domingo, 2 de março de 2014

DE SALVADOR A AMARGOSA (PEDALANDO E CORRENDO) / 73 ANOS DE "SEU" OSVALDO

Montagem fotográfica  inspirada na camisa confeccionada para comemorar o aniversário de "Seu" Osvaldo
Neste domingo de carnaval meu pai completou 73 anos e, como não poderia deixar de ser, vim parar em Amargosa.

Sair visitando parentes e amigos no domingo é um costume antigo que o corre-corre da vida atual praticamente está fazendo desaparecer mesmo em cidades pequenas, mas que seu Osvaldo faz questão de manter e, assim que saímos da Igreja de São José, na qual ele faz parte do Conselho, dedicamos parte do dia a acompanhá-lo numa verdadeira peregrinação familiar.



De casa em casa, visivelmente orgulhoso, além de exibir a camisa confeccionada especialmente para comemorar seu aniversário (que ambos usávamos), o velho contou e recontou a todos (coisa que, aliás, ele já tinha feito lá na Igreja), a estória sobre a viagem no dia anterior que ora passo a lhes contar.

Estampa da camisa confeccionada para comemorar o aniversário de Sr. Osvaldo

Matando Coelhos com Única Cajadada
Uma prova de 12 horas na próxima semana, uma etapa do 4:1 a cumprir e um excelente e decisivo motivo: fazer uma surpresa a meu pai, tornaram óbvio o treino desta semana: correr e pedalar de Salvador a Amargosa.

O amigo e parceiro de projeto Rubem Fernandes topou a aventura e a logística original foi montada assim:
Largada no Elevador Lacerda (atravessar o Ferry Boat) e chegada na Catedral de Amargosa;
105km de bike (Salvador / Varzedo) + 35km de corrida (Varzedo / Amargosa).

A Viagem
2 horas da manhã no Elevador Lacerda

Por volta das 2 horas da manhã estávamos (Rubem e eu) no Elevador Lacerda.


Após a travessia da Baía de Todos os Santos, finalmente, às 3:30 da manhã dávamos início à nossa viagem.


dia clareando

Sob muita chuva e relâmpagos atravessamos a noite em ritmo muito bom e dia já foi nos alcançar próximo à cidade de Nazaré das Farinhas, onde paramos para um despertante café da manhã.


Às 8:10 da manhã entrávamos em Santo Antônio de Jesus (90km). Restavam apenas 15km para a cidade de Varzedo e resolvemos fazer uma rápida parada no Posto Uirapuru.

Aproveitando o intervalo na pedalada, tentei, sem sucesso, fazer contato com a pessoa que nos receberia e deixaria guardadas nossas bikes em Varzedo.

Entroncamento de Amargosa (S. A. de Jesus)
Após várias ligações caindo na caixa postal, foi preciso colocar em ação um plano B: pedalaríamos até o entroncamento de Elísio Medrado e ali deixaríamos com um parente as bikes e passaríamos à corrida.

Como isso representava pedalar um pouco mais e correr um pouco menos, o que demandaria menor tempo de viagem, relaxamos mais e aproveitamos melhor a parada para lanche. Quase na mesma hora a “tia” Lalá, acompanhada de sua mãe, deixava, de carro, Salvador.
Rubem curtindo as serras da "estrada" de Amargosa
O enorme número de ladeiras neste último trecho, somado a um problema com a bike, fizeram despencar a média horária, atrasando nossa chegada ao ponto de transição.

Pouco depois das 11 da manhã, bikes na casa de “Toim”, 120km pedalados, chegava, enfim, a hora de colocar, literalmente, o pé na estrada.

Deixando as bikes na Casa de "Toin"
Até a Catedral seriam aproximadamente 20km. Tantas vezes já fiz este caminho sozinho, desejando que amigos estivessem ali para se maravilhar com tanta natureza que até já postei aqui outro dia:
“Perdido em pensamentos, em meio a toda aquela natureza, enquanto as pernas quase que autônomas vão fazendo seu trabalho, não há como não desejar que estivessem ali todos os amigos que verdadeiramente gostam de corrida. As ladeiras se sucedem, ora descendo, ora subindo (existem momentos em que se leva mais de 15 minutos subindo) e o verde enche os olhos o tempo todo”.

com esse visual fica mais fácil!
Desta vez lá estava Rubem, quase 10 horas de “trabalho” e ainda capaz de reconhecer toda a grandeza do caminho.


Faltavam menos de 7km quando a “tia” Lalá nos alcançou com umas revigorantes latinha de Pepsi.

Tia Lalá e as latinhas de pepsi
Naturalmente, quando ela chegasse em casa, meus pais perguntariam por mim, então sugeri-lhe entregar a camisa a meu pai, para ver se ele adivinhava a surpresa, mas reforcei: passaremos em frente à casa, mas o final será mesmo na Catedral.
Quase lá

Já estávamos dentro da cidade, quando tia Lalá nos avisou, via celular, que todos (ela, sua mãe, a minha e meu pai) já estavam na Igreja nos esperando.

Agora a surpresa era minha e foi incrível a energia injetada com este gesto. O velho entendera, aprovara e topara a brincadeira.


Felizes com a recepção, Rubem e eu finalizamos nossa brincadeira perto das 13 horas.

Após o almoço, infelizmente o amigo retornou de ônibus para Salvador, compromissos com a família exigiam lá sua presença, mas em breve, se Deus quiser, estaremos de volta à Cidade Jardim para um passeio e, claro, algum treino bem legal.


Até a próxima!




Ponte do Funil -




































Parabéns na Igreja



Tia Lalá com Sofia



Na casa de Tia Elvira


Meu pai e tia Lia





Caretas, tradição no Carnaval de Amargosa

Terezinha e Floripes


DE VOLTA A SALVADOR NA SEGUNDA PARA PEGAR OS MENINOS











4 comentários:

  1. D+ meu caro Roberto! Seu pai deve sentir um imenso orgulho de você e imagino como ele se sentiu feliz com tão bela homenagem. Fiquei emocionado mesmo! Parabéns!

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  2. Parabéns ao seu pai que certamente adorou a surpresa.

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  3. Amâncio e Samuel!
    Realmente meu pai parece que gostou até mais do que eu estava esperando.
    Abraços!

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  4. Parabéns! Que Deus abençoe você, infinitamente. Vanuza Lins.

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