Quase lá! Com o acompanhamento do bike-man Manoel -Esse céu azul, diz muito do que foi o domingo de maratona |
Diga-se de passagem, cumprir os 42,2 km não foi a única correria daquele dia. Cumprida a missão, foi preciso correr com "los chicos" para casa da mãe, correr para finalizar a mala, correr para a rodoviária, e finalmente curtir 15 "deliciosas" horas de ônibus até a cidade de Formosa do Rio Preto, onde me encontro trabalhando para ajudar na realização do pleito vindouro.
trotando na beira do Rio Preto de Formosa |
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Acomodado a apenas 2 km do local da largada (distância perfeita para um trote de aquecimento), antes mesmo de alcançar o Farol da Barra, um filete de suor que escorria de minha testa porejada, trazia a confirmação de que a "Roma Negra" definitivamente não havia amanhecido nenhuma Berlim.
Contudo era preciso tentar, e as 5h 36 foi dada a largada conjunta dos 21 e 42 km.
Ponto positivo para o trajeto inicial que lembrava bastante o famoso circuito da Corrida Riachuelo. O mesmo não se pode dizer porém da surpresa ao encontrar água quente/natural já no primeiro posto de hidratação, fato que se repetiria em muitos outros postos até o final da prova.
Alcancei os 10 k , momentos antes de soar no garmim, o alarme programado para tocar a cada 42'15, o que indicava que estava aproveitando bem, as primeiras horas da manhã e o trecho novo da Maratona de Salvador.
Na avenida Garibaldi, Foto by Luiz Eugênio |
Para a turma dos 42 Km, era preciso encarar o vento de frente por mais de 10 km, antes de dar meia volta, e sabíamos desde sempre que aquele seria um dos momentos mais difíceis para manutenção do ritmo.
Por falar em ida e volta prolongada, aproveito para sugerir uma pequena modificação no trajeto: A inclusão de uma volta no Dique do Tororó.
Em vez de sair diretamente da Avenida Centenário para a Avenida Gariibaldi, poderíamos seguir pelo Túnel Teodoro Sampaio, contornar o Dique (provavelmente pela contramão) e acessar o início da Garibaldi ao final desta volta.
Foto de Arquivo: Salvador Pró Maratona no Dique por ocasião do Treinão do Brasil |
Voltando ao trajeto atual...
Verdade seja dita, o vento ia fazendo direitinho seu trabalho, manter o ritmo próximo ao ideal, exigia muito esforço, que o soar do Garmim revelava, na maioria das vezes, ser em vão.
Lembram do abecedário de Planos? Antes mesmo de chegar a marca de 20 km, sem cerimônias descartei o A, logo mais seria o B, e salvo engano, já estava entre o C e o D, quando tive o prazer de ouvir a voz do amigo Manoel, que a bordo de sua bike, saudava-me risonho, e dali até o final da prova, iria me fazer companhia, com brincadeiras e palavras de incentivo, tornando ainda mais prazerosa a viagem em solo salvadorense.
Manoel e sua bike |
Cruzar com os amigos, saudar, incentivar, tocar na mão e ter o nome gritado o tempo todo. É mesmo especial, diferente, e eu diria até mais, nem em Berlim...rs
Por volta do km 30 encontro incentivador com o amigo João Paulo - Maximum
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Pouco depois desta marca constataria com grande entusiasmo que Pataro também já estava preste a fazer seu retorno. Mandei-lhe aquele grito de incentivo e segui em frente.
Pataro já pelos 37 km com a presença do ciclista maratonista Valdir por perto |
Passei a sonhar com a possibilidade do pódio por categoria e isso, verdadeiramente, já estaria de ótimo tamanho, bem distante do Z.
Lá pelo km 32, o Garmim resolveu me deixar (será que foi por causa do calor rs?) mas a bem da verdade, isso já não fazia muita diferença.
Sem forçar muito, fomos colecionando ultrapassagens, posso dizer que todos que alcancei com os olhos, fui buscar mais tarde. E não foram poucos. Pelos "meus carco" superamos uma dezena de maratonistas.
E apesar da competitividade, sempre dava tempo de jogar uma conversa fora, desejar boa prova e que nos mantivéssemos firmes que logo a meta seria alcançada.
La por Ondina, ao alcançar um atleta que depois fiquei sabendo ser de Ilhéus, como se diz aqui na Bahia, "pedi ppu", Segue o diálogo, rs:
- Meu amigo, tenho certeza que você não tem 50 anos, portanto agora que eu te alcancei, não vamos disputar nada, tá bom, rs?
Após sorrir e admitir que havia subestimado o sol de Salvador, e logo emendar que tava na faixa dos 35 (que alívio, rs!), o rapaz exclamou:
- Agora só quero chegar!.
Aos poucos fui deixando-o e ainda tive a oportunidade de passar mais uns 02 maratonistas que estavam andando,
Fechando o último quilômetro acompanhado de Deja e Preto |
Chegara ao fim da viagem, bem e com uma chance de pódio, porém como disse lá em cima, a correria ainda não acabara.
Com a bike do super apoio Manoel, fui tomar café com o filhote, e após um rápido mergulho na piscina, deixá-lo lá se divertindo enquanto voltava para entregar a bike e aventurar a premiação.
Muitos amigos pude ainda incentivar neste sobe e desce, inclusive Pataro que sentiiu um pouco mais a volta, mas passou curtindo a prova como sempre.
O resultado saiu, acabei vice-campeão da minha categoria, mas a premiação estava destinada apenas ao primeiro da faixa, Edvaldo Encarnação, que, ao que parece entrou em minha categoria 50/54 este ano, e desde a corrida do Bonfim vem me roubando pódios e, para meu azar, resolveu estrear em Maratona.
voltando ao Farol para entregar a bike de Manoel |
Tudo bem o prêmio havia ficado em boas mãos, ou seriam pés?
PARABÉNS a todos que fizeram essa festa acontecer. Sabemos que há coisas a reparar, mas em minha opinião, os acertos nesta prova, foram infinitamente maiores que os erros.
Rebeca Peleteiro em sua terceira maratona, a primeira em casa. |
Nosso pernambaiano Almir desfilando sob as bençãos do Cristo da Barra |
Despedindo dos molequitos antes de enfrentar nova maratona , desta vez de bus |
Axé!
Foguetinho, pertinho de fechar sua terceira maratona do ano |
Chariot |
Elevador e Plano Inclinado com Luan
Quiropraxia pré-competição com Dr. Douglas Horas na Clínica Larmonie