Há quatro anos sem correr uma prova de 10 km, ontem fiz minha segunda participação numa Corrida Circuitos das Estações.
Após fecharmos (Pataro e eu) duas maratonas no primeiro semestre, a decisão de reservar 45 dias para trocar as altas rodagens por treinos curtos de maior intensidade até desaguar na prova desse domingo, nasceu quando da confirmação da Maratona de Salvador para o próximo dia 15 de setembro.
Como incentivadores do movimento Salvador Pró-Maratona, apesar de acharmos que os organizadores deveriam divulgar essa data um pouco mais cedo, decidimos prolongar um pouco mais o período de treinos no asfalto (em geral ficamos nele apenas até junho) a fim de prestigiar a rainha das provas em nossa cidade.
Não era a primeira vez que inseríamos um "descanso" desse no meio do ano. A mudança de estímulo faz bem às pernas, mas, principalmente, à mente. A motivação vai lá para cima, rs.
E foram muitos e divertidos treinos, entretanto de la para cá, muita coisa aconteceu...
A principal delas, sem dúvida, foi a chegada do novo mascote da família Encarnação (e meu quarto filho): João... zinho.
O encantador moleque, graças a Deus, veio com saúde, trazendo enorme alegria e, também, algumas muitas fraldas para serem trocadas durante as madrugadas.
Por essas e outras mumunhas, nas últimas 03 semanas, acabei diminuindo a intensidade dos treinos, e foi assim que acabei indo ontem para a linha de largada, "apenas" com a missão de tentar "puxar" Pataro, o recém-eleito dindo do Joãozinho.
A desconfiança comigo mesmo era tanta, que já tinha, para variar, plano B. Se não aguentasse o ritmo do compadre, deixaria-o seguir, e iria, caso conseguisse, passar a dar apoio, a Val, que vem religiosamente dividindo as dores e delícias das planilhas do Mestre Marcelo Augusti, e estava buscando um novo RP, se possível com sub - 50.
Não eram infundadas minhas dúvidas. Além de excelentes treinos, ambos haviam mandando ver na Prova 02 de julho, organizada pela AVAB, em que apesar de inscrito, por todo contexto, acabei optando por não correr.
A CORRIDA
Pontualmente às 6H 30 foi dada a largada da Circuito das Estações - Etapa Inverno/Salvador. Estava tão despretensioso com a prova, que na hora da partida, ao me dar conta que o garmim não havia detectado o satélite, apenas comentei com Pataro que iria disparar o cronômetro para ter ao menos o tempo de corrida.
Sem forçar demais a barra, sentia me bem nas primeiras centenas de metros, e qual não foi minha surpresa, quando ao passar pela placa 1KM, ouvi soar o garmim que acreditava estar adormecido, registrando 3'49 no primeiro quilõmetro.
Um bom número de atletas seguia a minha frente. Sabíamos, porém, que boa parte deles estavam na prova de 5 km, e que a real situação da nossa prova, somente iria se aclarar a partir do ponto de retorno daquela turma.
A placa 2KM trouxe-me um sorriso ao rosto, chegara até ali bem mais tranquilo do que imaginara. Agradecendo a Deus, busquei manter a pegada.
Na hora que o pessoal do 5k começou a tomar o caminho de volta é que pude perceber que estava na quarta colocação.
Passos atrás de mim, revelavam que havia companhia bem perto. Torcendo para que fosse Pataro, fiz um movimento discreto de cabeça para dar uma conferida. Não era...
Pouco depois de fazer o retorno dos 10 km, deparei-me enfim com o sorriso do velho parceiro de corrida. Mais tarde (após completar a prova no top 10, e como campeão disparado de sua categoria), confessar-me-ia que não havia conseguido encaixar o ritmo - corrida tem dessas coisas - naquele instante,porém, mandou de lá um senhor grito de incentivo, enquanto cantava minha colocação.
Mesmo concentrado em minha difícil missão, comecei a contar as mulheres que ia cruzando no caminho de volta, e foi com alegria que constatei que Val estava na quinta colocação.
Ao mesmo tempo em que sentia a aproximação do 5º colocado, via diminuir também a diferença para o corredor que ia em terceiro lugar.
E foi literalmente embolados que chegamos à placa dos 7KM, continuando assim até atingirmos o quilômetro seguinte.
Sabíamos que os dois primeiros já estavam bem encaminhados. Portanto estávamos lutando pela última vaga no pódio. Ainda assim, nesse meio tempo, deu para trocarmos algumas palavras de incentivo mútuo.
Pouco depois do KM 8, arrisquei um ataque, que foi respondida imediatamente pelos companheiros de "briga" (Manoel Gomes e Márcio Raimundo), neutralizando minha fuga.
Cônscio que não estava no melhor da forma, recolhi-me atrás dos dois, decidido a seguir por ali até faltar apenas um km para o final.
Após a placa do km 9, Márcio que estava visivelmente mais inteiro, começou a apertar o ritmo. Tentando segui-lo o mais próximo que conseguisse, aumentei também o meu. Nosso pelotão começava a se desfazer.
Àquela altura da prova, havia um outro ingrediente a se considerar. A negociação das ultrapassagens aos corredores (que em sua maioria seguiam andando) da prova de 5 km.
Sentia que estava fazendo isso melhor que o atleta à frente. Sabia que precisava me aproximar ao máximo, para tentar um bote nos 500/400 metros finais.
De toda forma, estava feliz, e em minha conversa com Deus, ressaltava que era só pelo espírito competitivo que cumpria-me manter a esperança, mas que já estava muito feliz de ter conseguido fazer uma boa corrida.
Estava longe, mas sentia diminuir, torcia para que o Márcio desse uma virada, e não me encontrando (eu ia tratar de me encolher rs) desse uma arrefecida.
Qual nada, rs. O que aconteceu foi que quando faltava uns 200 metros, um grito amigo daqueles "Vai pra cima, Roberto", acabou me denunciando, rs.
Pela primeira vez na prova, verdade seja dita, o Márcio deu uma olhada para trás e tratou de aumentar ainda mais o ritmo para romper merecidamente a fita de chegada.
Cerca de 10 segundos depois, um pouquinho menos efusivo (até porque não tinha mais fita, rs), mas verdadeiramente feliz com a peleja, cruzei o pórtico na quarta colocação, fechando mais um ciclo de treinamento.
A torcida agora era toda para Val.
Saindo da área de chegada o mais rápido que podia, tencionava voltar ao menos um quilômetro para dar uma força, entretanto o máximo que consegui foi a uns 500 metros.
Enquanto subia, vi as chegadas das campeã e vice da prova feminina. Em meio aquele emaranhado de gente da prova de 5, tentava divisar qual a próxima mulher de 10 km que estava por chegar.
A expectativa duraria pouco mais de alguns minutos, logo surgiria a terceira colocada, e um pouco atrás, mas já sem chance de brigar pelo pódio, a nossa amiga que ganhara mais uma posição na segunda metade da prova, fecharia a prova em 4º lugar geral (ficando também há poucos segundos do pódio), estabelecendo, porém, sua nova marca pessoal: 50'43.
É festa, é festa, é festa...
Até a próxima!!!!
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Sempre agradecendo a força que nos dá todos esses amigos e parceiros de corrida, seguem alguns destes nossos encontros desse período.
Mais de filhos...
O grande dia..
um pouco mais de Joãozinho , rs...
Após fecharmos (Pataro e eu) duas maratonas no primeiro semestre, a decisão de reservar 45 dias para trocar as altas rodagens por treinos curtos de maior intensidade até desaguar na prova desse domingo, nasceu quando da confirmação da Maratona de Salvador para o próximo dia 15 de setembro.
Na pista da UFBA, palco da maioria dos treinos nestes 45 dias |
Não era a primeira vez que inseríamos um "descanso" desse no meio do ano. A mudança de estímulo faz bem às pernas, mas, principalmente, à mente. A motivação vai lá para cima, rs.
treino regenerativo das "grávidas" |
A principal delas, sem dúvida, foi a chegada do novo mascote da família Encarnação (e meu quarto filho): João... zinho.
O encantador moleque, graças a Deus, veio com saúde, trazendo enorme alegria e, também, algumas muitas fraldas para serem trocadas durante as madrugadas.
João olho atento já nos primeiros dias de vida |
A desconfiança comigo mesmo era tanta, que já tinha, para variar, plano B. Se não aguentasse o ritmo do compadre, deixaria-o seguir, e iria, caso conseguisse, passar a dar apoio, a Val, que vem religiosamente dividindo as dores e delícias das planilhas do Mestre Marcelo Augusti, e estava buscando um novo RP, se possível com sub - 50.
Pataro com a dupla Val e Vanuza, ambas campeãs de suas categorias na 02 de julho |
A CORRIDA
Pontualmente às 6H 30 foi dada a largada da Circuito das Estações - Etapa Inverno/Salvador. Estava tão despretensioso com a prova, que na hora da partida, ao me dar conta que o garmim não havia detectado o satélite, apenas comentei com Pataro que iria disparar o cronômetro para ter ao menos o tempo de corrida.
Sem forçar demais a barra, sentia me bem nas primeiras centenas de metros, e qual não foi minha surpresa, quando ao passar pela placa 1KM, ouvi soar o garmim que acreditava estar adormecido, registrando 3'49 no primeiro quilõmetro.
Um bom número de atletas seguia a minha frente. Sabíamos, porém, que boa parte deles estavam na prova de 5 km, e que a real situação da nossa prova, somente iria se aclarar a partir do ponto de retorno daquela turma.
A placa 2KM trouxe-me um sorriso ao rosto, chegara até ali bem mais tranquilo do que imaginara. Agradecendo a Deus, busquei manter a pegada.
Na hora que o pessoal do 5k começou a tomar o caminho de volta é que pude perceber que estava na quarta colocação.
Passos atrás de mim, revelavam que havia companhia bem perto. Torcendo para que fosse Pataro, fiz um movimento discreto de cabeça para dar uma conferida. Não era...
Pouco depois de fazer o retorno dos 10 km, deparei-me enfim com o sorriso do velho parceiro de corrida. Mais tarde (após completar a prova no top 10, e como campeão disparado de sua categoria), confessar-me-ia que não havia conseguido encaixar o ritmo - corrida tem dessas coisas - naquele instante,porém, mandou de lá um senhor grito de incentivo, enquanto cantava minha colocação.
Mesmo concentrado em minha difícil missão, comecei a contar as mulheres que ia cruzando no caminho de volta, e foi com alegria que constatei que Val estava na quinta colocação.
Ao mesmo tempo em que sentia a aproximação do 5º colocado, via diminuir também a diferença para o corredor que ia em terceiro lugar.
E foi literalmente embolados que chegamos à placa dos 7KM, continuando assim até atingirmos o quilômetro seguinte.
Sabíamos que os dois primeiros já estavam bem encaminhados. Portanto estávamos lutando pela última vaga no pódio. Ainda assim, nesse meio tempo, deu para trocarmos algumas palavras de incentivo mútuo.
Pouco depois do KM 8, arrisquei um ataque, que foi respondida imediatamente pelos companheiros de "briga" (Manoel Gomes e Márcio Raimundo), neutralizando minha fuga.
Cônscio que não estava no melhor da forma, recolhi-me atrás dos dois, decidido a seguir por ali até faltar apenas um km para o final.
Após a placa do km 9, Márcio que estava visivelmente mais inteiro, começou a apertar o ritmo. Tentando segui-lo o mais próximo que conseguisse, aumentei também o meu. Nosso pelotão começava a se desfazer.
Na perseguição enquanto seguia desviando da galera dos 5k |
Sentia que estava fazendo isso melhor que o atleta à frente. Sabia que precisava me aproximar ao máximo, para tentar um bote nos 500/400 metros finais.
De toda forma, estava feliz, e em minha conversa com Deus, ressaltava que era só pelo espírito competitivo que cumpria-me manter a esperança, mas que já estava muito feliz de ter conseguido fazer uma boa corrida.
Estava longe, mas sentia diminuir, torcia para que o Márcio desse uma virada, e não me encontrando (eu ia tratar de me encolher rs) desse uma arrefecida.
Qual nada, rs. O que aconteceu foi que quando faltava uns 200 metros, um grito amigo daqueles "Vai pra cima, Roberto", acabou me denunciando, rs.
Pela primeira vez na prova, verdade seja dita, o Márcio deu uma olhada para trás e tratou de aumentar ainda mais o ritmo para romper merecidamente a fita de chegada.
Cerca de 10 segundos depois, um pouquinho menos efusivo (até porque não tinha mais fita, rs), mas verdadeiramente feliz com a peleja, cruzei o pórtico na quarta colocação, fechando mais um ciclo de treinamento.
A torcida agora era toda para Val.
Saindo da área de chegada o mais rápido que podia, tencionava voltar ao menos um quilômetro para dar uma força, entretanto o máximo que consegui foi a uns 500 metros.
Enquanto subia, vi as chegadas das campeã e vice da prova feminina. Em meio aquele emaranhado de gente da prova de 5, tentava divisar qual a próxima mulher de 10 km que estava por chegar.
Val cruzando o tapete em 4º lugar geral e estabelecendo novo Recorde Pessoal |
Com a filharada: Rafael, João, Larissa e Luan |
Sempre agradecendo a força que nos dá todos esses amigos e parceiros de corrida, seguem alguns destes nossos encontros desse período.
Mais de filhos...
14 anos de Luan |
O grande dia..
Show Beto !!! Parabéns pela prova, e parabéns por João,que Deus o ilumine e faça crescer cheio de bênçãos.
ResponderExcluirAmém!!!!
ExcluirMuito lindo João
ResponderExcluirAinda bem que não parece comigo rs..
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