quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

O PÓDIO GERAL NA SEGUNDA EDIÇÃO CORRIDA DAS DUNAS



E chegou o dia da segunda edição da Corrida das Dunas...

Quis o destino que novamente a data da Beach Cross, prova mais "fofa" da FBA  (e que mora em meu coração) coincidisse com a Circuitos da Folia.

Então a corrida que acabou entrando meio que por acaso em meu calendário competitivo no ano passado, uma vez mais foi a salvação do quesito "pôr à prova os dois meses de treino de base".

A CORRIDA


Cheguei à linha de largada com a tranquilidade de quem sabia que faria uma boa prova. Os treinos indicavam que iria baixar alguns minutos em relação ao ano passado, entretanto, sabia que manter a "coroa de rei" das Dunas (apelido ganho desde a vitória na 1ª edição), seria uma missão quase impossível.



Havia pelo menos uma dezena de nomes com totais possibilidades de vencer a competição, e isso, por incrível que pareça, sempre me deixa mais à vontade, rs.


Soada a buzina, e sentindo-me finalmente livre da sensação de “leão na jaula”, Deixamos a Lagoa do Abaeté com velocidade apenas suficiente para não pegar um engarrafamento na primeira garganta.


No morro do Boas Vindas, marca do km 1, encontrava-me na sétima colocação, e a fila indiana liderada por Deilton (nome mais cotado para vencer a prova) estava bonita de se ver.

Entre os km 2 e 3, Jocy (outro dos favoritos para vencer) iniciou  uma acirrada briga pela ponta. Àquela altura, nosso fila indiana estava reduzida a 05 atletas, e seguia, marcado muuuuito de perto, em terceiro lugar.


O início da subida do Morro do Urubu marca exatamente a metade do circuito, e antes de chegar ao seu cume, pela primeira e única vez,  passei a ser o vice-líder da prova. 

Nutria a esperança de conseguir acompanhar Deilton, mas na verdade, dali por diante, o que aconteceria mesmo era uma sucessão de ultrapassagens, entre eu, Fábio e Jocy.

A batida que me foi exigida para me manter entre os meninos cobrava um preço e no sobe e desce da prova, buscava mais equilibrar a respiração do que apertar.



Nessa toada chegamos de volta ao Boas Vindas. Faltava apenas um quilômetro e, pra ser sincero, longe de "jogar a toalha", já tava feliz com a quarta colocação naquela prova tão acirrada.

De toda forma, mantive a pegada na pequena trilha, lembrando do quanto no ano anterior, quando eu era o caçado, havia me esforçado para sair do raio de visão do corredor que vinha atrás de mim.

Corredores são bem parecidos rs, a viradinha de rosto de Jocy, arrisco a dizer, foi exatamente no mesmo ponto. 


Putz, ele me viu e vai aumentar ainda mais o ritmo. - Pensei!

Procurando absorver o máximo de ar possível (e haja caretas, rs), apertei ainda mais o ritmo. 

O esforço foi recompensado, a menos de 400 metros do fim, voltei a ocupar a terceira colocação.
Sendo escoltado pela PM logo após voltar ao terceiro lugar

Consciente do enorme potencial do corredor que acabara de ultrapassar, multi-campeão de provas de diversas distâncias, apesar de ouvir, a passagem de rádio de Varolli me dando como terceiro lugar, tratei de voar (quanta diferença do ano passado)  em direção ao pórtico de chegada no Abaeté. 



Em relação ao ano anterior, o tempo de prova baixara na casa de 4 minutos, mas somente ao cruzar o tapete, com apenas 7 segundos de diferença, é que pude  abrir o sorriso e comemorar, a vaga no pódio geral cavada nos últimos metros. 


Joel, Pataro, Val, eu, Foguetinho e Valdir

Depois foi só aguardar a chegada dos amigos que haviam feito parte de toda a preparação (todos com baixas expressivas no tempo em relação ao ano passado) para a festa ficar ainda melhor.


O Campeão Deilton, com Fábio em 2º e eu em 3º

Axé!

Valdir campeão cat 60 - Val vice cat 45/49, Vanuza Vice-Campeã Geral Feminina, Pataro , vice cat 55










quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

CORRENDO (E TRABALHANDO) EM PILÃO ARCADO


E novamente vamos escrever um post da série "Correndo e Trabalhando".

A bola da vez foi Pilão Arcado, para onde fui deslocado a fim de auxiliar nos trabalhos de mais uma Eleição Suplementar.  

Wendel, Orlandinho, Vaneide, Flaviana, Eduarda, eu, Lucilene, Daniel, Flaviano, Claúdio e João

O nome da cidade, que ficou famosa através dos versos de Sá e Guarabira com a música Sobradinho ("Adeus Remanso, Casa Nova, Sento Sé, Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir"), segundo a lenda, nasceu quando pescadores encontraram, numa das margens do Velho Chico, um pilão com formato de uma curva em arco.

Entre 1975 e 1977, as quase 12 mil famílias de Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado e Sento Sé foram obrigadas a deixar suas casas e se mudar para as novas sedes da cidades, construídas pela CHESF.

Curiosamente, a velha Pilão Arcado foi a única das quatro cidades que não ficou totalmente submersa quando teve início o processo de implantação da Barragem do Sobradinho. A velha Pilão ficou apenas ilhada,  há relatos de pessoas que vivem por lá, bem como de um interessante Projeto da Univasf para tombamento das suas ruínas. 

Voltando à nova Pilão...

"Areia para todo lado", foi o que ouvi da equipe de trabalho (uma excelente equipe! diga-se de passagem) quando perguntei onde poderia correr. 

Com o colega Cláudio no treino de fartlek na areia 

Mal sabiam os "meninos" que aquilo que falavam com um certo toque de terrorismo, soava como música aos meus ouvidos. Esperava dar sequencia ao período de base, com treinos em estradas rurais, mas saber que tinha um mundo de areia à disposição era ainda melhor.

Pela duração dos treinos deste período, conciliar os 04 treinos da semana com os trabalhos auxiliares para a Eleição Suplementar não foi tarefa complicada.


As eleições transcorreram  com bastante tranquilidade. E assim, como não poderia deixar de ser, ao final de uma semana, Pilão Arcado ganhou para mim um novo e carinhoso significado.



Até a próxima!

Fim da apuração






AUDITORIA





segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

CORRIDA SAGRADA 2020


Oficialmente, o nome da competição que abre o calendário competitivo de corridas de ruas em Salvador é Corrida Sagrada.

Nos dias que antecedem a prova, porém, não conheço um corredor que a chame dessa forma(rs). A pergunta é sempre a mesma: "Vai correr o Bonfim?".


A corrida de aproximadamente 6,5 km (que a imprensa insiste, ano após ano, em noticiar como 8 km), ocorre no mesmo percurso de uma das maiores manifestações populares de Salvador, a Lavagem do Bonfim.

O clima de confraternização é total. No trajeto até a Colina Sagrada, naquele mar de roupas brancas, salvo pelo ritmo do deslocamento, somos todos iguais, fiéis e atletas, juntos num mesmo desejo de PAZ.

Como, de modo tão singular, as crenças se misturam aqui na Bahia! Dá um orgulho danado de ser baiano, e essa é mais uma coisa que a gente, que tá ali só para agradecer, acrescenta em nossa já extensa lista.

Após 25'46” de contagem regressiva, enfim podia dizer: Feliz 2020!


Nas comemorações pós "chegada do ano novo", senti falta de um certo tradicional encontro, mas não pensem que foi uma coisa de entristecer. Era muito clara a sensação de que lá, do lugar reservado por Deus para ele, o amigo ausente estava sorrindo com toda aquela sua cativante simpatia.

                                                       clique na seta para assistir

E por falar nisso, encerro esta postagem com o vídeo retrô 2019 deste blog, que foi dedicado a José Amâncio.


Axé!