terça-feira, 26 de março de 2019

36ª CORRIDA CIDADE DE ARACAJU



Em 17 de março de 1855 o antigo povoado de Santo Antônio de Aracaju, num único lance, foi elevado à categoria de cidade e capital da antiga Província Sergipe Del Rey, roubando este posto da pequena São Cristóvão (4ª cidade mais antiga do país).

Algum tempo depois (1984) foi criada a Corrida Cidade de Aracaju,  uma competição que liga as duas cidades, através da rodovia João Bebe Água, e que passou a fazer parte das celebrações do aniversário da Capital. Graças a Deus!


Ao longo do percurso é tradição filas e mais filas de meninos que estendem a mão para ser tocada pelos corredores
Fora da "São Silvestre nordestina" desde 2015, foi com enorme felicidade que deixei Salvador, na sempre excelente companhia do Atleta Antonio Leite (carinhosamente apelidado de "Novinho"), para a nona participação nessa verdadeira festa do esporte.



Na capital sergipana, antes mesmo de chegar no local onde estava sendo entregue o kit, os bons encontros iam se sucedendo, trazendo aquela deliciosa sensação de prazer por se sentir parte de uma tribo tão especial.

O DIA D

Na viagem de ônibus para São Cristóvão (coisa que nunca antes na história de minhas participações havia feito), a paisagem comunicava uma forte emoção ao meu espírito. Era uma saudade diferente, uma súbita consciência de que realmente havia passado tempo demais longe daquilo tudo. 


reencontros - Eduardo - vice-campeão da prova das Dunas 
Não era a competição, jamais estivera nessa prova com essa pegada, e desta vez, muito menos, afinal, correra uma maratona há menos de quinze dias, mas de repente, senti uma enorme vontade de que tudo aquilo começasse imediatamente.

Na bela São Cristóvão novos reencontros...


Samuel, Fernandes, "Novinho" e Júlio Moitinho
Às 16:20 veio enfim a largada...


Em ritmo tranquilo,  iniciamos nosso “desfile” pelos paralelepípedos da histórica São Cristóvão antes de rumar definitivamente para a nova Capital. Seguindo atrás de uma corredora vestida de preto e branco, logo ouvi a primeira tirada:

"Olha essa bandeira do Vasco, moça"...

Sorri comigo mesmo, estava mesmo em terras sergipanas, e a festa havia começado.


O famoso sobe e desce da João Bebe Agua - foto retirada do blog http://corredordaterceiraidade.blogspot.com


No meio do caminho, mais encontros. Sem pensar em nada, "os meus pés corriam ligeiros... e os meus olhos erravam, distraídos e felizes, pela paisagem toda...".

As famosas ladeiras, a beleza daquela estrada, a energia daquele povo. Nem bem a gente vai no meio da viagem e o coração já tá apertado de saudade. Inevitavelmente surge o pensamento: “ano que vem quero estar aqui de novo”.



Puxado nos últimos quilômetros pelo amigo João Paulo (e tome-lhe bons encontros), num vôo muito diferente do início da viagem, aterrissamos no pórtico de chegada com o relógio marcando 1h 46' 40 segundos


Com João Paulo na chegada
Absolutamente feliz com o resultado obtido com bastante tranquilidade no luxuoso treino,  dali em diante o passatempo seria acompanhar e incentivar a chegada dos muitos amigos na prova, e assim o fiz até que despontasse no horizonte, "Seu" Antônio, completando de vez a festa com uma belíssima terceira colocação na categoria 70 anos em diante.




Até a próxima!


Sempre uma honra estar um pouco com Sr. Fiel - 85 km - e correndo em alta performance os 24 km 
Altimetria da prova
 





Chegada sempre contagiante de Luciana
Alfredo voando baixo na estadual
Vanuza e Bené Assombrados

Chegada de Henrique "cinquentão"
Com Alfredo Madeiro

Com Dani 




De volta a SSA - Rafinha

Luanzinho

terça-feira, 12 de março de 2019

IX MARATONA DAS PRAIAS - A 100ª DE LULA DE HOLANDA


Com Manoel, "Seu" Antônio, Lula Holanda e Pataro 

No último domingo retornamos a Recife, para uma vez mais percorrer a mítica distância, dos 42,195 km.

Correr a Maratona das Praias, prova organizada pela ACORJA, e que se desenrola pelo belo litoral sul pernambucano, já virou uma tradição. Um dos motivos é a proximidade da data com nosso aniversário que, diga-se de passagem, é exatamente hoje - happy birthday to me - e poder juntar amigos nessa viagem é um verdadeiro presente.

Parada em Maragogi 
O outro grande motivo é poder rever toda a família acorjeana, da qual também me sinto parte, e a nona edição desta prova seria marcada como aquela em que Lula de Holanda completaria sua centésima corrida (aí computadas apenas as Maratonas e Ultra Maratonas). Desta vez, não havia mesmo como dizer não à Maratona das Praias.

O SÁBADO 


Além de providencial (afinal havíamos viajado 800 km de carro no dia anterior e destravar as pernas era preciso), a escolha do Parque da Jaqueira como palco do nosso tradicional trote pré-prova não podia ter sido mais feliz, pois lá tivemos a sorte de nos encontrar com o elétrico, simpático e sempre jovial Presidente da Acorja.


Com a preparação para as maratonas do mês de junho, iniciada há apenas duas semanas, a corrida propriamente dita (tanto para mim, quanto para Pataro), seria um senhor treino de luxo.

O DOMINGO 


Pouco depois das 3h e meia, chegamos a uma área de largada que estava repleta de amigos. 

A falta de compromisso com relógio diminuiu drasticamente a velha sensação de "leão na jaula". A orientação era buscar fazer o melhor possível no caminho entre o Parque das Jaqueiras e a Enseada dos Corais, sem interferência da cabeça, nem do relógio.


Pontualmente as 4h foi dada a largada, e num ritmo que se não estava completamente confortável, também não era o dos ponteiros, iniciamos a viagem pelas ruas do Recife Antigo.

Aos poucos ia me encontrando com os mesmo atletas de outras edições, praticamente nos mesmos pontos. 

Lá pelo km 08 ao jogar uma água na cabeça,  atingi os óculos que ali estavam, e na tentativa evitar sua queda, acabei escorregando, escalando e indo ao chão rs, (da próxima vez vou optar pela queda dos óculos) e com isso perdi contato com o pelotão que estava encaixado.

Logo o dia estaria acordando, e este amanhecer de Recife sempre faz tudo valer à pena.

A chegada em Pina concidia com o km 12, ali o ritmo já estava completamente encaixado e, feliz seguia pelo caminho que antes de desembocar na Enseada dos Corais,  ainda passaria pelas praias de, Boa Viagem, Piedade, Candeias, Barra da Jangada, Paiva, Itapuama e Pedra do Xaréu.

Na marca da meia maratona, onde finalmente ultrapassei a campeoníssima Irlaine Catarina, uma conferida no relógio indicava que estava com 1h 38.


Veio o trecho de areia onde acabei superando um atleta. A partir dali ainda ganharia oito posições. 

De forma natural seguia aumentando o ritmo. Quebrar na parte final da maratona não seria nenhuma surpresa, dado o  momento da periodização em que me encontro, mas começava a acreditar que também poderia chegar ao fim sem oscilação.

Veio o km 30. Veio o Paiva, e seu decantado abafamento.


A saída do Paiva coincide com o início da maior ladeira do percurso. Completamente sem noção da colocação em que estava, subi à toda. Sentia-me tão bem que só desejava avistar atletas à frente, para acelerar ainda mais.

Trazia na cabeça a lembrança do ano passado, quando chegara na 7ª colocação (completamente exausto) e, só depois no resultado pude perceber, separado do terceiro colocado por menos de 2 minutos.


Os dois últimos quilômetros foram o mais velozes da viagem. Entretanto, nesse momento, consegui avistar (e devidamente ultrapassar, rs) apenas um atleta.

Com o tempo de 3h 21' 43, (três minutos a menos que no ano passado, e em terceiro lugar na categoria 50/59) atravessei o pórtico enquanto o locutor informava que estava chegando o 14º colocado geral.

Pouco tempo depois chegaria o amigo Pataro (estabelecendo seu melhor na Maratona das Praias) com 3h 44' 22.

Pataro na passagem pelo Paiva
A partir dali começaria nossa logística para voltar a Salvador. Enquanto os amigos, e parceiros de viagem,  Manoel e "Seu" Antônio, completavam seus 42,2, para ganhar tempo, retornamos de Uber para o Parque da Jaqueira, onde havíamos deixado a caranga estacionada.

Manoel e o Novinho ("Seu" Antônio) completando a missão
Enquanto fazíamos o caminho de volta para a Enseada dos Corais, pelas redes sociais (sim, Manoel consegue conciliar corrida e postagens, rs) ficamos sabendo que nossos amigos já haviam mandado para conta, juntos e felizes, mais 42 km.

Logo estaríamos todos reunidos, com aquela boa sensação de missão cumprida, e prontos para tomar o caminho de volta a Salvador.

O velho Presida, com direito a "pacer de Lula" e boneco de Olinda, completara também a tão sonhada centésima mara/ultramaratona. Nada mal para quem está para completar 65 anos, e começou a correr apenas após os 50. O cara que transformou uma notícia de demissão em motivação e segue por aí contaminando a todos com seu jeito de menino.


Parabéns Lula! 











terça-feira, 5 de março de 2019

RESSACA DA FOLIA 2019


A Circuitos da Folia passou, e um treininho leve para lembrar as estórias da festa, também, já virou tradição.

Ressaca da Folia em plena terça de Carnaval, só poderia ser coisa de corredores de rua mesmo, sempre dispostos a arranjar uma desculpa qualquer para se reunir e encaixar umas passadas juntos. 


Seguindo na linha de tornar a brincadeira mais abrangente, este ano nossa "ressaca" voltou a ser na areia batida entre as praias do Corsário e Jaguaribe.

Perfeito para relaxar, carnaval tá indo embora, e logo tudo recomeça na Bahia.


Desde a semana passada os treinos intensificaram-se na busca sempre sofrida (neste momento de transição) para chegar em condições de brigar por nova marca pessoal nos 42,195Km no final do primeiro semestre.

No próximo domingo, porém, longe de pretender brigar com o relógio, muitos dos que estavam hoje correndo ao som de samba-reggae, terão que mostrar que também são bom de frevo, lá em Recife, onde acontecerá a Maratona das Praias, centésima prova entre ultras e maratonas,  do Presida Lula de Holanda.


Muito obrigado a todos pela presença!






Até Bel aderiu