terça-feira, 30 de agosto de 2011

SALVADOR PRÓ-MARATONA: ESTE É UM LONGO CAMINHO

Pataro e Gil nas dunas

Com vários participantes do Salvador Pró-Maratona, na manhã de hoje mais uma vez desfrutamos da natureza para fazermos nosso treino. Um pouco antes das 06 horas já estávamos todos reunidos (Pataro, Joel, Carlinhos, Gil, Alan e eu) para iniciar nossa malhação ao ar livre.

Foram duas horas de sobe e desce pelas alvas dunas da Lagoa de Dois Dois.

O trabalho é duro. A extraordinária paz que emana daquele lugar não é o bastante para apagar a dificuldade do treino. O negócio é não medir, pegar a estrada e seguir em frente.

Eu, Pataro, Carlos, Joel e Alan na Lagoa de Dois Dois
A cumplicidade exigida num momento desses faz enraizar ainda mais a amizade dos participantes. Ao final o fruto daquela labuta é um impressionante incremento de força física e espiritual.

Uma coisa interessante é que, mesmo em grupo, há momentos bem particulares de cada um. Volta e meia surpreendo-me "viajando" enquanto minhas pernas fazem automaticamente o trabalho de levar-me adiante. Não foram poucas também as vezes em que, "acordado", pude perceber que o companheiro fisicamente ali ao lado andava por estes caminhos que só o pensamento pode nos levar.

 Regional Bike - Loja de  propriedade do Maratonista Joel
Além de reunir a galera o treino de hoje seguiu um plano que adotei para dar um descanso a meus joelhos esses dias. Sábado e domingo fiquei de bicicleta (3 horas e 2 horas, respectivamente); segunda, 40 minutos de grama e hoje, areia. Posso ouvi-los (os joelhos) me agradecendo pelo "repouso".




SALVADOR PRÓ-MARATONA

A caminhada está só no começo mas o movimento já tem o que comemorar. 

A partir de uma iniciativa de Lucas (várapido.blogspot.com) que manteve contato com a Organização na pessoa da Sra. Marcela Martins nos foi prometida "a entrega dos chips junto com o kit do atleta para facilitar" o que irá beneficiar e muito a todos os participantes dos 42,2 km.


A todas pessoas engajadas nesta luta, principalmente os companheiros de blog que estão ajudando a repercutir a idéia, nossos sinceros agradecimentos.


Muita Luz para todos!


                                      Treino nas Dunas com alguns participantes
                                       do SALVADOR PRÓ-MARATONA

domingo, 28 de agosto de 2011

SALVADOR PRÓ-MARATONA


Este post tem a finalidade de conclamar os Maratonistas (e aspirantes) a participar do movimento SALVADOR PRÓ-MARATONA.

A cada dia que passa cresce a olhos vistos o número de corredores de rua no Estado da Bahia, e hoje Salvador é seguramente o maior pólo de Corrida do Nordeste, no entanto, ainda é necessário viajar para outros Estados (os que podem arcar com o custo) para poder correr a Rainha das provas de rua: a Maratona.

Aliás, paradoxalmente, estas viagens são o momento em que mais ocorrem encontros do pessoal adepto dos 42,195m de nossa terra. Não raro, nas conversas entabuladas nos saguões de hotel, local de retirada de kit, jantar de massas, etc., vem à baila o assunto "longe de casa" e o sentimento geral é que poderíamos (merecíamos) ter uma Maratona em Salvador.

Pelo menos entre os maratonistas, uma das desculpas mais comuns que se ouve, para a não ocorrência de uma maratona na capital baiana é a fama de ser ela uma cidade quente. Apesar de o sol brilhar forte por aqui em boa parte do ano, existem meses de temperatura mais amena, notadamente no período de inverno. Além do mais, essa justificativa cai por terra quando se vê que cidades como Teresina, Fortaleza e Recife (sabidamente mais quentes que a nossa) já estão na segunda edição de suas Maratonas.

Certamente para se realizar um evento deste aqui em Salvador será necessário um esforço conjunto: Prefeitura, FBA, Governo do Estado, Entidade Organizadora e Patrocinadores, mas acredito que já está mais do que na hora de termos uma Maratona em solo baiano.

Em final de semana de Maratona é fácil percebermos (pelos monitores cardíacos, tênis, camiseta de prova, etc.) a enorme quantidade de corredores com seus acompanhantes nos tradicionais pontos turísticos (isso, parece-me, incrementa a receita do Município).

O apelo turístico em nossa Capital é muito grande. Entre outras coisas, é famosa a receptividade dos baianos, a musicalidade, a culinária e a beleza de nossas praias. Tudo isso poderia ser explorado no percurso com, por exemplo, trios-elétricos nas ruas, apresentação de capoeira (Buenos Aires tem casal dançando tango e diversas outras manifestações artísticas durante todo o trajeto da Maratona), água-de-coco nos postos de hidratação, talvez até um acarajé no kit pós corrida (rs). Brincadeiras à parte, acredito que um trabalho sério poderia, em pouquíssimo tempo, fazer da Maratona de Salvador uma das mais procuradas no calendário nacional.

Desta forma, após sondar vários maratonistas do meu convívio, resolvemos aproveitar a MEIA MARATONA FAROL A FAROL, que irá realizar-se no próximo dia 02 de outubro, para dar uma espécie de pontapé inicial no movimento.

Baseado na experiência recente da Double Marathon 84 (durante a Maratona do Rio de Janeiro 2011), decidimos correr 42,2km dobrando a Meia Maratona Farol a Farol. Para isso sairemos no sentido inverso da Prova, dando nossa largada no Farol da Barra entre 4:30/4:45 a fim de completar a primeira perna da Maratona antes das 07:00, horário oficial da largada da Meia Maratona Farol a Farol.

Existem muitos detalhes a serem discutidos. Vamos a alguns deles.

Já que pretendemos usar a estrutura da Meia Maratona Farol a Farol no retorno, é importante que os participantes do SALVADOR PRÓ-MARATONA estejam regulares nesta Corrida. Orientamos aos interessados que efetivem suas inscrições o mais rápido possível para não correrem o risco de acabarem-se as vagas.

A previsão de entrega do chip, conforme o regulamento, é no dia da prova e somente até as 6:40, o que reduziria nosso tempo para fazer a primeira parte do SALVADOR PRÓ-MARATONA. Entraremos em contato com a Organização para ver a possibilidade de pegarmos nossos chips antes ou de autorizarmos outra pessoa a apanhá-los em nosso nome durante o momento oficial de entrega.

Como provavelmente os envolvidos neste movimento não terão preocupação com o tempo da Meia (recomendo aos que estiverem querendo testar performance que aproveitem a Meia da Caixa no dia 11 de setembro), conseguindo resolver o "problema" do chip, além de ganharmos 20 minutos, enquanto o tapete de cronometragem ainda estiver lá poderemos registrar nossa saída (eu mesmo na Maratona do Rio dei a largada da volta dos 84km com 10 minutos de atraso).

Está previsto um posto de hidratação no Jardim de Alah (aproximadamente no meio do caminho), onde deixaremos uma pessoa com os líquidos previamente comprados por cada um. Também no momento da conversa com a Organização poderemos ver a possibilidade de sermos autorizados a usar as bebidas que já se encontrarão armazenadas à hora em que estivermos passando (durante a Double 84 no Rio de Janeiro, já na madrugada bebemos água e powerade em vários postos de hidratação com o consentimento da Organização).

Para que o evento ganhe uma maior visibilidade julgamos interessante uma padronização. Há duas possibilidades que não necessariamente se excluem:

A primeira seria a confecção de camisas com a Logomarca do evento e ratear os gastos.

A segunda seria cada participante baixar o arquivo e fazer um trabalho de sublimação numa camisa de sua preferência.

No último final de semana de setembro realizaremos um treinão e já tencionamos usar as camisetas personalizadas.

Amanhã visitaremos uma empresa para ver preços de camisas e a quantidade mínima que pode ser confeccionada, sondando, inclusive, a possibilidade de patrocínio.

Para que se possa mensurar todas essas coisas (horário de largada, quantidade de camisas, chip, etc.) e até mesmo pela experiência que tivemos no Desafio Salvador Aracaju Correndo, quando muitas pessoas que disseram "eu vou" de primeira, acabaram desistindo, solicitamos às pessoas que reflitam com bastante carinho e a maior responsabilidade possível antes de confirmar sua adesão que poderá ser aqui no Blog ou através do email: bikeselva@hotmail.com.

Para os que não quiserem ou não puderem efetivamente correr os 42,2km do SALVADOR PRÓ-MARATONA (temos amigos que estarão na Meia-Maratona buscando vencê-la), vislumbramos outras formas de participação, por exemplo, usando a Logomarca, adquirindo camisa do evento, colaborando na divulgação ou no apoio, etc.

SALVADOR PRÓ-MARATONA: todos são bem vindos neste sonho!

Até mais e boa semana!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

LAGOA DE DOIS DOIS E OUTROS TREINOS


Na última segunda-feira, atendendo a um convite de Carlinhos, fui parar na Lagoa de Dois Dois, um lugar que fez parte de toda minha infância/adolescência em Itapoan.  Na verdade, há algum tempo ele me falava desse treino nas dunas, mas não conseguia me dizer exatamente onde era. Há anos que não ia ali e nunca antes para correr. Foi maravilhoso! Daquelas coisas que a gente tem logo vontade de dividir com todo mundo que a gente gosta.
 
Carlinhos traçou um circuito com algumas subidas e descidas (algo em torno de 2,2km), no qual gastávamos 20 minutos.  Uma vez só já dá um bom treino de força. Entretanto, seguindo o que costuma dizer este meu amigo: “Nem me chame para correr se for menos de hora e meia”, fizemos o circuito 6 vezes, ou seja duas horas de muito sobe e desce de dunas .
  
Mais que o treino de força e resistência, que substitui tranquilamente uma aula de musculação + aeróbica numa academia, o mais marcante neste dia, talvez por causa do vento no rosto, talvez por causa do contato dos pés descalços com a areia branca, foi a sensação de paz e liberdade.

Já agendamos um retorno à Lagoa de Dois Dois (desta vez com mais gente) na próxima terça-feira (30/08), às 06:00 da manhã. Sintam-se convidados.

Seguindo com a planilha, ontem o local de treino foi o Pinicão. Como estávamos sob muita chuva, o que deixa o piso lá (grama e barro) muito escorregadio, Alan e eu abandonamos o treino intervalado de 1.000/800 metros que iríamos fazer e decidimos  acompanhar a Titia Lalá em seu treino de fartlek .

Hoje, mais uma vez, foi dia de treino em dois turnos.  Agora à noite aproveitei por 34’48 a companhia da Titia Lalá, que fazia um treino de 06 km.

Pela manhã, mexendo um pouco na planilha para ter a companhia dos amigos Pataro e Carlinhos nos tiros de 2.000 metros, fomos novamente ao Parque de Pituaçu para executar os 7  tiros enquanto dávamos a volta.

Reafirmo: fazer este tipo de trabalho em grupo torna a coisa muito mais fácil e é muito mais rentável. Com a presença de Alan por lá então...  aí é que a coisa rende mesmo. O cara liderou todas as acelerações chegando a fazer algumas delas na casa dos 06 minutos alto.

Aliás, a ordem de chegada (Alan, Carlinhos, eu e Pataro) não se alterou em nenhum dos 07 tiros, o que é um bom sinal, mostrando que todos conhecem e respeitam seu próprio ritmo.

Já vi muitas vezes pessoas fazendo do intervalado uma corrida entre os participantes do treino, e o resultado dessas disputas, normalmente, é o abandono do resto do treino e/ou aumento do tempo da execução do tiro por aqueles que correram acima da sua capacidade (extrapolaram) no começo.

Este manter ou “baixar” de tempo a cada tiro é um ótimo indício de que fizemos um bom treino hoje. Outros há, porém, que são muito mais poderosos no quesito "não deixar dúvidas": abraços e apertos de mão ao final do treino com o sorriso estampado na cara de todos pelo dever bem cumprido, certamente é o melhor deles.
Alan, Carlinhos, Pataro e eu

domingo, 21 de agosto de 2011

ZÔO, PARQUE DE PITUAÇU E SUAS FERAS

Família e Flamingos

Feliz, agradeço ao Senhor “por ter me concedido o domingo para ir com a família ao Jardim Zoológico dar pipoca aos macacos”, e também pelos treinos e brincadeiras do final de semana.

Fazia um tempão que não ia ao Zoológico e, “pressionados” por Rafinha, que adora bichos, agendamos para hoje um “passeio na floresta”. Dando uma olhada em fotos de outras visitas ao Zoo é que se percebe o quanto os meninos estão crescendo (pelo andar da carruagem, já já eles é que estarão levando um velhinho para passear snif, snif rs).

Lembro-me de uma ocasião em que estávamos passeando lá dentro, Luan nem falava direito ainda, e eu de longe avistava uns animais que os meninos não conseguiam enxergar devido à baixa estatura. (senta que lá vem estória...)

Comecei a prepará-los para o animal que eles logo conseguiriam avistar: “Filhos, daqui a pouco vamos ver o cavalinho listrado” e eles, empolgados com outros bichos, nem deram muita atenção. A gente ia num passinho miúdo, ditado pela curiosidade dos pequeninos, e eu sempre avisando: “Logo veremos o cavalinho listrado”.

Quando finalmente o tal “cavalinho listrado” surgiu no campo de visão dos meninos, Luan, num tom de quem lamentava a burrice do papai exclamou: “Mas essa aí é a “Zeba””. E eu, claro, caí na risada.

Voltando ao assunto corrida...

Hoje de manhã acompanhei mais uma vez a Titia Lalá num treino de tempo run em que ela bateu 29’57 nos 5km. 
1. Titia Lalá a todo vapor no tempo run /            2. Missão cumprida

No sábado, o Parque de Pituaçu mais uma vez voltou a ser nosso ponto de encontro para treino. Não me canso de ressaltar a beleza daquele lugar que freqüento há 03 décadas. É um oásis que, a despeito dos problemas de manutenção e segurança, bravamente resiste em meio ao crescimento desenfreado da Metrópole.

A exemplo do que foi feito no Dique do Tororó, um projeto de revitalização poderia fazer daquele pedaço esquecido de Salvador  um “novo”  Cartão Postal.

Não me parece tão difícil a tarefa. A estrutura já está lá (além da trilha de 15km que circunda a Lagoa em meio a um cinturão de Mata Atlântica): Museu, companhia de Polícia, quiosques, bares e restaurante, bicicletas e pedalinho para alugar.

Como uma das cidades-sedes da Copa do Mundo acho que nossos governantes poderiam voltar mais carinhosamente os olhos para o Parque Metropoliltano de Pituaçu. Melhorar o piso, o policiamento, promover eventos esportivos e culturais que não agridam a natureza são algumas das medidas que poderiam tornar ainda mais atraente este pedaço de paraíso (tanto para turistas como para os moradores locais) com enorme potencial para virar um point de praticantes de esportes e amantes da natureza.

Enquanto sonhava com essas melhorias, que se Deus quiser ainda estão por vir, um a um, quem ia chegando, era a galera da corrida de hoje: Pataro, Chico, Joel e Carlinhos.
Prontos para a largada: Eu, Chico, Pataro, Carlinhos e Joel
Final de semana com uma agenda lotada de compromissos com os pequeninos, o pessoal já sabe, o treino tem que começar ainda mais cedo para não gastar o tempo deles. Assim, 5:40 da manhã demos início ao nosso treino. A idéia era rodar abaixo de 4’45 e ficarmos juntos o maior tempo possível. Acertamos também que só cobraríamos tempo a partir do momento que passássemos pela placa de 1 km.

Aos poucos fomos encaixando o ritmo e formamos dois grupos.  Na frente Pataro, eu e Carlinhos (que fez o caminho de ida brincando de acelerar e desacelerar), enquanto na retarguada seguiam Joel e Chico.

Junto com Pataro, atingi o km 12 com 57 minutos e 16 segundos e fizemos meia volta, enquanto Carlinhos passava direto para chegar ao km 12,5, de onde retornaria.

Por volta do km 21 fomos ultrapassados por Carlinhos (que estava fazendo um km a mais); ao nos aproximarmos do km 22 chamei Pataro para fazermos um tiro de 2.000 metros (só para manter a tradição de chegar forte) e deste jeito acabei abrindo uma pequena distância e fechando os 24km em 01h51m49.

Abaixo um resumo das distâncias / tempo de cada um dos participantes:
Joel
18km
1h34
5’13/km
Chico
18km
1h38
5’26/km
Roberto
24km
01h51
4’39/km
Pataro
24km
01h52
4’41/km
Carlinhos
25km
01h50
4’24/km

Boa semana a todos!



                                           Cuidado. Não indicado para quem sofre de labirintite.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

TREINANDO EM DOIS TURNOS / CONVITE PARA LONGÃO


Manhã: Pataro, Carlinhos, Gil e eu                                                       Tarde: Titia Lalá e eu

Neste final de tarde corri ao lado da Titia Lalá, que estava fazendo seu treino de fartlek. Sei o quanto pode representar uma companhia num treino de intensidade e sempre que posso busco apoiá-la nestes momentos.

O happy hour não poderia ser mais apropriado para um dia que começou com um treino no Parque de Pituaçu que foi um show.

Treinar tiro ainda não é exatamente uma coisa que eu goste. Encaro como um mal necessário. Tendo toda minha vida pré-corredor de rua ligada a pedaladas de longa distância, para mim sempre é mais tranquilo encarar um bom longão que treinar em alta intensidade.

É verdade que ao longo destes quase 5 anos já melhorei muito meus temores em relação aos treinos intervalados.  Já não sofro tanto com aqueles pesadelos da véspera e aquela enorme vontade de não sair da cama no dia D. Resignado, levanto-me e vou e, muito comumente, volto com aquela gostosa sensação de poder que se adquire após um bom treino deste tipo.

Uma coisa que ajuda na execução dos tiros é ter parceiros. É sempre um treino difícil para todo mundo, entretanto um fica ali incentivando o outro e, quando se vê, acabou. 

Ontem à tarde me veio à cabeça fazer os 06 tiros de 2.000m dentro do Parque de Pituaçu. A idéia era usar os 15 km da volta para fazer o treino inteiro e logo disparei telefonemas atrás dos amigos de corrida.

Foi assim que, às 5:45 da manhã de hoje, atendendo meu convite, Pataro, Gil, Carlinhos e Joel, iniciavam comigo um trote de aquecimento na grama do Parque de Pituaçu.

Joel (que está com uma planilha semelhante a minha), alegando que era o mais lento, interrompeu antes seu trote e partiu sozinho para seus tiros.

Seis horas o restante do grupo postou-se no Km zero para iniciar os trabalhos.

A idéia era a seguinte: correríamos até a placa de 2km e lá faríamos um trote de 2’30 em torno da placa antes de seguir em outro tiro do 2 até o 4, depois  do 4 até o 6, e assim sucessivamente até que alcançássemos a placa de 12km,  de onde seguiríamos em trote para completar a volta (15 km) e o treino.

Trote de desaquecimento entre o Km 12 e 15
Foi uma forma muito legal tanto de dar a volta no Parque, quanto de treinar tiros de 2.000. Foram seis tiros em lugares diferentes. Como o tempo entre a chegada do primeiro e do último não passava de 20 segundos, os 2’30 de trote eram suficientes para restabelecer todo mundo.

Na chegada do km 6 alcançamos Joel e ainda deu para fazer uns tiros junto com ele.

Abaixo um quadro com meus tempos:
Km
Tempo
0 a 2
7:36
2 a 4
7:37
4 a 6
7:29
6 a 8
7:46
8 a 10
7:42
10 a 12
7:35



   
* * *
No próximo sábado voltaremos a nos encontrar no Parque às 6:00 da manhã  para fazer 25km (ir à placa do 12,5 e voltar)  num ritmo mais tranquilo (4:45/km).  Quem tiver interesse favor entrar em contato por aqui ou via email (bikeselva@hotmail.com).

Bons treinos!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

OS MAIS DE 100 KM DA PEDALADA DA LUA CHEIA

Eu, Luciano, Cabelo, Van-bike, 01 da Bahia, Valmir, Joel e Peter
O vento gelado que soprava no começo da noite deste sábado fazia pensar que a qualquer momento uma frente fria se instalaria em Salvador. E, provavelmente, desencorajados pela ameaça de chuva, vários amigos que haviam confirmado presença na Pedalada da Lua Cheia mantiveram contato para avisar que não mais iriam ao passeio.

Cogitou-se a hipótese de adiamento, que de pronto foi refutada tão logo pude verificar via contatos telefônicos que a turma que Joel tinha arrebanhado continuava ávida pelo Evento. Então, às 20:45, bateu-se o martelo: se havia gente interessada na brincadeira, iríamos sob quaisquer condições climáticas (eu já gosto disso, rs).

Apaguei as luzes e mergulhei num sono que, apesar de breve (menos de 02 horas), foi bastante restaurador.

Às 23:20 já me encontrava a caminho do local marcado para concentração. Embora houvesse saído sozinho de casa, antes mesmo de chegar à Paralela fui topando com outros pedaladores que seguiam para a mesma festa e quando finalmente atingimos o Posto 02 já éramos 04 bikers.

Faltava pouco para meia-noite e, após algumas apresentações, como forma de garantir que todos tivessem ciência, o roteiro da pedalada foi explicado:

Sairíamos do Posto 02, na Paralela, até o Posto Paraíso, em Guarajuba, onde antes de retornarmos a Salvador faríamos uma parada de 40 minutos para lanche e descanso, totalizando essa pedalada (sem contar os deslocamentos de ida e vinda a suas casas) 104km.

Negras nuvens continuavam a esconder a dona da festa e a chuva, tudo indicava, era iminente, então apressamos o passo e, pontualmente à meia-noite, demos início à nossa pedalada, visando já estarmos aquecidos na hora que o toró despencasse.

Estávamos com uma seleção bem diversificada. A maioria nunca havia "jogado juntos" antes.  Eu mesmo só conhecia duas pessoas no time: Joel (maratonista, proprietário da Regional Bike e assíduo frequentador deste blog, rs ) e Peter, parceiro de inúmeras viagens pelo nordeste brasileiro. O restante da equipe era formada por: Van bike, Cabelo, Zero Um da Bahia, Luciano, Valmir e eu.

Apesar da natural "falta de entrosamento" inicial, aos poucos a galera foi ganhando ritmo de jogo e logo a vontade de extravasar o prazer que se sente numa pedalada dessas em plena madrugada literalmente "gritou" mais alto. É aquela hora em que se percebe a força que se pode ter quando se trabalha em equipe. Quantos de nós teria se aventurado a sair de casa para fazer aquilo sozinho? Juntos, enfrentamos o Desafio e fomos recompensados com uma maravilhosa Lua (a chuva não caiu) que nos acompanhou durante toda a noite.

Houve alguns contratempos: encontrar fechada a Loja de Conveniência do Posto 24 horas em Guarajuba foi um deles. Alguns companheiros, novos ainda em matéria de pedal de longa distância, adquiriram assaduras no trajeto e acabou acontecendo até uma desistência por conta de cansaço mesmo, mas não tenho dúvida de que o saldo foi positivo. Apesar do sono, era fácil sentir que mesmo os que enfrentaram mais dificuldades para realizar o trajeto estavam felizes por atravessar a noite pedalando e poder ver o dia amanhecendo de cima de suas bikes.

Hoje entrei em contato com Van (o rapaz que desistiu), que me disse que na atual circunstância ele até ficou feliz com o tanto que havia conseguido pedalar na noite do sábado. Aliás, antes de fechar este post, vale a pena um relato deste acontecimento (senta que lá vem estória rs).

Como não achamos nada aberto em Guarajuba, no retorno, junto com Luciano, imprimi um ritmo mais forte na tentativa de encontrar algum lugar aberto em Arembepe para comprar água, suco ou isotônico para a galera. Portanto, não estávamos presente na hora em que se tomou a decisão de desistir.

Assistido pelos companheiros que lhe diziam palavras de incentivo, Van seguia pela estrada, entremeando o lento girar do pedal com frases do tipo: "Por que não estou em minha cama agora" (rs), quando notaram um ônibus se aproximando. Imediatamente sinalizaram para que o coletivo parasse e conseguiram do motorista a permissão para acomodar Van e sua bike no interior do veículo. Na hora em que o cara tava subindo, enquanto o pessoal agradecia a compreensão do condutor em salvar o cansado companheiro, um passageiro gritou de lá: "boiou, hein?" ao que Van, num enorme sorriso de quem não tava mais nem aí, respondeu: "Boiei mesmo!". 

Posso imaginar a gargalhada que foi lá na hora, porque meia hora depois quando nos reencontraram no Pedágio (onde paramos para reagrupar o time) todos ainda riam do acontecido.

Foi engraçado e corajoso ao mesmo tempo. Nenhuma desculpa esfarrapada (quem sabe alegar uma quebra na bike). Sincero e sem vaidade "boiei mesmo". Admitir nossas limitações de hoje é um bom começo para quem quer buscar novas fronteiras amanhã.

Boa semana a todos!

sábado, 13 de agosto de 2011

FESTA DO DIA DOS PAIS NA ESCOLINHA


Apesar de não ser o meu final de semana com os meninos, consegui da mamãe deles a liberação para que ficassem comigo desde ontem à noite, a fim de podermos participar da festa na escolinha.

Hoje pela manhã, após acompanhar um treino de tempo run de 5km da Titia Lalá (em que ela cravou 31:40), segui com meus pequeninos para a temida Festa do Dia dos Pais. Para um cara tímido como eu, esse momento sempre foi uma tortura (é muita pagação de mico rs). Lembro-me da sensação de alívio quando Larissa (minha filha mais velha) atingiu uma idade em que eu não precisava mais passar por isso (rs).

Mas vieram novos filhos, e assim lá foi o destemido "herói" enfrentar as algozes. Sim, tenho certeza que estas professoras fazem parte de um complô para deixar "a papaizada" sem jeito. Acredito que elas passam boa parte do ano investigando para saber detalhadamente o que pode vexar mais este ou aquele pai.

Explico:

Mesmo sendo tímido, adoro cantar em público e na hora que rolou um karaokê fiquei louco para ser escolhido e pagar minha parte (me livrar) logo da dívida neste enorme pecado coletivo que teríamos que purgar, mas claro que a C.I. (Central de Inteligência) das Professoras, jamais deixaria isso acontecer e, logicamente, o pobre coitado que subiu ao "palco" desafinou horrores enquanto ficava vermelho como um pimentão. Nunca vi tantas mulheres felizes juntas.

Houve um tempo em que não eram tão rígidas. Lembro-me de uma vez em que coube a mim, numa festinha na Escolinha de Larissa, representar o time (acho que verde) dos papais num torneio de dominó. Minha filha toda confiante dizia para os coleguinhas: "Claro que meu pai vai ganhar" e eu, tão acostumado a disputar campeonatos, sentia o peso da responsabilidade por não querer decepcioná-la. Na final o adversário já estava cantando vitória (e a coisa estava realmente feia pro nosso lado). E, novamente, sem sequer dirigir um olhar à banca do jogo, quase num tom de presunção, ouvi-la dizendo a mesma frase de absoluta confiança. Recuperamos a partida quase perdida e viramos o jogo (ufa!). Alívio e festa.
 
Quando, na manhã de hoje, começaram a organizar uma corrida de ovo na colher e outra de amarrar tênis dos filhotes, iludi-me pensando que era uma chance de me safar "ileso" daquilo, mas claro que essa não foi minha sentença.


Como eu já temia, em meus "castigos" exploraram um dos meus maiores pavores: dançar em público. Primeiro, enquanto equilibrava uma laranja, rosto a rosto, com outro penitente, éramos forçados a remexer ao som de um arrocha. Depois, no que parecia ser um inocente "Morto-Vivo", aos comandos de "Morto", "Vivo" e "Estátua" adicionaram os de "Sambando", "Requebrando" (arrependi-me de não ter tomado daquela cervejinha que deram no intervalo, rs) e, no ápice do sadismo, "A baratinha tá morrendo!". Faltam-me forças para conseguir descrever o que vem a ser esta última "pena". Quem tiver coragem, após retirar as crianças da sala, acesse o vídeo abaixo. 

 Cuidado, cenas fortes!  

No final da festinha fui chamado para ser homenageado. Meio desconfiado (será que vão me aprontar outra?) cheguei à frente e recebi das mãos da Diretora uma homenagem como pai mais presente no dia-a-dia da Escola. Luan e Rafael foram incumbidos de me entregar os mimos que ganhei (acho que bateu remorsos, rs) das Professoras.

Emocionado, pensei em pegar o microfone para agradecer a lembrança, mas assim que percebi que não estavam esperando algo assim, antes que acontecesse algo terrível (rs), e aproveitando que já estava com meus filhotes à mão, saí de lá imediatamente ganhando a liberdade das ruas.

Deixei os meninos na casa da mamãe deles e agora estou me preparando para descansar um pouco antes de sair para a Pedalada da Lua Cheia. E, para ser justo, preciso confessar uma coisa: no fim de tudo, mesmo com todos estes micos, é muito bom viver isso novamente. E já que não tive tempo de dar meu recado lá, aproveito este espaço aqui para fazê-lo.

Graças a Deus, tenho uma vida absolutamente abençoada e rica, mas ser pai é sem dúvida a melhor parte dela.

Nem as crianças escaparam!

 















FELIZ DIA DOS PAIS!