O combustível deste blog é um mix composto por duas grandes paixões em minha vida: viagens de bicicleta e competições em corrida de rua.
Sejam bem vindos!
Como o próprio nome diz, o Treinamento de Base serve de alicerce
para o ciclo que se inicia, fortalecendo o atleta para aguentar o tranco das
competições vindouras. Quem faz uma boa base (1 a 2 meses) estará menos
suscetível a lesões ao longo da temporada.
Segundo Marcelo Augusti este é um momento em que "além do
aprimoramento da resistência aeróbica, os corredores devem ter uma preocupação
extra no que diz respeito aos treinos de força e resistência muscular, que
podem ser realizados por meios de circuitos, corridas em encostas, na areia da
praia ou fazendo musculação". Para ele, os treinos desta etapa devem
consistir em “rodagens de média e longa duração em ritmo confortável/moderado e
fartleks, onde a velocidade será trabalhada".
Em sentido horário: Chico, Valdir, Tia Lalá, eu, Bruno, Gil, Carlinhos, Alan, Rubem, Pedro, Luzia, Vanuza e Adautro
Foi assim que, em nome da ciência, 13 corredores viram-se
“obrigados” a desfrutar de algumas horas de contato com a natureza na Lagoa de
Dois Dois, em Stella Maris.
Na “academia ao ar livre dada pelo Papai do Céu”, como diz o
Mestre Carlinhos, traçamos um percurso de aproximadamente 2,5km.
O resultado observado no grupo, ao final de quase duas horas de
vai e vem (sobe e desce) em meio às dunas saltava aos olhos: companheirismo,
espíritos revigorados, rostos felizes e, claro, resistência aeróbica e
muscular, afinal, foi só por isso que fomos lá (eu juro! rs).
Até a próxima!
parceria nas 5 voltas e haja estoria...rs
Endorfinada
Bruno comemorando a primeira das suas 3 passagens pela ladeira da misericórdia
A Atleta Angelina concentrada na subida da Colina Sagrada
Reza a lenda que na Bahia o ano só começa
após o carnaval.
Não sei o quanto de verdade existe nesta afirmação,
mas como baiano peço licença para afirmar que esta regra não se aplica aos
corredores de rua desta terra. Para a galera que gosta de vencer os 6,8km a pé
(mas em boa velocidade) o verdadeiro réveillon baiano é a Corrida (e Lavagem)
do Bonfim.
A escolha de uma data festiva tão
importante para os baianos como ponto de partida para o ano competitivo foi uma
grande sacada da FBA.
Com a "titia" Lalá e o casal de corredores fantasiados de padre e freira
Na Corrida Sagrada o clima de
confraternização é total. É uma festa o que se vê de corredores (em sua maioria
vestidos de branco) abraçados e desejando-se mutuamente Feliz Ano Novo antes de
soar a buzina de largada.
A
FESTA
"Quem tem fé vai a pé." (dito popular)
A procissão da Lavagem do Bonfim é acompanhada por milhares de
fieis que, vestidos de branco, a pé ou desfilando em carroças e bicicletas
enfeitadas, seguem em busca da Proteção do Nosso Senhor do Bonfim (Oxalá para
os seguidores do Candomblé) e do purificador banho de cheiro.
O ponto alto desta festa é quando o cortejo das baianas, que saíram
da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia carregando seus vasos de
flores, água de cheiro e vassouras, chegam à Colina Sagrada para lavar as
escadarias e o átrio da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.
Além do bloco Afoxé Filhos de Gandhi, bandas de sopro, grupos de
samba e as mais incríveis figuras são garantia de alegria e muita diversão durante
todo o trajeto.
A CORRIDA
“Quem segue
crendo vai correndo.” (Prof. André Araújo)
Muito antes das baianas (apesar do sempre lamentável atraso) e com
bem menos balangandãs, os corredores baianos enfim puderam iniciar seu ano
competitivo.
Essa é a sétima vez que participo desta corrida, que para mim tem
um sabor muito especial por ter sido palco de minha estreia em 2007 e, também,
do meu primeiro pódio.
Chegando com a "Tia" Lalá (49'20)
Competindo pela primeira vez dentro da Faixa Etária 45/49, para
minha surpresa, obtive a terceira colocação nesta complicada Categoria.
Infelizmente a FBA (repetindo a mesma alegação do ano passado) limitou-se a
premiar apenas o Campeão da Faixa.
Fechando a prova em 24’33 (19ª colocação geral), restou-me apenas comemorar o RP desta
prova, o que, diga-se de passagem, já está de bom tamanho.
Graças a Deus!
O Atleta Isaias dando seu recado
Axé!
Amâncio distribuindo simpatia
Agnaldo (direto de Porto Seguro para a Corrida Sagrada)
Prof. André "Quem segue crendo vai correndo" (foto retirada do FB)
Desde novembro do ano passado procurando
uma data em que fosse possível juntar o maior número de amigos de treinos no
Pinicão em uma corrida de confraternização em sua terra natal, na semana
passada Chico bateu o martelo:
“– Vai ser neste domingo, nem que eu vá
sozinho.”
Além da oportunidade de estar em boa
companhia, havia ainda como incentivo a sinalização de que correríamos o tempo todo
cercados por uma paisagem maravilhosa, enfrentando serras belas e altíssimas (uma verdadeira gangorra), numa
estrada de barro que premiava seus desbravadores com uma apoteótica chegada
numa cachoeira de águas geladas.
Rafa e Luan "adivinhando" o que iríamos enfrentar no dia seguinte
Entendendo que aquela era a última chamada,
às pressas entramos (Deja, eu e Cristiano) no ”avião” que nos levaria a Castro
Alves.
No sábado, antes de irmos a nosso “jantar
de massas”, partimos para fazer um reconhecimento do trajeto.
Mesmo na escuridão, quando atingíamos os
pontos mais altos da serra já era possível imaginar a beleza que encontraríamos
no dia seguinte.
Após deixarmos algumas garrafas de água na
estrada retornamos para casa e fomos com a família a nosso “jantar de massas”.
"Seu" Louri
Falando em família, é impossível não mencionar
o quão impressionante, alegre e contagiante é o Sr. Louri (82 anos), pai do
nosso anfitrião. Uma verdadeira lição de vida e entusiasmo para todos nós.
Coincidentemente a marcação bateu 21,1km.
Daí para batizá-la de Meia Maratona Trilheira foi um pulo.
Deja, Cristiano e Chico
Às 6:00 do domingo deixamos Castro Alves e
em pouco mais de duas horas, colhendo na estrada tudo que havia sido prometido tanto
de dores quanto de delícias fechamos nossa meia maratona em Varzedo com um refrescante
banho de cachoeira.