Praça Castro Alves (O Poeta entre os suportes de caramanhola da bike) |
Neste
domingo o treino de barro pelas inúmeras ladeiras da estrada da Barragem tinha
uma motivação mais que especial para que saíssemos da cama antes das 5:00 da manhã: o retorno de Chico!
Desde
a Maratona de Búzios, em novembro, o amigo vem enfrentando uma lesão, tendo
inclusive descoberto neste meio tempo que uma perna das pernas é 1 centímetro
mais curta que a outra, mas pelo que vimos hoje, as intervenções do Quiropraxista
Dr. Douglas Hora (entre outras a elevação da perna menor em 0,5cm ) já começaram a surtir efeito.
Rubem
e Cristiano, que também fizeram conosco o diferenciado percurso de 16km , a todo momento
mostravam-se espantados com o ritmo
crescente empregado pelo “recauchutado” Chico. Para todos nós, acompanhá-lo em
sua reestreia, certamente, não foi nenhum refresco.
Na
volta do “barro” ainda encontramos Valdir e Val, que nos ajudaram a fechar os 16km em 1h e 23 minutos.
* * *
Cidade
da Bahia
Vista da Baía de Todos os Santos (Elevador Lacerda) |
O
pedal deste sábado pelas ruas da capital baiana também tinha motivação mais que
especial, já que ontem nossa querida Salvador completou 465 anos.
No Farol da Barra |
Estamos
longe de viver numa cidade maravilhosa:
O
trânsito está cada vez mais caótico; o menor metrô do mundo (6 km ) está perto de alcançar a
maioridade e ainda não aprendeu a trilhar; a violência está em todo canto, a
orla deve ser a mais malcuidada do País, etc...
Apesar
de tudo isso, existe inegavelmente uma magia, um dengo, uma coisa inexplicável nesse
nosso jeito malemolente de ser que encanta pessoas de todos os cantos do mundo
e nos dá orgulho de nós mesmos.
Nosso
carro chefe, a musicalidade, brota em cada esquina, num bater de latas, num
samba na porta do ônibus, nas rodas de capoeira ou na voz arrastadamente
gostosa do vendedor de picolé à beira-da-praia.
Em
qual cidade do mundo é possível conhecer a estória de vida de outra pessoa
enquanto se enfrenta uma fila? Essa espontaneidade, esse jeito poético de ver o
mundo, são traços que nos torna singular.
Privilegiada pela natureza, Salvador ainda pode melhorar muito (nossa gente merece). Matéria-prima e “armas” para isso nós
temos. Você, eu, os governantes, todos devemos encarar isto como uma luta
nossa.
Não
resta dúvida que vivemos um momento em que ansiamos por melhor
qualidade de vida, entretanto, há também outra coisa que não dá para esconder:
Adoramos
morar nesta cidade!
Parabéns Salvador!