quarta-feira, 13 de novembro de 2013

MARATONA CROSS COUNTRY DE BÚZIOS - 2013


Deus já havia reservado, “constava nos astros, nos signos, nos búzios”:
- Serás feliz em terras fluminenses.

Sexta-Feira
Prontos (Chico e eu) para a missão para a qual treinamos nos últimos meses e acompanhados de nossa querida e imprescindível torcida: Márcia, Vítor (respectivamente esposa e filho do meu amigo) e “tia” Lalá, por voltas das duas horas da tarde da sexta-feira “aportamos” na belíssima cidade de Armação dos Búzios.


A fama de Maratona mais difícil do Brasil (título disputado com Bombinhas/SC) recomendava-nos uma antecipação da viagem, entretanto, por contenção de gastos, deixamos para chegar apenas na véspera da prova e assim, tão logo nos instalamos, partimos em busca do kit.

No Pérola Hotel, a primeira alegria desta prova: reencontrei na fila o amigo e parceiro de Double Marathon 84 Rio, Júlio Paul.

Com Júlio Paul
Kit na mão, aproveitamos o tempo que tínhamos até a hora do Congresso para ver um pouquinho de Búzios: Rua das Pedras, Orla Bardot etc. e neste perambular encontramos uma oferta de passeio de Escuna (03 horas de duração e 03 paradas para banho / mergulho) que sairia no dia seguinte às 11:30.

Acontece que a largada da Maratona seria às 7:00 da manhã, o que nos daria no máximo 4:30 para fechar a prova. Era um elemento a mais no desafio e um jeito de prestigiar nossos acompanhantes. Aproveitando o preço bastante acessível (R$ 30,00 por pessoa) fiz o maior “enxame” para que fechássemos o passeio e Chico, que não é de “correr do pau”, topou.

Voltando para “casa” eis que avisto o casal André e Rosália Guarischi. Num ímpeto atalhei o caminho deles, apresentando-me a Rosália como “o cara” de Salvador que a havia incomodado bastante nos últimos meses, em busca de dicas para a prova. Fruto desse mundo de perguntas, no dia seguinte correríamos com o mesmo modelo de tênis: o Double Track da North Face.
Com Rosália
À noite, durante o Congresso Técnico, tornaria a encontrar Rosália que, generosa (marca comum aos grandes campeões) e espontaneamente, gastou mais um pouco do seu tempo dando-me conselhos para o dia seguinte.

Sábado

Chegou, enfim, o dia!

Faltando menos de meia hora para o início da prova, padronizados, partimos (Chico e eu) para a área de largada.


Após umas fotos próximo ao pórtico, como gosto mais de aquecer fazendo educativos em lugares inclinados, resolvi entrar num beco que dava na praia (quem poderia imaginar o que ali se desenrolaria no final da corrida?) e, entre skippings e anfersens, avistei Carlos Magno fazendo umas acelerações na areia.

No melhor estilo siga o mestre, desci para a praia e terminei meu aquecimento ao lado de “Magrinho”. Achei aquela coincidência um bom sinal e, inspirado naquele que era o principal nome para vencer a prova masculina, optei por correr apenas de camiseta.


Aquecendo com Magrinho
A execução do Hino Nacional trouxe-me as costumeiras lágrimas aos olhos, mas também a certeza de que logo me livraria daquela (também já famosa) dorzinha na barriga. Minha maior ambição era chegar forte e feliz e foi orando neste sentido (enquanto desejava a Chico e a todos ao redor um bom passeio por Búzios) e agradecendo a Deus pela oportunidade de estar ali, que enfim comecei a dar meus primeiros passos.

Dentro de mim, agora, evaporara-se todo vestígio de ansiedade. 


Logo que deixamos a Orla Bardot surgiu a primeira pirambeira que nos levaria ao Mirante João Fernandes.

Lembrei-me que na noite anterior o pessoal da organização havia nos avisado que nestes primeiros 9km de calçamento / paralelepípedo passaríamos por quase todos os mirantes de Búzios e, extasiado com a paisagem ao redor, ia dizendo pra mim mesmo: “Se for para sofrer que seja num lugar deste”.


Após um sobe e desce maravilhoso em que ia alternando de posição com Chico (ele rendendo mais nas subidas e eu nas descidas) entramos no primeiro trecho de trilha. Que delícia (e que alívio) pisar naquele chão batido.

Lá pelo km 11, finalmente emparelhamos com a líder feminina Rosália Guarischi. Há tempos estávamos acompanhando-a com os olhos e eu estava impressionadíssimo com a sua capacidade de voar ladeira abaixo.

Rosália passando no km 36
Trocando desejos de ”boa prova” com a futura campeã seguimos adiante.

Na praia de Geribá (onde no domingo faríamos nosso regenerativo) Chico, que não chegara 100% para esta prova e vinha sentindo muito as descidas, foi ficando para trás.

No km 18 começou o que estava previsto como a pior parte da prova: a passagem pela praia Tucuns.


Foram 03 quilômetros de areia fofa e logo depois de passar pela marca da meia-maratona começou uma insana subida que nos levaria ao Mirante das Emerências, não por acaso local bastante procurado pelos praticantes de Asa Delta.

Aquele era um trecho em que todos haviam recomendado caminhar, entretanto estava me sentindo à vontade e, pisando nas pontas dos pés, mantive-me correndo.

No centro da trilha havia uma enorme erosão (só agora entendia a brincadeira feita pelo organizador na noite anterior, dizendo que o pessoal estava andando muito de moto por ali e que havia um enorme buraco) e para subir restava-nos decidir se corríamos com as pernas abertas com um pé de cada lado do buraco ou se seguíamos por dentro do buraco.

Inicialmente fui fazendo a primeira opção, um pé aqui, outro acolá e tome-lhe subida, porém, havia momentos que o buraco ficava tão largo que mesmo tendo pernas longas era difícil ficar correndo pelas pontas, optei por pular para dentro dele e seguir pelo meio como fazia um corredor que ia à minha frente e zás: deslizei por quase cinquenta metros de costas morro abaixo até conseguir parar e começar a subir tudo de novo, então  pensei: “é melhor ir por cima” (rs).

Outro trecho de que me lembro bem foi no quilômetro 29 dentro da Fazendinha. Nessa hora estava com mais 03 corredores (todos de revezamento) e numa bifurcação ficamos em dúvida do caminho a seguir. Não havia staff, fitas, setas nem riscos no chão.

No momento em que tomamos a decisão de seguir reto, deparamo-nos com um corredor que vinha saindo da trilha exclamando que o caminho não era por ali: “a trilha fechou muito lá adiante”.

A angústia foi geral, por alguns momentos o medo de estarmos fora da rota aterrorizou a todos, mas não nos restava muito senão tentar o outro caminho, dobrando à esquerda. Por sorte (e também por absoluta falta de educação de algum corredor) dali a poucos metros avistei um copinho de isotônico e mais adiante a placa do Km 30. Estávamos salvos.

No km 36, na praia de Manguinhos, a melhor das visões: tia Lalá, Vítor, Márcia e uma coca-cola aguardavam nossa passagem. Enquanto avisava que Chico tinha ficado um pouco pra trás, tia Lalá confirmou minha suspeita de que eu estava em oitavo lugar.

 - É oitavo mesmo que estou querendo. Respondi-lhe.

Há uma versão de que eu teria dito também “eu te amo”, mas quando a gente corre provas longas perde um pouco a consciência, delira mesmo um tantinho e não há como confirmar, rs. Queria deixar claro pra ela o quanto eu estava feliz, tranquilo e absolutamente com a prova na mão. É, talvez eu tenha dito... rs

Nos próximos dois quilômetros a prova começou a alternar areia de praia com uma passagem pelas Costeiras, com ondas quebrando próximo ao lugar onde tínhamos que passar.

A essa altura já estava administrando minha colocação, não tinha por que arriscar uma queda naquelas pedras escorregadias, sempre que possível olhava para trás nos trechos de praia e sabia que não havia ninguém da Categoria Solo por perto.


O oitavo lugar me garantia de todo jeito um pódio na categoria, já que os 05 primeiros iriam para o geral. Já estava de bom tamanho para quem estava estreando na prova.
Finalmente encontrei staffs indicando-me a saída da praia com uma pequena nova pirambeira. Pensei: agora está faltando menos de 5 quilômetros e não deve aparecer mais nenhuma surpresa. Engano puro.

Quando saí da Praia da Tartaruga (Km 38) um staff me indicou que devia dobrar à direita e quando me virei! Uau! Havia uma parede de barro para subir.

A ladeira era tão íngreme e escorregadia que mesmo diminuindo o ritmo, quando coloquei o primeiro pé só não dei com a cara no chão porque consegui levar a mão primeiro. Segunda tentativa, já andando, e nova ida ao chão.

Nessas horas a gente começa a pensar: “Será que não tá vindo ninguém aí”?

Desesperado, coloquei-me de quatro buscando alcançar um galho que estava no chão. Consegui e fui me arrastando, galho a galho até conseguir levantar e começar a subir andando. Neste passo “arrastado” deparei-me com a placa do Km 39.

Agora ia começar uma descida de igual inclinação e já estava louco (e preocupado) para voltar a correr, mas cada vez que tentava, dava umas topadas numas raízes que por pouco não me fizeram chegar mais rapidamente lá embaixo.

40 km. “Agora não deve ter mais nada. Não é possível”. Havia!


Só sabia que estava chegando perto por conta das placas, não tinha mais a menor noção de onde me encontrava, mas para minha surpresa o percurso me levou mais uma vez à praia.

Desta vez era a Praia do Canto (onde eu havia aquecido com Magrinho) agora já esta podia relaxar. A qualquer momento seria direcionado para a Rua das Pedras e poderia ver o pórtico de chegada. Logo, logo poderia dizer sem medo de errar: “Conheço Búzios de verdade”.

Nunca me sentira tão bem numa prova, sentia sorridente a alma o tempo inteiro, de fato era um privilégio estar num lugar tão lindo e conhecê-lo da forma que mais gostamos de fazer: correndo.


Seguia pensando, agradecido,  que grande parte desta sensação devo a Marcelo Augusti e a sua enorme capacidade de adaptação. Afinal de contas, morando em Salvador (cenário bem diferente da corrida), só mesmo com os mirabolantes treinos do Mestre poderia ter chegado tão preparado em Búzios.

Faltando menos de um quilômetro para o final fui despertado destes devaneios por um corredor com quem havia tido uma breve conversa durante seu trecho no revezamento.

- “Baiano, você ainda passa aquele cara ali na frente”.

- “O que?! Ele é solo?”

Sem esperar direito pela resposta, apertei o passo na areia e rapidamente colei no corredor da frente (mais tarde ficaria sabendo que se tratava de Leonardo Maciel, da Equipe Carioca Runners), que assim que percebeu a aproximação de um corredor solo, sem se fazer de rogado, engatou uma quinta e partiu.

Deixei que seguisse na aceleração e quando ele deu uma pequena diminuída, com passos leves para não chamar atenção (apesar de estar na areia), apertei também o ritmo, optando por seguir pelo seu flanco direito, para que não fosse detectada logo minha aproximação.

Assim que ele percebeu minha presença ao seu lado apertou novamente o ritmo. Agora a “briga” era declarada.

De repente os staffs estavam ali na frente indicando que teríamos que entrar num beco. Reconheci o local e ainda tive tempo de pensar que não iria perder aquela parada justamente no lugarl onde havia feito meus educativos.

Subi a pequena rampinha colado em meu adversário, mas sabendo que teria menos de 100 metros depois que saíssemos do beco, pulei na frente dele exatamente na hora de entrar na Rua das Pedras e disparei.

Sei lá a quanto estava, mas me senti naquele momento alguém capaz de vencer o próprio Usain Bolt. Coordenação, pulmão e força. Se o Leonardo me passasse seria mérito dele, mas iria fazer a minha parte.

Empolgamos com nossa chegada emocionante o povo todo ao redor. Demorou uma eternidade, mas consegui o sétimo lugar que me rendeu o título da Categoria 45/49.

Olhei para trás e abracei o valente corredor. Era notório que ele era mais jovem e não estávamos disputando categoria.

- “Valeu apenas como motivação para chegarmos mais fortes”. Disse-lhe.

Abraçados fomos até o local onde recebemos nossas medalhas de finisher e o kit alimentação.

Pódio 45/49 (respectivamente 7º, 10º e 14º no geral)
Poucos minutos depois, apesar das dificuldades enfrentadas durante a prova, Chico cruzava a linha de chegada em 14º lugar geral (3º na categoria 45/49), a conta certa para que subíssemos juntos (mais tarde) no pódio, que para nossa alegria foi completo com a presença de André Guarischi.

 Pronto, agora era hora de seguir direto com a família para nosso passeio.


Enquanto relaxava na escuna, ocorreu-me um pensamento: Quase sem querer, havia chegado exatamente da forma que tinha pedido a Deus. “Ninguém foge do destino”.

Até a próxima!
Pódio Geral Feminino: 1- Rosália Camargo Guarishi; 2- Maria José Nascimento - 3-Andréa Carloni; 4- Tatiana Ribeiro; 5- Maria Wickert


Pódio Geral Masculino:  1- Eduardo de Brito - 2-Carlos Magno - 3- Márcio Souza - 4- Alexander Souza - 5-Roberto Tadao




Congresso técnico

Cristiano Marcelino (pco de double  da Maratona do Rio também) 3º lugar da cat/ 30/34



Chegada de Chico

Puxada de Rede - Estátua



Adicionar legenda
Chico e Vítor com Brigite na Orla Bardot


O tal beco que levava à largada/chegada
  

Corredores vistos a partir da embarcação (+ 2 horas depois de nossa chegada)



Do barco em vários momentos avistávamos pessoas correndo ainda
Chico relaxando em família

Vítor na Bolha


Banho gelado para relax pós-maratona

Foto pra Rafinha



Brincando de "Salão"
  
Com a Tia Lalá em Geribá
30 minutos de regenerativo em família no Domingo em Geribá

16 comentários:

  1. Roberto, como sempre é muito lindo os relatos. Muito bom estar com vocês. A coragem, força de vontade, determinação e disciplina são pontos chaves para vocês corredores e campeões. Sou felizarda por ter exemplo em casa [meu amado Francisco] e amigo próximo assim , como você. Que Deus abençoe sempre vocês.
    Até a próxima aventura!
    Sucesso nessa próxima corrida em Recife estaremos orando por você.
    obrigada por tudo.
    Abraços,
    Marcia, Francisco, , Vitor.


    Até a próxima aventura!

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    1. Obrigado, Família.
      Nós também gostamos muito de estar com vocês e nessa amizade que vem se estreitando tenho tido a oportunidade de aprender muito principalmente com "nosso amado Chico, rs".
      Breve nos reencontraremos, se não antes, no dia 29 de dezembro teremos a nossa corrida-confraternização.

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  2. Roberto, como sempre é muito lindo os relatos. Muito bom estar com vocês. A coragem, força de vontade, determinação e disciplina são pontos chaves para vocês corredores e campeões. Sou felizarda por ter exemplo em casa [meu amado Francisco] e amigo próximo assim , como você. Que Deus abençoe sempre vocês.
    Até a próxima aventura!
    Sucesso nessa próxima corrida em Recife estaremos orando por você.
    obrigada por tudo.
    Abraços,
    Marcia, Francisco, , Vitor.


    Até a próxima aventura!

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  3. Muito bacana Roberto!tinha esquecido do hino do Brasil na largada.... também fiquei com lágrimas nos olhos!!!
    Adorei as fotos do passeio pós prova :)
    bons treinos e espero te encontrar em breve em outra competição !

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    1. Rosália,
      Obrigado por toda sua atenção e simpatia. Breve irei, se Deus quiser, participar de um destes X terra e, claro..rs, irei encher sua paciência pedindo dicas. Ossos do ofício. Quem manda ser supercampeã?..rs
      Tem mais uma coisa depois que fiquei sabendo do seu "treino" diário. Inspirei-me e tenho inserido umas idas ou voltas do trabalho a pé e de bike. Como diria minha mãe o que é bom é que se pode copiar.
      ABraços e felicidades em seu próximo desafio.

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  4. Roberto, bom saber do seu sucesso e que seus planos mais uma vez deram certo.
    Expresso o meu orgulho por sua vitória pessoal, além da imensa alegria de saber que vc vai participar da Equipe Pé no Chão, na ULTRA de 300 km Mossoró x Natal.
    As fotos estão excelentes, principalmente aquelas dos passeios.
    Parabéns!
    Gilmar

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    1. Gigi,
      Vinha hoje pedalando e pensando que foi uma decisão tão rápida: A ligação de Lula, o convite e a busca por passagem e já cheguei em casa pronto para ir ficar com vocês. Mas parece que somente hoje é que a ficha caiu. Meu Deus estarei com essa turma super do bem e participando de uma prova que me atraiu desde a primeira vez que ouvi falar (mesmo antes de conhecer vocês). Tô querendo falar com você mas como tenho perdido vários celulares estou sem seu número. Se puder me liga. 71 8228-2209.
      Abraços!

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  5. Nossa! Teu texto nos transportou para Búzios... Você deveria publicar um livro!
    PARABÉNS, mais uma vez, pela linda vitória!!!
    Já sabe, né? Quando crescer, quero ser igual a você! ;-)
    Dani

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    1. Dani,
      Obrigado pelas palavras. Adoro saber que consegui levar alguém para dentro da corrida via texto.
      Abraços!

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  6. Grande Roberto,
    Parabéns mais uma vez pela corrida e pelo belo texto. Você é campeão nas duas coisas: correr e relatar! d+! As fotos também estão ótimas. Maravilha!

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    1. Amâncio,
      Imagino o quanto você iria se divertir numa prova como esta.
      Abraços!

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  7. Mega, parabéns!
    Muito bonito o relato, as fotos e imagino o trajeto!
    E não me surpreende a vitória!
    Um abraço
    Pataro

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  8. Patarão,
    Você sabe o quanto queria que você estivesse lá conosco.
    Na próxima não quero desculpa. E olha aí, separa logo o dia 29 de dezembro para fazermos aquela nossa confraternização (Valdir, Adautro, Chico, Carlinhos, etc..etc.. ) que mais parece uma corrida....
    Abraços!

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  9. Que relato maravilhoso e que corrida fantástica!!! Não há palavras para descrever a emoção que vc transmite ao contar suas histórias. Me senti em Búzios, correndo com vocês. Parabéns!!!
    Val

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  10. Val,
    Ouvi de uma amiga corredora outro dia em "resposta" a um comentário que eu havia feito que a prova havia sido duríssima e maravilhosa":
    "Maravilhosa só se for quando acaba né?".
    Fiquei até surpreso mas precisei explicar-lhe que se a gente passasse toda uma corrida esperando somente o final para poder comemorá-la, nunca seríamos tão felizes.
    Tal qual a vida, a corrida (e nestas XC então..rs) tem que ser vivida com todas suas dores e delícias desde o primeiro minuto, afinal de contas quem sabe ao certo onde esta estrada nos levará?
    Quantas vezes me encontro em plena competição e imaginando um monte de gente que adoraria que estivesse ali comigo?
    Parte deste amor que me enche o peito quando estou em movimento é o que respinga nestes textos e, não custa repetir, é muito bom saber que levei de alguma forma outras pessoas comigo.
    Obrigado!

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  11. Amei as fotos e o relato simplesmente lindo. Parabéns!

    Saudades!

    Pataro, muitas saudades de vc tb viu!
    Bjs e bfs

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