É preciso
confessar: adoro a série "Correndo e Trabalhando".
Não é difícil entender o motivo dessa felicidade que começo a sentir antes mesmo de botar o pé nas estradas. Nessa alquimia que combina trabalho e treinos longe da minha cidade há um misto de agradecimento a Deus pela disposição, prazer de explorar novos caminhos, e o delicioso risco de trazer mais gente para nossa "irmandade", ao espalhar por aí o contagiante vírus da corrida.
A fim de
auxiliar nos trabalhos técnicos para a realização de uma Eleição Suplementar
neste domingo, desde a semana passada encontro-me em Camamu.
Entre
outras muitas viagens para/ou via Camamu, minha mais recente passagem por aqui
fora em 2017, numa viagem de bike com o amigo Marcondes, a caminho de Porto Seguro.
Portanto, a cidade que se encontra situada às margens da deslumbrante Baía de
Camamu, terceira maior do país (superada apenas pela Baía de Guanabara e pela de
Todos os Santos), não é exatamente o que se possa chamar de “novos caminhos”
em minha vida.
Senta que
lá vem estória...
Era uma
vez um feriado de finados. Viajava de
motocicleta com Cláudio, amigo e colega de trabalho do TJ-BA. Viéramos pela BR 101, mas no entroncamento de Valença resolvemos seguir o restante do
trajeto pelo que hoje é conhecido como Costa do Dendê.
Depois de
Valença são muitas cidades, “uma em cima da outra”. Acontece que não sabíamos
bem a ordem de aparição, e a cada vez que nos aproximávamos de uma delas,
nutríamos a esperança de estar chegando a nosso destino final.
Taperoá, Nilo
Peçanha, Ituberá, e nada da gente chegar. “Opa, lá vem outra cidade, agora deve
ser Camamu”, dizíamos um ao outro, cansados da viagem e de tanta expectativa.
Qual nada,
estávamos em Igrapiúna, e bem na saída daquela cidade, diminuindo a velocidade
da moto, decidi elucidar com uma mocinha que passava aquele mistério:
- Menina! Menina! Menina! Qual o nome da próxima cidade?
Ao que, após
um considerável delay (que me pareceu infinito), a menina, recobrando-se da surpresa
da pergunta, de início meio gaguejante e depois a plenos pulmões, como que querendo fazer com que a frase alcançasse a
motocicleta que já estava se afastando, com muita graça respondeu:
“É, é, é, é Camamuuuuuuuuuuu”.
***
O ciclo de
treinamento permitiu-me apenas 03 dias de treino nessa semana em terras
Camamuenses (um regenerativo, um fartlek e um longuinho), o que foi uma pena, porque, para me manter na linha da sinceridade (rs), o trabalho por
aqui nem foi tão complicado, mérito principalmente da eficiente equipe que é
liderada pelo colega Maurício Lago.
Com Maurício e a turma da COELE que aproveitou a Eleição em Camamu para implantação de um "projeto piloto" |
Mais uma linda viagem e um relato delicioso. Parabéns!
ResponderExcluirObrigado, Val!
ExcluirParabéns pelo trabalho e pela corrida. Parabéns pela crônica atenta e sensível, pelo olhar atento às belezas do caminho.
ResponderExcluirValeu, Messias!
ExcluirViajei junto, a cada vírgula... rs! Sou sua fã! Obrigada por compartilhar experiências e pelo incentivo.
ResponderExcluirMissão cumprida, então!!!
ExcluirParabéns! Meu amigo
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