponto de retorno dos 42 (algo sempre muito reclamado por corredores), e de quebra, ainda poderia liberar a avenida Orlando Gomes para trânsito e acesso dos motoristas àquela parte da orla.

Voltando ao trajeto atual...



Verdade seja dita, o vento ia fazendo direitinho seu trabalho, manter o ritmo próximo ao ideal, exigia muito esforço, que o soar do Garmim revelava, na maioria das vezes,  ser em vão.

Lembram do abecedário de Planos? Antes mesmo de chegar a marca de 20 km, sem cerimônias descartei o A, logo mais seria o B, e salvo engano, já estava entre o C e o D, quando tive o prazer de ouvir a voz do amigo Manoel, que a bordo de sua bike, saudava-me risonho, e dali até o final da prova, iria me fazer companhia, com brincadeiras e palavras de incentivo, tornando ainda mais prazerosa a viagem em solo salvadorense.


Manoel e sua bike
Por falar nisso, a despeito do calor, do mês escolhido para a prova, do vento contra, da quase impossibilidade de se estabelecer uma marca pessoal de maratona, correr esta prova em casa, principalmente com todo o histórico de nosso envolvimento na luta para provar que a merecíamos, é de um prazer singularmente indizível.

Cruzar com os amigos, saudar, incentivar, tocar na mão e ter o nome gritado o tempo todo. É mesmo especial, diferente, e eu diria até mais, nem em Berlim...rs


Por volta do km 30 encontro incentivador com o  amigo João Paulo  - Maximum

Na hora de fazer meia volta, quase em Itapoan (acredito que a inclusão do Dique, traria isso para o SESC) o Garmim já batia na casa dos 22 km e meus Planos já iam lá pelo meio do alfabeto.

Pouco depois desta marca constataria com grande entusiasmo que Pataro também já estava preste a fazer seu retorno. Mandei-lhe aquele grito de incentivo e segui em frente.


Pataro já pelos 37 km com a presença do ciclista maratonista Valdir por perto
Havíamos contado (Manoel e eu) número de atletas que estavam à nossa frente, e como suspeitávamos, estávamos relativamente bem classificados. A despeito do tempo haver despencado, sentia-me feliz e bem.

Passei a sonhar com a possibilidade do pódio por categoria e isso, verdadeiramente, já estaria de ótimo tamanho, bem distante do Z.



Lá pelo km 32, o Garmim resolveu me deixar (será que foi por causa do calor rs?) mas a bem da verdade, isso já não fazia muita diferença.

Sem forçar muito, fomos colecionando ultrapassagens, posso dizer que todos que alcancei com os olhos, fui buscar mais tarde. E não foram poucos. Pelos "meus carco" superamos uma dezena de maratonistas.



E apesar da competitividade, sempre dava tempo de jogar uma conversa fora, desejar boa prova e que nos mantivéssemos firmes que logo a meta seria alcançada.

La por Ondina, ao alcançar um atleta que depois fiquei sabendo ser de Ilhéus, como se diz aqui na Bahia, "pedi ppu", Segue o diálogo, rs:



- Meu amigo, tenho certeza que você não tem 50 anos, portanto agora que eu te alcancei, não vamos disputar nada, tá bom, rs?  

Após sorrir e admitir que havia subestimado o sol de Salvador, e logo emendar que tava na faixa dos 35 (que alívio, rs!), o rapaz exclamou:

- Agora só quero chegar!.

Aos poucos fui deixando-o e ainda tive a oportunidade de passar mais uns 02 maratonistas que estavam andando, 


Fechando o último quilômetro acompanhado de Deja e Preto
No finalzinho, mais uma surpresa/presente só possível para quem está correndo "em casa", Deja e Preto surgiram risonhos a minha frente e, agradecido a Deus  por tantos amigos que a vida me traz (corpo e mente repletos de endocanabinóides, diriam os transeuntes), aceleramos o passo enquanto, sob gritos e mais gritos de incentivo, cantarolávamos uma famoso samba-ragae baiano, cruzando  o pórtico com 3h e 14 minutos.

Chegara ao fim da viagem, bem e com uma chance de pódio, porém como disse lá em cima, a correria ainda não acabara. 



Com a bike do super apoio Manoel, fui tomar café com o filhote, e após um rápido mergulho na piscina, deixá-lo lá se divertindo enquanto voltava para entregar a bike e aventurar a premiação.

Muitos amigos pude ainda incentivar neste sobe e desce, inclusive Pataro que sentiiu um pouco mais a volta, mas passou curtindo a prova como sempre.




O resultado saiu, acabei vice-campeão da minha categoria, mas a premiação estava destinada apenas ao primeiro da faixa, Edvaldo Encarnação, que, ao que parece entrou em minha categoria 50/54 este ano, e desde a corrida do Bonfim  vem me roubando pódios e, para meu azar, resolveu estrear em Maratona. 


voltando ao Farol para entregar a bike de Manoel

Tudo bem o prêmio havia ficado em boas mãos, ou seriam pés? 


PARABÉNS a todos que fizeram essa festa acontecer. Sabemos que há coisas a reparar, mas em minha opinião, os acertos nesta prova, foram infinitamente maiores que os erros.
Rebeca Peleteiro em sua terceira maratona, a primeira em casa.
PARABÉNS especial às meninas que estiveram presente em número excelente na prova, quase uma centena, se se pensar que em 2013, esse foi praticamente o número de concluintes, entenderemos que estamos crescendo, e que nossa Capital tem potencial para isso, principalmente se soubermos explorar na corrida sua grande vocação turística.


Nosso pernambaiano Almir desfilando sob as bençãos do Cristo da Barra
Um abraço a todos, e que possamos participar o mais conscientemente possível da festa da Democracia no próximo dia 07 de outubro.


Despedindo dos molequitos antes de enfrentar nova maratona , desta vez de bus

Axé!


Foguetinho, pertinho de fechar sua terceira maratona do ano



Chariot



                              Elevador e Plano Inclinado com Luan








                Quiropraxia pré-competição  com Dr. Douglas Horas na Clínica  Larmonie






10 comentários:

  1. Belo texto campeão! Você também é campeão no uso das palavras! Parabéns duplo! Por estar viajando, perdi esta festona! Uma pena, pois queria pelo menos fazer os 10 km e depois ficar a postos para aplaudir o grande número de amigos e amigas que prestigiaram o evento que o seu movimento Salvador Pro-Maratona, ajudou a se concretizar! Show!

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    1. Amâncio,
      Sua presença e simpatia sempre fazem falta, mas o motivo do não comparecimento foi por um bom motivo, e estas coisas boas que vc carrega consigo, e servem de exemplo para todos nós, certamente foram espalhadas em suas passadas pekas ruas e parques de BSB.
      Obrigado pelas palavras!

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  2. Fez bonito!
    Fez um excelente tempo para uma Maratona num clima de verão de nossa cidade. Correu com alegria, festejando um evento que tanto desejávamos. Que venha 2019! E vamos torcer que coloquem o dique e a fonte nova, ou a contorno e mercado modelo no percurso.
    Um forte abraço!
    Pataro

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    1. Pataro,
      A corrida era mesmo para administrar, vc também esteve muito bem, estávamos prontos para um tempo melhor mas como diria o Mestre Marcelo Augusti, Prova perfeita depende de muitos fatores que escapam ao controle: clima, percurso e organização. Quando esses fatores não estão ao nosso favor, pouco ou nada se pode fazer. Tentar superar é gastar mais energia do que o devido, e isso, certamente, não trará as melhores marcas. Em tais circunstâncias, temos apenas que fazer o melhor do dia e preservar o corpo do estresse desnecessário.
      Agora é descansar e fazer a transição, buscar os treinos de terra batida, focados na BR 135.
      Valeu, Mega@

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  3. O seu relato está show. A sugestão de alteração no percurso é excelente.Foi uma pena a hidratação não ter funcionado. A época precisava realmente ser em outro período. O calor já era esperado.
    Quando passei por você estava muito bem, apesar de não ter me visto. Parabéns pela conquista, uma pena não terem premiado os 3 primeiros por categoria.
    Espero que em 2019 a prova finalmente se consolide.

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    1. Oi Rebeca,
      Parabens por sua prova. Eu vi vc sim, até falei, rs. Não estava lembrando, mas quando vc me contou , veio à cabeça. Deve ter sido o sol, rs. Em relação ao período , realmente é commplicado jogar Salvador para o primeiro semestre, pois iria concorrer com todas as outras maratonas já consolidadas que se concentram nesta época. Sinceramente, acho que o lance é só mesmo fixar um mês, parece-me que agosto seria um meio termo, mas sempre seria preciso um dia de sorte. Veja que a meia farol a farol, este ano foi comm excelente tempo e nos anos anteriores, ja foi quente, já foi chuvosa, etc.. Independente do mês, acredito no potencial turistico de nossa cidade, em nossa capacidade de acolher, de atrair, acredito mesmo que a gente poderia, como disse Pataro, incluir até uma passagem no Elevador Lacerda, Mercado Modelo, subir ou descer a contorno com a vista da Baia de todos os santos. ... Esquecer de uma vez a ideia de correr aqui cmmo se corre numa cidade com temperatura média de 10 graus, e atrairia-se o corredor "maraturista" acenando-lhes um belo passeio pela primeira capita brasileira, explorando também, como já disse lá na criação do Salvador Pró-Maratona, todo a veia musical desta cidade, espalhando pelo circuito, trios, mini-trios, rodas de capoeiras, tambores etc,,,
      Mão espero que ela se firme em 1 ano, isso é algo que vai se construindo lentamente, mas tivemos um avanço,,, e outras provas que hoje tem 40.000 corredores disputando, ja aconteceram um dia com algumas centenas de corredores. Sigo acreditando. Sigo acreditando

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  4. Parabéns Roberto!! Maratona em Salvador sempre sera difícil!! Mas com certeza, TB tem bastante potencial de melhorias tanto nos aspectos técnicos como promocionais/comerciais....a sua sugestão é excelente!! Parabéns a TDS os amigos que concluíram este grande desafio.
    Luis Eugênio.

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    1. Verdade Eugênio,
      Os organizadores ja entenderam que um evento bem organizado tem o poder de impactar positivamente na cidade. São os corredores e seus acompanhantes, os familiares, namorados/as, filhos, etc. gerando renda para a cidade com seus gastos em Hotéis, bares, restaurantes, visitas a ponto turísticos, passeios, lanchonetes, etc,,,
      O preocupante neste momento é que a Maratona está sendo organizada pela Prefeitura, e isso é algo que até na próxima eleicao, com una mudança de gestores, ou de prioridade dos que aí estão, simplesmente podemos ver algo que está já dando seus primeiros passos, cair por terra.

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  5. Belo texto fez um excelente tempo correu bonito,Maratona de Salvador é difícil mas vc tem muita técnica e talento parabéns pra todos os amigos que fez a Maratotona de Salvador um forte abraço pra todos.Vanuza Lins.

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