sábado, 10 de outubro de 2020

MARATONA SALVADOR A GUARAJUBA (O retorno )

Joanildo, Robson, Lay, Val, Josué (Foguetinho), Pataro, eu e Manoel

E duas semanas após corrermos a Maratona Guarajuba a Salvador, chegou enfim o dia tão esperado de percorrer os 42,2 km no sentido inverso.

A ansiedade se justificava, afinal de contas, desta feita, Pataro e eu, correríamos ao lado de nossos parceiros e irmãos de treinos, com direito a uma estreante na distância "full".


A caminho de mais uma maratona no mano a mano

Os destinos eram diversos. Nosso bonde tinha várias paradas programadas: Interlagos (21,1 km), Arembepe (25 km), Barra do Jacuípe 32 km e os 42,2 km em Guarajuba.

Vivendo em Camaçari desde o final do mês passado, por volta das 3h 30, fui buscado pelo amigo Manoel para ir ao ponto marcado para o encontro com a turma.

Em meio à minha famosa correria "sargentônica" pra fazer encaixar toda a logística concebida, sempre há momentos em que me pego vendo a coisa toda como se estivesse de fora, num desses instantes, é que senti mesmo muito orgulho pela evidente sintonia de sentimentos do grupo prestes a deixar o bambuzal do aeroporto em Salvador.


Maira, a cada 3 km, a melhor visão do dia

Para nos ajudar na empreitada, contaríamos com a dupla de "staffs" (pilotos do carro de hidratação, acumulando  função de fotógrafos) Maira e Jailton.

Vale ressaltar que Jailton, para nos ajudar com a hidração, gentilmente havia declinado de fazer parte da brincadeira como corredor.

Jailton , ex-staff rs, nos últimos 10km, dando aquela força a Joanildo (67 anos)  prestes a bater seu recorde pessoal nos 42,2 km (4h e 22 minutos)

Outra coisa importante a salientar é que naquela mistura boa, de velhos e novos amigos, Jailton, assim como Lay, Robson e Joanildo, também foi por assim dizer um "fruto surgido" em meio a esse momento que estamos atravessando"


Robson prestes a fechar os 25k (Arembepe)  em 2h 11

Quantas estórias. Alguns dos "novatos" chegaram vindo de longas paradas, e a cumplicidade do compromisso cotidiano, nos fez bem a todos.

Lay - de Salvador a Arembepe (25k ) em 2h13

A gente tem consciência do nosso poder de influenciar, motivar, mas é importante ressaltar, é mesmo muito importante que se tenha consciência, que isso é uma via de mão dupla.
Foguetinho festejando sua chegada em Barra do Jacuípe (32km)

Então para Pataro e eu "os vovôs" da turma, hoje era dia de usar nossa experiência para fazer companhia e ajudar cada um a chegar a meta para a qual haviam se preparado. O tipo de "leão' que nos aprazeria "matar" todos os dias. rs!

A VIAGEM

Costumo dizer que a presença dos amigos sempre suavizam as missões.
 


Neste sábado, mais uma vez, isso ficou bem claro. Um dia de muitas conquistas pessoais, todo mundo entregando suas missões (traçadas de forma compatível com o volume/intensidade dos treinos) em excelentes tempo e astral.



Não há como negar, porém, que a cereja desse bolo foi a forma exuberante com que Val curtiu sua primeira viagem na mágica distância de 42,2 km.



Pataro e eu, que a seguíamos de perto,  aos cochichos pra evitar jogar pressão na corrida de nossa amiga e parceira de treinos do dia-a-dia, íamos vibrando com seu ritmo consistente.

Val em sua passagem em Barra do Jacuípe

E não custa nada lembrar: Maratona não oficial, em pleno mês de outubro na grande Salvador. Bem diferente do panorama esperado para a Maratona de Porto Alegre, que hoje ela estava simulando.

O tempo voou, os quilômetros, idem.


La para o km 39, Manoel (que havia feito sua meia maratona, e desde então vinha fazendo parte dos staff) juntou-se ao grupo.

Filhos de Marcelo Augusti reunidos e viagem chegando ao fim,  meu lado Oswald de Souza percebeu que estávamos muitos próximos de uma marca muito legal para uma estreia nas condições aqui já descritas.



Na passagem do km 40, falei pra Val que ela estava com chegada provável entre 3h59 e 4h01. 

Durante toda a preparação, evitamos sempre (Pataro e eu) falar abertamente sobre projeção de tempo. Não queríamos jogar nenhuma pressão na corrida de nossa estreante.

Naquele momento, contudo, não resisti, pulei na frente e enquanto gritava, vamos aproveitar o agora e brigar por esse sub -4. 



Val reagiu bem... apertou o passo atrás de mim, e re-encaixando um ritmo de 5'30/km cruzou o "pórtico de chegada" com o excelente tempo de 3h 59' 31.


A festa ficou completa quando o "véi" apontou lá adiante, e chegou feliz da vida com o fato de ter sido a primeira vez que fechava uma maratona sem nenhum intervalo de caminhada. Muito bom, mesmo".



Fechamento de ciclo com sucesso... A melhor vitória, sem dúvida, é aquela que pode ser dividida e celebrada por todos.



Agradecendo a Deus pela manhã maravilhosa, felizes todos, partimos para nosso merecido recovery. 

Axé!













Manoel, graças a Deus, já recuperado e podendo brincar de fazer meia-maratona